São Paulo, segunda-feira, 08 de junho de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Amazônia
"A grande tragédia que temos não é a gripe suína nem o acidente aéreo, embora sejam lamentáveis. Como registrou Janio de Freitas (Brasil, 7/6), é na Câmara e no Senado que foi armada a maior bomba deste início de século: a destruição e a privatização legalizada da Amazônia. A decisão para deter esse ataque à humanidade está nas mãos do presidente da República, bastando para isso que ele vete o monstrengo criado pela senadora Kátia Abreu.
Mas os que defendem a vida estão intranquilos, pois sabem que Lula não tem coragem ou interesse de enfrentar quem tem poder, como a voraz bancada ruralista. Sabem que para ele vale mais garantir o poder a partir de 2010, com sua preposta Dilma Rousseff, do que a sobrevivência humana. De agora em diante nossa pressão tem de ser sobre Lula. É dele a responsabilidade de impedir a fogueira final da floresta amazônica que deputados e senadores despudorados já acenderam."
DORIS FREITAS (Belo Horizonte, MG)

Cavernas
"O decreto 99.556/90, que protegia as cavernas brasileiras e impedia sua destruição há quase duas décadas, foi alterado sem a participação de especialistas. A destruição pode atingir mais de 70% das cavernas. Para tristeza da comunidade espeleológica, Lula assinou o decreto, com a anuência de Carlos Minc. Mais uma vez percebemos que a natureza preservada não é interesse deste governo. Infelizmente o poder econômico fala mais alto."
MARCUS L. VILLAR (Itapevi, SP)

Greve na USP

"Deprime saber que parte do corpo docente e discente da USP volta-se contra uma medida tão generosa e auspiciosa como a promoção de cursos a distância a serem ministrados por professores qualificados da universidade. Isso não deixa de ser um símbolo do egoísmo da elite intelectual brasileira, na medida em que significa protestar contra a abertura de um caminho para o ingresso de pessoas interessadas em participar no já tão limitado espaço de convivência cultural aqui existente. Assim, a amorfa meninada vai continuar preferindo o barulho à reflexão, o bar ao teatro, o ringue à biblioteca. A quem isso interessa?"
PAULO CESAR REBELLO GIACOMELLI (São Paulo, SP)

Marginal Tietê
"A ampliação da marginal Tietê vai custar R$ 1,3 bilhão e deve começar em breve. Finalmente! Esperamos que desta vez seja um serviço à altura, porque nas últimas intervenções consta que gastaram R$ 120 milhões num simples recapeamento e mais de R$ 1 bilhão em paisagismo e outras coisas que não tiveram impacto expressivo no trânsito e no meio ambiente da cidade."
MARISA STUCCHI (Ribeirão Preto, SP)

Futebol
"Sensacional a goleada do Brasil por 4 a 0 sobre o Uruguai, no Estádio Centenário, em Montevidéu, quebrando um tabu de 33 anos. Foi uma vitória histórica da seleção brasileira, que lavou a nossa alma."
RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

Celso Pitta
"Infeliz o artigo "Fura-Fila de Dilma", de Fernando Rodrigues (Opinião, 6/6). Primeiro porque falta com a verdade ao afirmar que "nunca deu certo" o sistema por mim proposto e iniciado depois de pessoalmente comprovar sua viabilidade não em "imagem computadorizada", mas em fundamentadas pesquisas em países como a Inglaterra, Alemanha e Austrália, que o implantaram. Bastaria ao articulista consultar os arquivos da Folha para verificar que o serviço que atende hoje a mais 60 mil passageiros por dia tem um elevado nível de aprovação dos seus usuários. Quanto à referência crítica à minha administração, também deveria ser melhor elaborada. Afinal, nas últimas eleições para a Prefeitura de São Paulo, o PT, que fez de violentos ataques à minha gestão o seu mote de campanha, teve de amargar fragorosa derrota. Finalmente, haveria o articulista de ter mais cuidado ao fazer pouco caso do projeto do trem-bala São Paulo-Rio, pois, assim como o "Fura-Fila", possui ele elevada relação benefício/custo, que o justifica plenamente."
CELSO PITTA, mestre em Economia dos Transportes e ex-prefeito de São Paulo (São Paulo, SP)

Petrobras
"É com perplexidade que o Movimento Brasil Competitivo acompanhou, na edição de 6/6 desta Folha, o texto "Petrobras contrata ONG por R$ 16,1 milhões" (pág. A9). É desprovida de qualquer sentido a tentativa da reportagem em relacionar (ainda que indiretamente) como suspeitos os investimentos feitos pela Petrobras nos projetos liderados pelo MBC -valores que se limitam, como o próprio artigo menciona, a 7% da arrecadação do Movimento. Com resultados comprovados e auditados, o MBC e sua equipe são regidos desde sua fundação, em 2001, pelos mais rigorosos princípios de ética, transparência e pelo compromisso com a modernização do país, por meio do aumento radical de qualidade nas organizações públicas e privadas. Os programas são mantidos com apoio de associados que participam do conselho da entidade, conforme determina seu estatuto, numa relação aberta com governos, imprensa e sociedade. Algumas das maiores e mais conceituadas empresas do país apoiam esse movimento. Todos acompanham o desempenho dos projetos e a aplicação correta dos recursos. Apenas como exemplo, o Programa Modernizando a Gestão Pública gerou, em 2007 e 2008, quase R$ 10 bilhões de retorno para Estados e prefeituras, perante um investimento de apenas R$ 65,5 milhões no período, provenientes de 57 empresas. Todo o ganho aumenta a capacidade de investimento do Estado, assim melhorando a qualidade de vida da população. Além de PE, AL, SE, BA, RJ e AM, o MBC desenvolve ações de gestão pública em SP, RS, MT e em mais dezenas de cidades. Esses dados e muitos outros foram informados à reportagem da Folha, mas não foram mencionados no texto. Este, sem a devida contextualização, acaba por tentar, de forma injusta, envolver o MBC em ilações políticas infundadas."
CLAUDIO GASTAL, diretor-presidente do Movimento Brasil Competitivo (Brasília, DF)

 


"Em relação à matéria "Petrobras dá verba a ONG com seu chefe no Conselho" (Folha, 6/6), a Petrobras esclarece que a companhia não contratou o Movimento Brasil Competitivo. A Petrobras, assim como outras 64 empresas, firmaram convênio com o MBC. O objetivo do convênio é apoiar a coordenação e a execução do Programa de Modernização a Gestão Pública e Privada em vários Estados. Trata-se de um esforço conjunto das maiores empresas do Brasil e do governo para melhorar a competitividade das organizações privadas e a qualidade e produtividade das organizações públicas. O MBC tem forte caráter empresarial e foi criado para estimular e fomentar o desenvolvimento da sociedade brasileira. Congrega as funções do Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade.
Pelo estatuto do MBC todas as empresas associadas têm assento no conselho. Quem tem assento no conselho da entidade é a Petrobras, e não o presidente José Sergio Gabrielli. O presidente-fundador da entidade é Jorge Gerdau Johannpeter. Os membros do conselho não são remunerados. Entende a Petrobras que a manchete da Folha afeta e traz danos à imagem da empresa e do MBC e indica, ao classificá-lo como "ONG", uma tentativa de desqualificar o terceiro setor. As organizações não governamentais têm papel relevante para o desenvolvimento econômico e social do país, como a própria Folha sabe ao não hesitar em utilizar ONGs como fontes de informação. Por fim, cabe esclarecer que a Petrobras tem presidente e não "chefe" em sua estrutura organizacional."
LUCIO MENA PIMENTEL, gerente de Imprensa da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta das jornalistas Andrea Michael e Marta Salomon - A lista de contratos da Petrobras é pública, está no site da estatal e menciona os contratos com o MBC. Sergio Gabrielli foi eleito, na condição de presidente da Petrobras, como membro do conselho pelos representantes das demais empresas que apoiam a Oscip. É o seu nome que aparece na lista de conselheiros, e não o da Petrobras.

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