São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Solidariedade
"É interessante como uma tragédia em um Estado brasileiro movimenta moradores de todo o país para ajudar nossos irmãos. Enquanto isso, vemos que quem deveria fazer algo, que são nossos governantes -que, aliás, contribuíram para essa tragédia ao não investir em obras de limpeza e segurança-, não faz nada. Em um desastre como esse, não é o povo que tem de ajudar, mas o governo, que tem por obrigação reconstruir tudo com o dinheiro de nossos impostos. Precisamos ter a noção exata de nossos direitos e começar a cobrar com a mesma eficiência com que o leão nos cobra!"
LUIZ CLAUDIO ZABATIERO (Campinas, SP)

Educação
"A respeito da reportagem "Aluno de escola estadual terá 80 aulas de história a menos" (Cotidiano, 6/ 12), pergunto: será que o papel do Estado é só formar mão-de-obra? Pois optou por diminuir no currículo justamente a presença da disciplina que possibilita o desenvolvimento do pensamento crítico e capaz de levar o ser a compreender o mundo em que vive. A prova disso está na própria reportagem da Folha, que informa que o colégio Vértice (apontado no último Enem como a melhor escola particular do Estado) oferece quatro aulas de história semanais no dois primeiros anos do ensino médio e seis no terceiro. Desse modo, fica muito difícil entender os critérios adotados pela secretaria estadual paulista."
SILVIO LUIZ LOFEGO (São José do Rio Preto, SP)

Crise financeira
"A melhor explicação para a crise financeira tinha de ser de um poeta: Ferreira Gullar ("Resmungos financeiros", Ilustrada, 7/12). Nada a estranhar, pois só quem entende a fundo o que é "abstração" pode ver com clareza o que são, na realidade, o mercado financeiro e a economia moderna."
JAN LUIZ PARELLADA (Assis, SP)

 

"É sempre interessante ler Ferreira Gullar. Ontem, ele tocou num assunto que sempre me intrigou e para o qual nunca obtive resposta: se todos que possuem dólares resolvessem trocar por ouro, os Estados Unidos teriam como honrar as transações?"
CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

Taxa de juros
"Excelente o artigo de Elio Gaspari "O pós-Lula começou, com ele no Planalto" (Brasil, 7/12). Sendo o presidente voluntarioso, onisciente e mestre para ao menos 70% dos brasileiros, é difícil entender quem teve o poder de colocar no pé dele a bola de ferro da taxa de juros e por que ele a aceitou e aceita passivamente, bem como a extraconstitucionalidade do Copom. Sugiro ao eminente jornalista que em próximos artigos conte o que sabe sobre as negociações de Lula e do PT prévias à campanha de 2002, cuja versão para consumo externo foi a famigerada "Carta ao Povo Brasileiro" por eles publicada naquela época.
Talvez lá estejam as origens da independência factual do Banco Central e do ditatorial Copom."
ELIAS DA COSTA LIMA (São Paulo, SP)

Desemprego
"A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, além de personalidade, mostrou que não é chegada a falácias eleitoreiras quando descartou interferência do governo para evitar demissões (Dinheiro, 5/12).
Infelizmente, a demissão de funcionários em crises é um mal necessário. O que a maioria das pessoas não entende é que não há maldade nos cortes que os empresários fazem quando as vendas caem. É a lei da sobrevivência. Se as empresas assim não procederem, os custos acabarão comprometendo sua saúde financeira, podendo levá-las à falência -e o desemprego será maior. Isso é o capitalismo. E a história tem mostrado que o sistema capitalista, apesar de tudo, é o mais eficiente que a humanidade encontrou para produzir trabalho, riqueza e progresso. Contra o desemprego, o governo pode criar mecanismos que minimizem as conseqüências. Parabéns, sra. Dilma Rousseff, o Brasil caminhará em boas mãos."
AURÉLIO NUNEZ ROLAN , microempresário (São Paulo, SP)

Criacionismo
"O pseudodebate sobre criacionismo se origina em dois equívocos. O primeiro é afirmar que a teoria da evolução é "provada". Acontece que nenhuma ciência é demonstrável. O que faz uma ciência ser aceita como explicação para algum aspecto do mundo é sua consistência formal e sua plausibilidade em vista dos indícios materiais, o que inclui seu poder de previsão. No fim das contas, é por isso que tomamos aspirina para mitigar uma dor de cabeça. Quem pretende combater o criacionismo pela afirmação de que a teoria da evolução é "demonstrada" entrega o ouro para o bandido, pois situa a discussão no terreno do adversário, ao qual na verdade caberia o ônus de apresentar argumentos racionais para o que afirma.
O segundo equívoco desse debate é mesmo participar dele, pois com isso confere-se respeitabilidade ao misticismo religioso que alimenta o criacionismo quando deveria ser óbvio que é impossível discutir seja o que for com quem acredita em seres incorpóreos e influências etéreas. Da mesma forma que crêem em divindades, anjos, almas e no além, crerão em astrologia, leitura de mão, homeopatia e qualquer outra bobagem que apareça."
CLAUDIO WEBER ABRAMO , mestre em filosofia da ciência, é diretor-executivo da Transparência Brasil (Brasília, DF)

STF
"O ministro Gilmar Mendes afirmou que o juiz Fausto de Sanctis "divulgou "informações oblíquas" com o objetivo de "sugerir comprometimento da probidade" do STF" (Brasil, 6/12). O juiz condena o sr. Daniel Dantas e, logo em seguida, é, uma vez mais, criticado pelo ministro. Afinal, quem está divulgando "informações oblíquas"?"
ADENAUER DE LIMA RODRIGUES (São José dos Campos, SP)

Lula
"Lamentável, sob todos os aspectos, a atitude de Raymond Kappaz ("Painel do Leitor", 6/12) de cogitar renunciar à cidadania brasileira por causa da fala do presidente Lula.
Lamentável, ainda, que alguém agraciado com a cidadania de um país queira fazer pouco do presidente desse país, chamando-o de inculto e deseducado."
ROGÉRIO FERRAZ ALENCAR (Fortaleza, CE)

 

"O presidente Lula (in)felizmente não governa um país de 180 milhões de intelectuais. Quando, em seus discursos, ele lança mão de suas já clássicas metáforas para explicar os problemas pelos quais o país passa, o objetivo não é o entendimento dos executivos da Faria Lima, mas, sim, o do sertanejo do interior do Brasil, que certamente não deve saber o que significa "liquidez de mercado" e "subprime". Se, para falar ao povo, é necessário "não ter compostura", que o presidente continue sem."
ROGÉRIO DE OLIVEIRA ARAÚJO (São Paulo, SP)

Metrô
"Com referência à matéria "Marta fez proposta semelhante durante a eleição" (Cotidiano, 5/12), o Metrô esclarece que a extensão da linha 6-laranja até Brasilândia e Vila Nova Cachoeirinha anunciada pelo governador José Serra é, em seu traçado e em sua concepção técnica, totalmente distinta da proposta feita pela ex-candidata Marta Suplicy na campanha. Como consta da nota do Metrô de 29/8, as novas linhas que a candidata imaginava fazer já estavam em construção ou eram inadequadas, causando distúrbios à operação do sistema.
Sua proposta, ao fazer uma ligação entre a estação da Freguesia do Ó e Barra Funda (linha 3-vermelha), ocasionaria um grande aumento de demanda na linha 3, que já transporta mais de 1,3 milhão de passageiros/dia; além disso, para chegar ao centro da cidade, a população da Vila Nova Cachoeirinha teria que trocar de linha, aumentando o tempo de viagem.
A extensão da linha 6-laranja apresentada pelo governador José Serra elimina todas essas inconveniências e segue os rigorosos critérios técnicos que sempre guiaram o corpo técnico do Metrô de SP."
CARLOS ALBERTO SOARES , assessor de Imprensa do Metrô (São Paulo, SP)

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