São Paulo, domingo, 08 de outubro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Amazônia
"Tem razão o leitor Antonio Carlos Barbosa Fontes ("Amazônia", "Painel do Leitor", 6/10). De vez em quando, aparece alguma notícia mostrando interesses estrangeiros pouco claros em relação à Amazônia. Há meses, passou, sem resposta de qualquer autoridade brasileira, manifestação de Pascal Lamy pela internacionalização daquele importante pedaço de nosso território. Agora, o interesse "privado" inglês foi anunciado e, em seguida, desmentido. Temo que a falta de uma reação nossa adequada estimule pretensões aventureiras de velhas potências colonialistas. De qualquer modo, lembro que o Brasil é resultado da "união indissolúvel dos Estados, municípios e do Distrito Federal" e tem como primeiro fundamento a soberania (Constituição, art. 1º, caput e inciso I), coisa que o Itamaraty parece ignorar. Convém que Lula e Alckmin tomem isso em conta."
JOÃO RAMOS DE SOUZA (São Paulo, SP)

Divisões
"Impressionante a sintonia entre os artigos de Otavio Frias Filho e de Contardo Calligaris publicados na quinta-feira passada ("Yankees e rebeldes" e "Av. Faria Lima, Berlim Leste", respectivamente). Conseguiram, cada qual a seu modo, estabelecer divisões geográfica, politica e esteticamente precisas. Do lado do diretor de Redação da Folha, a divisão Rio, Minas, Nordeste e Norte versus São Paulo, Sul e Centro-Oeste, ou seja, azuis e vermelhos. Do lado de Calligaris, outra rica divisão, aquela que separa o leste do oeste: a leste, a feiúra monocromática da Alexanderplatz; a oeste, a oferta de desejos da estação do metrô Zoo. Entre elas, o então famoso muro, o Muro de Berlim. Apenas não deixam claro sobre a necessidade ou não de construir um muro separando os azuis dos vermelhos. Restaria ainda indagar sobre o que fazer com os vermelhos que habitam o território dos azuis. Reeditamos o velho "ame-o ou deixe-o'? Ou, quem sabe, numa inversão do que se passou nos Estados Unidos, agora os ianques se tornem escravocratas e, num relance, os vermelhos se tornariam seus escravos, rebeldes, mas escravos, mais escravos do que já são hoje. E com a ajuda bem-fadada de bons capatazes, menos rebeldes."
PAULO SILVEIRA (São Paulo, SP)

Eleições
"O problema não é o apoio dos Garotinho a Geraldo Alckmin, mas, sim, como justificar o apoio de Collor, que esteve com muitos mensaleiros, e a nova liberação de verbas nas regiões onde Lula não foi bem no primeiro turno. A sociedade merece algo melhor."
ROBERTO SARAIVA (São Bernardo do Campo, SP)

 

"Lula falou, com sua costumeira soberba, que precisará agora discutir corrupção e ética, porque, segundo ele, um debate importante -que seria a comparação dos oito anos do governo anterior com os quatro anos de seu governo- não interessa à oposição. Seria bom que lhe perguntassem se ele teria podido fazer o tanto que diz ter feito se o seu governo não tivesse vindo após o de FHC, já com o real consolidado, com a Lei de Responsabilidade Fiscal em plena vigência, com metas rigorosas de combate à inflação, com o saneamento dos bancos, a renegociação das dívidas estaduais e uma política econômica (continuada por ele) que permitiu ao país o enfrentamento de cinco crises mundiais. E a distribuição de renda que ele imagina ter iniciado? Ela não começou no governo Teixeira Magalhães (PSDB), em Campinas, e continuou com o Bolsa Escola, o Bolsa Alimentação, o Vale-Gás e o combate ao trabalho infantil (que voltou a aumentar no atual governo)? Não fez Lula só o ajuntamento desses benefícios no seu tão propagado Bolsa Família? O Brasil, com certeza, já estava nos trilhos. A discussão precisa ser iniciada por aí."
ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP)
 

"FHC disse a um jornal argentino que o que impediu a vitória de Lula no primeiro turno foi a "arrogância". Temos que acatar o parecer do ex-presidente, afinal, ele fala com vasto conhecimento de causa."
MARCO AURÉLIO PEREIRA PAIVA (Ibiá, MG)
 

"Mais uma vez, fica comprovado que o presidente Lula é homem mutante. Quando houve o impeachment de Collor, ele fez questão de dar inúmeras declarações condenando a corrupção no governo. Agora, quando está atolado até o pescoço, resolve fazer aliança com quem considerava corrupto. Que homem é esse que quer dirigir os destinos do país? Como o eleitor pode confiar em quem muda de opinião só pelo prazer de continuar no poder?"
CLEUSA GUERREIRO HUGUENEY (Uberlândia, MG)
 

"Em 2002, deixei de votar em Serra no segundo turno pelo apoio que ele pediu aos evangélicos. Talvez faça o mesmo agora. Não tenho nada contra os evangélicos, mas o Brasil é um Estado laico que respeita a diversidade religiosa. E me desaponta muito ver um candidato sabidamente católico praticante deixar de usar sua fita do Nosso Senhor do Bonfim apenas para agradar os fiéis de outras religiões. Sou a favor dos direitos amplos, como vemos em muitos países desenvolvidos, a favor do aborto, a favor da união gay. Não me importa o que a minha religião tenha a dizer sobre isso. Isso é meu problema de fé, não do Estado."
MARIA BEATRIZ CARDOSO DE OLIVEIRA (São Paulo, SP)

Aborto
"Ao contrário do que escreveu um leitor de São Paulo aqui neste espaço no dia 4 passado, milhares de vidas foram de verdade poupadas não pela derrota de Jandira Feghali ao Senado pelo Rio de Janeiro, mas, sim, por sua atuação como deputada em defesa da saúde da parcela mais pobre da população. Um país melhor e mais justo se constrói com discussão e respeito à opinião alheia, e não com preconceito e dogmatismo."
DIOMEDES CESÁRIO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ) CARTA REGISTRADA

"O 'transponder' do candidato Alckmin está desligado? Depois não digam que não foram avisados."


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