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São Paulo, domingo, 09 de fevereiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Regime cambial
"Lula precisa com urgência adotar a mudança do sistema cambial para a defesa de nossa moeda contra o "mercado" formado por especuladores internacionais, megainvestidores, bancos e consórcios internacionais, grandes empresas e bancos nacionais. Devemos voltar ao câmbio fixo com reajustes mensais programados segundo as conveniências da economia brasileira. O sistema cambial de comprar na baixa do dólar e vender na alta deve terminar. O dinheiro que for aplicado na bolsa deve ter prazo mínimo para ser retirado. Na Venezuela foi decidido que o acesso aos dólares será para a importação de produtos de primeira necessidade. Aqui no Brasil será circunscrito o acesso aos dólares à importação de insumos e máquinas da indústria. A defesa de nossas reservas e a contenção da inflação são fundamentais para o desenvolvimento da nação e a defesa do povo."
Tito Livio Fleury Martins (São Paulo, SP)

Código Penal
"Concordo com as professoras Flávia Piovesan e Silvia Pimentel (6/2). O Código Penal merece mudanças. Há muitos tipos penais abertos, como a expressão citada "mulher honesta". Tal figura penal gera incerteza jurídica, pois fica a critério do juiz definir quem é mulher honesta e quem é mulher desonesta. Tal conceito perdeu o significado que possuía na década de 40. Quanto ao crime de aborto, discordo das ilustres doutoras. O aborto deve ser tratado pela polícia, pois é um crime. Crime contra a vida, que continua a ser direito fundamental previsto na Constituição. As mortes decorrentes de abortos clandestinos podem ser evitadas com o aumento da fiscalização e com a punição efetiva dos envolvidos, em especial dos responsáveis pelas clínicas de "fazer anjos". As mulheres têm direito sobre o próprio corpo, mas esse direito não as autoriza a matar outro ser humano."
Adriana Gatto Martins (São Paulo, SP)

Fome Zero
"Parabenizo Guilherme Barros pela reportagem "Economista da OIT elogia concepção do Fome Zero" (6/2). Gostaria que uma minoria de pessimistas que criticam o Fome Zero tivesse lido a entrevista com Lena Lavinas, que trabalha há três anos na OIT e que diz que "pela primeira vez o governo brasileiro dispõe de uma política de segurança alimentar que trata, de forma integrada e coerente, da questão alimentar e nutricional no país". Não somente os deputados das alas radicais do PT precisam reler os programas de governo, como também os críticos."
Regina Helena Vieira Caetano (São Paulo, SP)

"Não é que o programa seja ruim, mas deveria ser apenas emergencial. É preciso dar condições às pessoas para obterem o próprio sustento, e não sustentá-las. Solicitar comprovação de gastos, via notas fiscais, com a corrupção institucionalizada no país, gerará uma indústria de notas. Será preciso uma estrutura mais cara que o programa para o controle. Os famintos continuarão com fome."
Ismail Miguel Batista (Ribeirão Preto, SP)

Crise no PT
"O PT não precisa da oposição de outros partidos, o próprio PT oposição vai derrubar o PT situação, até porque um partido que nasceu para ser operário nunca vai chegar a ser patrão. É uma pena que o Brasil esteja sendo governado por pessoas tão inexperientes, tão sem expressão, tão incompetentes politicamente. Deus nos ajude."
Orlando Faccini Junior (São Bernardo do Campo, SP)

"A senadora Heloísa Helena (PT-AL) é um exemplo de coerência. Pode-se atribuir a ela muitas características: chata, intransigente, presumida e outros. Mas ser repreendida ou até mesmo expulsa por não concordar com o que o PT no poder vem aceitando em nome de um suposto "equilíbrio econômico" é no mínimo ridículo. O PT chegou ao poder prometendo tudo ao contrário do que está realizando. Senadora, continue sendo coerente com sua ideologia."
Paulo Toledo de Souza (Campinas, SP)

Congresso
"Externamos nosso repúdio pelo aumento que os deputados federais se autoconcederam. É inadmissível e mesmo imperdoável a naturalidade de que se revestiram para tal concessão, um acréscimo de até 71% nas verbas e de 50% de seus salários. Faz-se necessário que, nós eleitores, exerçamos nosso direito de reclamar: a mídia e a sociedade como um todo não devem se omitir nesta hora em que a nação, através do seu presidente, pede sacrifícios. Eis porque esperamos reconsideração da Câmara para esse ato. Afinal o sacrifício pedido é só do povo?"
Celina de Campos Pimentel (Sorocaba, SP)

Proálcool
"Qual é o motivo que leva o país a ainda não ter o Proálcool como assunto prioritário para a soberania nacional? Se o álcool fosse um produto ofertado pelos EUA, seria mais valorizado. Mas, como santo da casa não faz milagre, nós, tapuias, continuaremos "amargando" altíssimos preços do combustível, enquanto os usineiros, sem obrigações para com a pátria, seguem ao "doce sabor" do preço do açúcar no mercado externo."
Odilon Antonio Menegusso (Limeira, SP)

Reformas
"Até o regimento da Câmara o novo presidente da Casa, João Paulo, queria modificar para facilitar a aprovação (imposição) das reformas, sendo a primeira a previdenciária. Tudo que o PT sempre denunciou e foi absolutamente contra, faz de pronto no poder! Por que tanta pressa nas reformas, atropelando a legalidade? O que há por trás delas?"
João Diogenes Caldas Salviano (Recife, PE)

"Das reformas em discussão, a política é a que deveria ser prioritária, porque ela condiciona as demais. O troca-troca partidário que se viu reforça essa necessidade, bem como a postura ética que se deve ter na política, antes e após a eleição. Já estamos cansados de promessas de candidatos que para se elegerem criticam seus adversários, e eleitos mudam de discurso alegando dificuldades de caixa, o mercado etc. Se não sabiam das dificuldades, não deveriam ser candidatos. Devemos melhorar a vida de todos, e não piorá-la. Para isso já tivemos oito anos de FHC. A esperança venceu o medo. Cabe aos novos governantes tornar real a expectativa do povo brasileiro."
Antônio Aquilino Conejo (Campinas, SP)

Aumentos
"Com ou sem liberdade para os radicais, o que se vê são as agências inventadas por FHC (Anatel, ANP, Aneel etc.) abrindo as torneiras dos aumentos absurdos. Pior, as explicações não nos convencem. Estamos concluindo que o governo não gosta do povo. De onde saem números superiores a 20% para os aumento do combustível, do telefone, da energia, do IPTU? Alguém explica?"
Durval Tavares (São Paulo, SP)

Guerra
"A Terra tem seis bilhões de habitantes. Apenas dois deles querem as guerras: são eles Ariel Sharon e George W. Bush. Contrariam a vontade de todos, inclusive de seus próprios povos. Se 5.999.999.998 pessoas desejam a paz, por que a vontade da imensa maioria não prevalece? Será que seremos obrigados eternamente viver em conflitos por causa de dois seres destoantes? Por que o Iraque e a Palestina têm de ser alvos constantes desses dois indivíduos? Por que esses dois países árabes não podem existir? Não seria a hora, já tarde, de uma profunda e ampla reflexão por parte dos sensatos? Paz!"
Fernando Al-Egypto (Rio de Janeiro, RJ)

Militares
"O caderno Brasil de 4/2 traz uma reportagem de Fábio Zanini no qual o presidente Lula pede aos militares "sacrifícios". Ou o presidente é mal informado ou é inocente. Se há uma "categoria" que sempre esteve no sacrifício é a dos militares. Alguns dos generais que ali estavam, com certeza, tinham origem tão ou mais humilde que a do presidente, e chegaram aonde chegaram por mérito intelectual. Acho que o presidente está muito mal assessorado e falando demais."
Higino Veiga Macedo (Campo Grande, MS)




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