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PAINEL DO LEITOR
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Que beleza
"Que beleza! Epitácio Cafeteira,
senador ligado a José Sarney e amigo do peemedebista e presidente do
Senado Renan Calheiros, será o relator do processo que envolve o parlamentar alagoano no Conselho de
Ética. Eu não sou vidente, mas arrisco o veredicto: pizza à brasileira."
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)
Socialismo 21
"O professor Boaventura de Sousa Santos ("Socialismo do século 21",
"Tendências/Debates" de ontem),
tem razão em combater a equivocada tese do "fim da história", sustentada pelos arautos do neoliberalismo. Mas os exemplos que citou de
reconstrução do socialismo são
péssimos.
Bastaria concordar com Jean
Baudrillard, para quem o socialismo não desaparecerá enquanto
persistirem as causas que levaram
ao seu surgimento.
Dizer que Hugo Chávez constrói
o "socialismo do século 21" é falácia.
O modelo que Chávez quer implantar na Venezuela é uma volta ao
passado, um socialismo bolchevista
do início do século passado, que resgata o que de mais atrasado há na
esquerda."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)
"O artigo de Boaventura de Sousa
Santos, repassado de humanismo
salvacionista, é um tecido de equívocos e desinformação.
Não é verdade que "o pensamento
político conservador declarou o fim
da história, a chegada da paz perpétua" etc. Esse é o ponto de vista isolado daquele professor nipo-americano que conhecemos.
Nada contra a proposta do socialismo do século 21, mas tomar Hugo
Chávez como o "construtor" desse
ideal é demais. Até os postes em Caracas sabem que Chávez visa só
uma coisa: a transformação da Venezuela num Estado fortemente
autoritário -ou até totalitário.
A bandeira do "socialismo do século 21" em suas mãos não passa de
um jogo de ilusionismo.
O texto do sociólogo é um conjunto-inconjunto de inexatidões e
ingenuidades, típica do intelectual
que crê que um protocolo de boas
intenções seja o bastante para levar
a sociedade ao paraíso."
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)
"O artigo "Socialismo do século
21" coloca em xeque a idéia arcaica
de um capitalismo perfeito e evidencia a nova forma de adaptação
política de presidentes como Hugo
Chávez e Evo Morales à realidade
socioeconômica sul-americana.
Finalmente ouvimos o grito por
transformações sociais imediatas
dos que foram às urnas eleger sua
última esperança."
CAMILA DE SÁ (São Bernardo do Campo, SP)
USP
"Achei louvável a atitude de meus
colegas de terem efetuado uma passeata em prol da desocupação da
reitoria da USP -embora eu não tenha participado dela ("Docentes da
USP fazem passeata antiinvasão",
Cotidiano, 7/6).
Transcorridos 35 dias de ocupação, seguida de depredação do prédio central da maior universidade
do Brasil, creio estar mais do que na
hora de que a ordem judicial de
reintegração de posse da reitoria
seja cumprida de imediato, sem nenhuma contemporização ulterior
por parte da Magnífica Reitora.
A não-desocupação da reitoria
desencadeou uma série de invasões
em pelo menos oito reitorias de
universidades em todo o país.
Em um Estado de Direito, a autoridade legal deve ser cumprida incondicionalmente e que a não-desocupação da reitoria configura um
ato de autoritarismo de seus ocupantes."
PAULO ROBERTO OLIVATO, professor titular do Instituto de Química da USP (São Paulo, SP)
"Na crise da USP, que falta nos fazem a energia e a visão de verdadeiro estadista e empreendedor universitário que foi o professor Zeferino Vaz, idealizador da Unicamp e
da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.
Com ele, certamente não chegaríamos a essa situação.
Lamentavelmente, professores,
alunos e funcionários da USP, assim como a sociedade como um todo, assistem, perplexos, à falta de
condição dos dirigentes da maior
universidade brasileira para conduzir um diálogo com os estudantes
que pudesse encerrar a ocupação
do prédio da reitoria.
Parece que prevalece entre eles
um equivocado espírito de "salve-se
quem puder", de conformismo, de
inépcia para lidar com a situação."
MARCELO DE CAMPOS PEREIRA, professor de Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP
(São Paulo, SP)
Dever do Estado
"Li, na coluna de Mônica Bergamo, que alguns moradores dos Jardins estariam planejando reformar
delegacias do bairro (nota "Jardineiros", Ilustrada, pág. E2, 28/5),
fornecendo também os móveis
necessários.
Acho que iniciativas como essa
não deveriam nunca ser incentivadas. Pelo contrário, deveriam ser
desestimuladas com firmeza logo
no início. A razão é simples: a segurança é atribuição exclusiva do Estado. Já pagamos impostos mais
que suficientes para termos uma
polícia aparelhada e eficiente.
É fácil imaginar o que vai acontecer logo após a "redecoração" das
delegacias. Em seguida se notará
que não há viaturas suficientes. Os
moradores dos Jardins comprarão
então carros e fornecerão à polícia?
Aí faltará gasolina e manutenção
dos carros. Os moradores também
contribuirão? E, depois, que tal
substituir os computadores da delegacia e fornecer uns laptops para
investigadores e delegados, cartuchos de tinta para as impressoras
etc. etc.
Onde pararemos com essas contribuições duplas?"
WALTER KNAPP (São Paulo, SP)
Bebida
"Na segunda-feira, o presidente
do Conar, em entrevista à Folha,
defendeu publicidade de bebidas
alcoólicas e criticou o professor Ronaldo Laranjeira. Na quinta-feira, o
professor Laranjeira informou ser
autor de inúmeros trabalhos contra
o álcool e a dependência que provoca e defendeu a saúde pública. Concluiu sua carta dizendo do Conar:
"Para o bem da saúde pública, esse
conselho deveria ser extinto".
Ou seja, o professor deseja proibir o público de ouvir uma opinião
diferente da sua.
Álcool faz mal, mas opinião única
faz pior."
SILVIO ITAMAR DE SOUZA (Franca, SP)
CARTA REGISTRADA
"A respeito da coluna de Valdo
Cruz de ontem ("Ligações perigosas", pág. A2), cito o ditado popular:
dize-me com quem andas e te direi
quem és."
ALBERTO SEMER (São Paulo, SP)
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