São Paulo, segunda-feira, 09 de janeiro de 2006

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PAINEL DO LEITOR @ - leitor@uol.com.br

Haiti
"É impressionante a incapacidade da imprensa brasileira de dar maiores detalhes sobre a morte do general brasileiro comandante das forças de paz da ONU no Haiti. Temos soldados brasileiros em missão naquele pais, e a nossa imprensa "desconhece" plenamente essa realidade. Nenhum órgão de imprensa tem um repórter baseado no Haiti. A sociedade brasileira não tem a menor idéia do que ocorre naquele país e em que condições operam nossos soldados. Mas a imprensa brasileira, imitando suas congêneres internacionais, mantém repórteres no Iraque. É deveras lamentável que seja necessária uma tragédia como essa que agora ocorreu -quando uma família padece sofrimentos inimagináveis-, para que os "grandes órgãos" da imprensa brasileira enviem seus repórteres até aquele país. Pois é isso que se sucederá, sem dúvida alguma."
Samuel Lima dos Santos (São Paulo, SP)

Cambalhota genial
"Escrevo para saudar a integração de Hugo Possolo ao cavernoso grupo dos conspiradores de direita, incrustados na mídia e na oposição. Seu artigo "De um palhaço para o presidente" ("Tendências/ Debates", 4/1, pág. A3) o faz merecedor dessa honra. Todos nós, articulistas diários, semanais ou quinzenais, temos nos esforçado em tecer os fios da terrível conspiração. Mas, com todo nosso esforço, não chegamos aos méritos de Possolo. Com uma só cambalhota ele fez mais do que tentamos laboriosamente realizar. Só mesmo um artista circense, na quadra atual, seria capaz dessa proeza crítica."
Boris Fausto, historiador (São Paulo, SP)

O bruxo e o feiticeiro
"Se os auxiliares de José Dirceu estão eufóricos por Paulo Coelho tê-lo prestigiado em passar o Ano Novo em sua casa na França, como publicado no "Painel" de sábado, o contrário -decepção, desalento- acontece com os fãs do esotérico escritor, que provavelmente já profetizou a reabilitação do cassado político."
Paulo Marcos G.Lustoza, capitão-de-mar-e-guerra da reserva (Rio de Janeiro, RJ)

Ética e imprensa
"Em referência ao artigo "Células de decepção em massa" (Ciência, 24/12), sempre defendi que questões éticas, principalmente aquelas que nos dizem respeito, sejam discutidas com a sociedade. Por exemplo: testes genéticos preditivos (quando devem ser oferecidos), acesso a bancos de DNA pelas companhias de seguro saúde, "desidentificação" ou não de amostras de controles normais e, mais recentemente, pesquisas com células-tronco embrionárias. O que acho que deve ser discutido em ambiente acadêmico antes de ser divulgado pela mídia são assuntos em que não existe um consenso sobre o que é ético ou não, e principalmente suspeitas de desvios éticos. Acho fundamental que haja um posicionamento ou uma conclusão bem fundamentada (no caso de suspeita de fraude) por parte da comunidade científica antes da divulgação. Não podemos correr o risco de condenar antes de termos certeza. Gostaria também de ressaltar o enorme reconhecimento que tenho pela mídia, que nos apoiou na luta pela aprovação da lei de biossegurança. Sem ela isso não teria sido possível. E o seu papel deve continuar: divulgando os verdadeiros avanços científicos, denunciando fraudes (quando comprovadas) e alertando a população contra os vendedores de curas milagrosas. E, quando os tratamentos com células-tronco se tornarem uma realidade, todos terão orgulho de terem participado desse processo."
Mayana Zatz, professora titular de genética, diretora do Centro de Estudos do Genoma Humano e pró-reitora de pesquisas da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Gullar
"Excelente a crônica de Ferreira Gullar de ontem ("Estranhezas", Ilustrada, pág. E12). Realmente há muita estranheza neste nefasto e moribundo governo federal petista (ou seria desgoverno petista?), que é semelhante ao Titanic: começa com festa e termina em tragédia -vide Celso Daniel em Santo André e Toninho do PT em Campinas."
Paulo Eduardo Cezar, advogado tributarista (Campinas, SP)
 

"Gostaria de enriquecer a lista das "estranhezas" de Ferreira Gullar: não lhe parece estranho Lula, por todos os meios, tentar evitar a instalação da CPI dos Correios e depois alegar que não sabia de nada? Não lhe parece estranho o presidente não querer uma CPI e, depois de vê-la aberta, forçar a abertura de outras? Não lhe parece estranho o presidente dizer que foi traído e, ao mesmo tempo, defender José Dirceu, se este era o superministro que controlava praticamente toda a máquina governamental? Não lhe parece estranho um presidente de origem sindicalista, de esquerda -aquela que defende uma distribuição mais equitativa da renda-, mandar fazer uma faixa presidencial por quase R$ 40 mil?"
Nélson José Feroldi, vice-prefeito de Buritama (Buritama, SP)

Tapa-buraco
"Enquanto nossas ferrovias apodrecem pelo Brasil afora, o governo federal, em mais uma medida paliativa e eleitoreira, vai tapar o sol com a peneira -ou seja, os buracos de nossas rodovias. Os caminhoneiros, cada vez em maior número, agradecem. Realmente, não dá para levar o Brasil a sério."
Sandro César Gallinari (Praia Grande, SP)

Rampa antimendigo
"Em relação ao texto "Rampa antimendigo causa polêmica na área social", publicado no dia 5/1 (Cotidiano, pág. C4), a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social tem a esclarecer os seguintes pontos: 1) As ações do programa São Paulo Protege foram iniciadas em fevereiro, com a identificação das crianças e adolescentes que trabalham nos cruzamentos da cidade. Iniciado em junho, o projeto-piloto em São Mateus resgatou 171 menores em quatro meses; 2) a ampliação dos Centros de Referência da Criança e do Adolescente foi iniciada em abril, com a reestruturação dos equipamentos e a capacitação dos profissionais; 3) o Ação Família - Viver em Comunidade e a reestruturação dos albergues foi iniciada no primeiro semestre; 5) frentes de trabalho, em conjunto com a secretaria do Trabalho foram abertas no primeiro semestre. No total, já somam mais de 1.500 vagas; 6) em relação às rampas antimendigo, as equipes de agentes de proteção têm feito abordagens sistemáticas e regulares em toda a cidade muito antes da construção delas; 8) outra inovação no início desta gestão foi o cadastro único, que auxilia na identificação dos indivíduos que de fato necessitam dos programas sociais; 9) apesar de os resultados aparecerem no segundo semestre, suas ações tiveram início desde o primeiro dia da gestão."
Floriano Pesaro, secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Afra Balazina: o lançamento oficial do programa São Paulo Protege foi feito em 31 de outubro de 2005 pelo prefeito José Serra, que, em 16 de novembro, também apresentou as bases do projeto Ação Família - Viver em Comunidade. O total de 1.500 vagas de frentes de trabalho são uma promessa para este ano. Em 2005, foram criadas 435.

Boas-festas

"A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Roberto Klabin, presidente da Fundação SOS Mata Atlântica (São Paulo, SP); Matinas Suzuki Júnior, jornal "Bom Dia" (São Paulo, SP); Pasuya Wen-Chih Yao, Divisão de Informações do Escritório Econômico e Cultural de Taipei no Brasil (São Paulo, SP); Mario Cesar Pereira de Araújo, TIM Celular S/A (Rio de Janeiro, RJ); Parlapatões (São Paulo, SP); Fundação Antonio Prudente - Rede Voluntária de Combate ao Câncer Carmen Prudente (São Paulo, SP); Colucci Propaganda Ltda. (São Paulo, SP); Gabriel, Rafael, Glória e Gesner (São Paulo, SP); Aldo Pereira (São Paulo, SP)."


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