São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Sobre o editorial "Perigo à mesa" (3/7), gostaria de manifestar minha posição. Na semana passada, a Anvisa publicou uma resolução que obriga que a publicidade de alimentos com alto teor de açúcar, gorduras saturadas e trans, sódio e de bebidas com baixo valor nutricional seja acompanha de alerta sobre os riscos que o consumo excessivo desses produtos traz à saúde.
A inovação da agência representa um grande avanço para a sociedade brasileira e segue a tendência mundial no combate ao aumento da obesidade.
Seria melhor se tivesse mantido os dispositivos relativos à proteção específica do público infantil, que é hipervulnerável aos apelos da publicidade e do consumo. A Anvisa tem competência para regulamentar a questão, considerando que a obesidade é hoje um dos maiores problemas de saúde pública do país.
ISABELLA HENRIQUES, coordenadora-geral do projeto Criança e Consumo do Instituto Alana (São Paulo, SP)

Lula
No governo do presidente Lula, acontece coisa que ninguém consegue entender. Quando Manuel Zelaya foi deposto em Honduras, Lula acusou o governo interino daquele país de golpista.
Agora, amplia relações com a Guiné Equatorial, governada pelo ditador Obiang Nguema. O ministro Celso Amorim saiu em defesa de Lula argumentando que "negócios são negócios". Ora, quando Zelaya foi deposto, uma providência do governo brasileiro foi congelar uma lista de programas de cooperação com Honduras.
FRANCISCO R. MENDES (Brasília, DF)

Copa do Mundo
Dinheiro e fama são algumas das características dos atletas que atuam nas principais ligas do mundo. Alguns se destacam pela humildade. Nesta Copa, a religião foi muito presente nos campos. Alguns até exageraram. Pena que não foram referência para os jovens que os tinham como ídolos. Apesar da irreverência do Maradona, prefiro ficar com ele. Vi mais autenticidade nos argentinos, que não foram usados como ícones de religiões.
ANTONIO CARLOS DE MELLO (Curitiba, PR)

Eleições
A Primeira Página de 6/7 diz que a candidata Dilma guarda em casa R$ 113 mil "em espécie". E acrescenta: "O montante equivale a mais de dez salários de um ministro", numa forma de desqualificar a candidata e a origem do dinheiro. Que dizer dos aliados do candidato Serra, como Orestes Quércia e Joaquim Roriz, entre outros, que declararam guardar milhões "em espécie" em casa?
JOÃO SARAIVA (João Pessoa, PB)

 

O sr. Ronaldo Gomes Barbosa ("Painel do Leitor", ontem) alegou que os mais jovens deveriam ser informados do episódio do governo Collor e seus desdobramentos. Louvável. Aproveito para informar uma coisa também. Um prefeito de São Paulo, do alto de sua popularidade em fim de mandato, "sacou" do bolso um nome para sucedê-lo. Um desconhecido, cumpridor de ordens. Elegeu seu "poste". Vê semelhança entre o episódio e a atual eleição para presidente?
LUIS GONZAGA BATAGIN (Capivari, SP)

Saúde
Quando se discutem os motivos pelos quais a saúde pública no Brasil é ineficiente, os motivos mais citados são a falta de financiamento e o péssimo gerenciamento. A julgar pelo editorial "Ressarcir o SUS" (ontem) e pelo artigo "Cartão SUS, um fracasso tucano-petista", de Elio Gaspari (Poder, ontem), podemos concluir que realmente o problema é de gestão. Como vimos em ambos os textos, o dinheiro destinado à saúde tem sido, em grande parte, jogado no ralo da incompetência e da corrupção, endêmicas no país.
JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

Bichos
Parabéns à Folha, que publicou no jornal e na revista sãopaulo matérias frequentes sobre a adoção de cães sem dono, divulgando o trabalho dos abrigos de animais e dos caridosos voluntários individuais. Sugiro um espaço semanal no jornal ou na revista para que os abrigos possam divulgar fotos dos animais disponíveis para adoção.
CAROLINA CONTI REED (São Paulo, SP)

Alfândega
A opinião do presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, não está claramente expressa na reportagem "Nova regra ameaça paralisar alfândega" (Mercado, 3/7). Na verdade, ele afirma que na fiscalização aduaneira tudo continua funcionando como sempre funcionou.
O texto do decreto 6.759, de 2009, reflete exatamente o que determina a lei 10.593, de 2002: o auditor é responsável por executar e supervisionar as atividades de fiscalização aduaneira, cabendo aos analistas auxiliá-lo no cumprimento dessa atribuição. Delarue não acha que o decreto seja dúbio.
KURT KRAUSE, diretor de comunicação do Sindifisco Nacional (Brasília, DF)

Copa-2014
Com relação ao artigo "Jogo Feio" (Opinião, 6/7), é preciso esclarecer: 1) O país sabe onde e quanto gastará na Copa de 2014.
Estão definidos os valores para estádios (R$ 5,7 bilhões), mobilidade urbana (R$ 11,6 bilhões), aeroportos (R$ 5,6 bilhões) e portos (R$ 0,7 bilhão);
2) Os investimentos em serviços, como segurança e hotelaria, dependem da especificação final da Fifa. Para hotéis já está disponível no BNDES uma linha de financiamento de R$ 1 bilhão;
3) Esses números não são "chutes", diz afirma o artigo. São frutos do PAC e dos compromissos assumidos pelos governos federal, estaduais e municipais, na matriz de responsabilidade assinada em janeiro pelos 12 governadores e 11 prefeitos das cidades-sede.
4) A Fifa, ao contrário do que diz o artigo, já aprovou os projetos para construção e reforma dos estádios. Esse tema é responsabilidade das cidades-sede. O governo federal abriu uma linha de financiamento no BNDES, com teto de 75% do valor da obra ou R$ 400 milhões, o que for menor.
MARIZETE MUNDIM, assessora de comunicação social do Ministério do Esporte (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Melchiades Filho, diretor-executivo da Sucursal de Brasília - A missivista confirma que não há um número fechado do custo público da Copa-2014. É difícil tomar os orçamentos como definitivos, pois os projetos ainda não foram totalmente detalhados -São Paulo, por exemplo, nem sabe onde fará seus jogos.

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