São Paulo, sexta-feira, 08 de junho de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Que beleza
"Que beleza! Epitácio Cafeteira, senador ligado a José Sarney e amigo do peemedebista e presidente do Senado Renan Calheiros, será o relator do processo que envolve o parlamentar alagoano no Conselho de Ética. Eu não sou vidente, mas arrisco o veredicto: pizza à brasileira."
BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

Socialismo 21
"O professor Boaventura de Sousa Santos ("Socialismo do século 21", "Tendências/Debates" de ontem), tem razão em combater a equivocada tese do "fim da história", sustentada pelos arautos do neoliberalismo. Mas os exemplos que citou de reconstrução do socialismo são péssimos.
Bastaria concordar com Jean Baudrillard, para quem o socialismo não desaparecerá enquanto persistirem as causas que levaram ao seu surgimento.
Dizer que Hugo Chávez constrói o "socialismo do século 21" é falácia. O modelo que Chávez quer implantar na Venezuela é uma volta ao passado, um socialismo bolchevista do início do século passado, que resgata o que de mais atrasado há na esquerda."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)

"O artigo de Boaventura de Sousa Santos, repassado de humanismo salvacionista, é um tecido de equívocos e desinformação. Não é verdade que "o pensamento político conservador declarou o fim da história, a chegada da paz perpétua" etc. Esse é o ponto de vista isolado daquele professor nipo-americano que conhecemos.
Nada contra a proposta do socialismo do século 21, mas tomar Hugo Chávez como o "construtor" desse ideal é demais. Até os postes em Caracas sabem que Chávez visa só uma coisa: a transformação da Venezuela num Estado fortemente autoritário -ou até totalitário.
A bandeira do "socialismo do século 21" em suas mãos não passa de um jogo de ilusionismo.
O texto do sociólogo é um conjunto-inconjunto de inexatidões e ingenuidades, típica do intelectual que crê que um protocolo de boas intenções seja o bastante para levar a sociedade ao paraíso."
GILBERTO DE MELLO KUJAWSKI (São Paulo, SP)

"O artigo "Socialismo do século 21" coloca em xeque a idéia arcaica de um capitalismo perfeito e evidencia a nova forma de adaptação política de presidentes como Hugo Chávez e Evo Morales à realidade socioeconômica sul-americana.
Finalmente ouvimos o grito por transformações sociais imediatas dos que foram às urnas eleger sua última esperança."
CAMILA DE SÁ (São Bernardo do Campo, SP)

USP
"Achei louvável a atitude de meus colegas de terem efetuado uma passeata em prol da desocupação da reitoria da USP -embora eu não tenha participado dela ("Docentes da USP fazem passeata antiinvasão", Cotidiano, 7/6).
Transcorridos 35 dias de ocupação, seguida de depredação do prédio central da maior universidade do Brasil, creio estar mais do que na hora de que a ordem judicial de reintegração de posse da reitoria seja cumprida de imediato, sem nenhuma contemporização ulterior por parte da Magnífica Reitora.
A não-desocupação da reitoria desencadeou uma série de invasões em pelo menos oito reitorias de universidades em todo o país.
Em um Estado de Direito, a autoridade legal deve ser cumprida incondicionalmente e que a não-desocupação da reitoria configura um ato de autoritarismo de seus ocupantes."
PAULO ROBERTO OLIVATO, professor titular do Instituto de Química da USP (São Paulo, SP)

"Na crise da USP, que falta nos fazem a energia e a visão de verdadeiro estadista e empreendedor universitário que foi o professor Zeferino Vaz, idealizador da Unicamp e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Com ele, certamente não chegaríamos a essa situação.
Lamentavelmente, professores, alunos e funcionários da USP, assim como a sociedade como um todo, assistem, perplexos, à falta de condição dos dirigentes da maior universidade brasileira para conduzir um diálogo com os estudantes que pudesse encerrar a ocupação do prédio da reitoria.
Parece que prevalece entre eles um equivocado espírito de "salve-se quem puder", de conformismo, de inépcia para lidar com a situação."
MARCELO DE CAMPOS PEREIRA, professor de Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (São Paulo, SP)

Dever do Estado
"Li, na coluna de Mônica Bergamo, que alguns moradores dos Jardins estariam planejando reformar delegacias do bairro (nota "Jardineiros", Ilustrada, pág. E2, 28/5), fornecendo também os móveis necessários.
Acho que iniciativas como essa não deveriam nunca ser incentivadas. Pelo contrário, deveriam ser desestimuladas com firmeza logo no início. A razão é simples: a segurança é atribuição exclusiva do Estado. Já pagamos impostos mais que suficientes para termos uma polícia aparelhada e eficiente.
É fácil imaginar o que vai acontecer logo após a "redecoração" das delegacias. Em seguida se notará que não há viaturas suficientes. Os moradores dos Jardins comprarão então carros e fornecerão à polícia?
Aí faltará gasolina e manutenção dos carros. Os moradores também contribuirão? E, depois, que tal substituir os computadores da delegacia e fornecer uns laptops para investigadores e delegados, cartuchos de tinta para as impressoras etc. etc.
Onde pararemos com essas contribuições duplas?"
WALTER KNAPP (São Paulo, SP)

Bebida
"Na segunda-feira, o presidente do Conar, em entrevista à Folha, defendeu publicidade de bebidas alcoólicas e criticou o professor Ronaldo Laranjeira. Na quinta-feira, o professor Laranjeira informou ser autor de inúmeros trabalhos contra o álcool e a dependência que provoca e defendeu a saúde pública. Concluiu sua carta dizendo do Conar: "Para o bem da saúde pública, esse conselho deveria ser extinto".
Ou seja, o professor deseja proibir o público de ouvir uma opinião diferente da sua. Álcool faz mal, mas opinião única faz pior."
SILVIO ITAMAR DE SOUZA (Franca, SP)

CARTA REGISTRADA
"A respeito da coluna de Valdo Cruz de ontem ("Ligações perigosas", pág. A2), cito o ditado popular: dize-me com quem andas e te direi quem és."
ALBERTO SEMER (São Paulo, SP)

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