São Paulo, sábado, 08 de dezembro de 2007

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PAINEL DO LEITOR

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Pará
"Concordo totalmente com a leitora Helena de Almeida Prado Bastos ("Painel do Leitor", 7/12). Onde estão Zeca Baleiro, Ferréz e todos aqueles que defenderam tão fervorosamente o ladrão que roubou Luciano Huck? Onde estão os cansadinhos do "Cansei"? Por que não mostram sua indignação?
Eu respondo: não aparecem porque, apesar de se dizerem diferentes, são todos farinha do mesmo saco, pois acham que o Brasil se resume ao eixo Rio-São Paulo."
FERNANDA RAQUEL ALVES (Jundiaí, SP)

"Próximos ao encerramento de mais um ano, vemos que o caso da menina do Pará parece longe de clausurar sua mina de ignomínia.
A entrevista com a delegada corregedora (?) daquele Estado, pornográfica na sua colossal exibição do absurdo, oferece, porém, um desdobramento interessante ("Policiais foram levados ao erro", diz delegada", Cotidiano, 6/12).
A cada entrevista com um responsável oficial por alguma das áreas apontadas como negligentes no caso, aparece clara uma ótima oportunidade de reduzirmos o gasto público."
XAVIER REY (Rio de Janeiro, RJ)

Presidência
"Em resposta ao artigo de Janio de Freitas de 2/12 ("Cenas conhecidas", Brasil), o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) esclarece o que segue. Ao contrário do que alega o colunista, de maneira nenhuma o presidente da República insultou ou ofendeu os conselheiros escolhidos por ele próprio para participar do CDES. Conforme demonstra a íntegra do discurso do presidente na 24ª plenária do CDES (realizada em 27/11, no Palácio do Planalto), ele jamais se pronunciou de maneira insultuosa ou agressiva em relação aos participantes. Isso tampouco ocorreu nas reuniões realizadas desde a criação do
CDES, em 2003. No dia 27, como de hábito, o presidente fez um discurso afetuoso e agradeceu a colaboração e o trabalho dos conselheiros.
O texto do discurso e o áudio gravado na plenária estão à disposição do colunista e foram enviados à Redação do jornal. No trecho final, o presidente diz o seguinte, literalmente: "Portanto, eu quero agradecer a vocês, companheiros; eu sei que muitas vezes é difícil tirar vocês da terra de vocês, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de outros Estados da Federação, para virem para uma reunião. Muitas vezes vocês fazem sacrifício para vir aqui, mas eu queria dizer a vocês que eu sou agradecido, porque vale a pena o pouco tempo que vocês passam aqui dentro. Como orientação até nos momentos de divergência"."
RENATA STUANI, assessora de imprensa da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Janio de Freitas - Parabéns pela seleção conveniente. Se são diferentes as noções que recebemos sobre o que é grosseria e/ou insulto, de minha parte não tenho o que lamentar.

Rio São Francisco
"Ler o artigo de Paulo Nogueira Batista Júnior ("Dom Luiz não pode morrer", Dinheiro, 6/12) é fazer coro às vozes que clamam por bom senso quanto se trata do grave problema que é a questão da transposição do rio São Francisco.
Dom Luiz Cappio não pode morrer, e o Exército brasileiro deveria suspender imediatamente as obras na região. Do contrário, estaremos perguntando ao nosso presidente, num coro mais denso e institucional, como fez Leonardo Boff: "Estará o governo disposto a carregar essa pecha pelo futuro afora?"."
MARIA CONSUELO APOCALYPSE JÓIA PAULINI (Ouro Fino, MG)

"Sou admirador do trabalho de Paulo Nogueira Batista Júnior, como economista e como colunista/ escritor, mas fiquei frustrado por sua posição em favor da greve de fome do bispo de Barra (BA).
Não tenho posição formada sobre a transposição do São Francisco -esta é uma questão técnica, econômica e política tão controversa que só com um estudo detalhado se pode tomar uma posição desapaixonada-, mas a atitude do governo é certamente açodada e politiqueira. O debate com a sociedade foi insuficiente e, quando ocorreu, não passou de representação midiática, sem haver disposição para mudanças de opinião.
Esteja ou não o bispo com razão, sua greve de fome me leva a desprezá-lo. Ninguém tem a prerrogativa de alterar uma decisão de Estado por conta de suas convicções pessoais. Quando o governo se rende ao desejo individual de um cidadão, é a própria democracia representativa que rui. Posições políticas devem ser combatidas com atitudes políticas.
Ele que organize uma greve, um comício, uma guerrilha ou o que lhe vier à cabeça, mas não aceito sua chantagem contra o governo, que, por pior que seja, tem um mandato para representar o povo."
JOSÉ CLÁUVER DE AGUIAR JUNIOR (Macaé, RJ)

Corrupção
"É sintomático que, no mesmo dia em que os empresários Ricardo Young e Carlos Eduardo Lins da Silva bradam contra a corrupção e a impunidade ("Pelo fim da impunidade", "Tendências/Debates" de ontem), a Telefônica apareça logo mais adiante, no caderno Cotidiano, liderando mais um escândalo.
Resta saber se a Telefônica, em vez de apenas tentar justificar seu ato de ter presenteado funcionários do governo -o que é proibido por lei-, irá reconhecer o erro e demitir o culpado pela idéia.
Espero que a Folha continue acompanhando o desenrolar do caso, que não termina apenas com a devolução dos presentes recebidos.
Foi cometido um crime (na verdade, vários), há uma pena a ser cumprida."
FABIO STORINO (São Paulo, SP)

Delegados
"O governo paulista dos tucanos, instalado em janeiro de 1995, numa demonstração ímpar de insensibilidade política, vem adotando em relação aos delegados de polícia -em especial aos aposentados- uma política salarial desumana e desrespeitosa, aviltando de tal forma seus vencimentos a ponto de, no Estado líder da Federação, a classe receber os piores salários do Brasil.
Na mesma proporção em que o povo está traumatizado com a escalada da criminalidade, o governo tucano, demonstrando desrespeito à população ordeira, alimenta doentio rancor em relação à sua polícia, causando reflexos negativos à segurança pública, que caminha em direção do Estado mínimo."
ORLANDO MIRANDA FERREIRA (Valinhos, SP)

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