São Paulo, quarta-feira, 09 de março de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Escolas e impostos
Concordo plenamente com a argumentação de Vladimir Safatle sobre a obrigatoriedade de pagarmos as mensalidades escolares ("O pior imposto", Opinião, ontem). Isso é um imposto no sentido literal dessa palavra, de ser obrigatório, que se obrigou a aceitar.
A taxação da saúde é outro imposto, pois somos obrigados a pagar as mensalidades da assistência médica, que o governo também negligencia: até mesmo famílias de baixa renda pagam assistência médica particular.
Segurança é outro imposto: fora o vigilante de quarteirão, as famílias de maior poder aquisitivo pagam segurança particular, assim como pequenos comerciantes, farmácias, lojas, oficinas, de forma a evitar assaltos.
Se somarmos tudo o que seria obrigação do governo, veremos que a carga tributária é muito maior do que se fala.
JOSÉ GERALDO DA SILVA (São Paulo, SP)

 

Quem não tem escolha são os filhos das classes populares, que têm que se contentar com as escolas públicas.
Os filhos da "tão sofrida" classe média, após o ensino médio, vão completar sua formação acadêmica nas universidades públicas, as melhores do país, custeados com o dinheiro de impostos de quem cursou escola pública.
O máximo que estes conseguirão é frequentar o ensino superior em instituições particulares, custeadas às vezes com o dinheiro do ProUni, em universidades que não resistem às avaliações do Enade.
Que tal realmente revolucionar o ensino neste país: acabar com a universidade pública gratuita e investir todos os recursos públicos gastos ali no ensino fundamental, colocando todos os brasileiros na mesma escola?
Isso, sim, seria igualdade de oportunidade para todos.
ALDO CARDENAS ALONSO (Nhandeara, SP)

 

Confesso que é no mínimo superficial a opinião de Vladimir Safatle, para não dizer confusa.
Relacionar o problema da carga tributária brasileira ao da mensalidade das escolas privadas, que onera o bolso da classe média, é onerar de culpa um setor que visa suprir uma deficiência do setor público, a educação de qualidade. Não há relação entre tributação e mensalidade escolar. Podem lhe imputar outros problemas, mas não este.
A tributação, em última instância, visa corrigir, pelo bom atendimento do Estado, as desigualdades sociais, e somente para essa finalidade merece uma ampla e profunda discussão.
Discutir tributação com fins de agradar a classe média mais parece oportunismo.
VALMIR DE COSTA (Bauru, SP)

Carnaval
Fiquei estarrecido ao ler que a igreja foi até os barracões da Beija-Flor vistoriar os carros alegóricos com as imagens de Jesus e de Nossa Senhora para liberá-los.
Depois de fotografar as imagens, sugeriram mudanças.
Incrível como essa religião, seguida por milhões de pessoas e que merece todo respeito, ainda não "se mancou" de que não é a dona ou a empresária com direitos exclusivos sobre Jesus Cristo e Nossa Senhora.
Jesus e sua mãe, Maria, chamada de "Nossa Senhora" pela Igreja Católica, pertencem a todos os cristãos do mundo, são venerados e respeitados por todas as religiões cristãs.
Os espíritas e os evangélicos também são cristãos, muito embora não cultuem imagens.
Está na hora de a igreja descer de seu pedestal de orgulho e respeitar as escolhas daqueles que não comungam dos mesmos princípios que ela.
JORGE JOSSI WAGNER (Ribeirão Preto, SP)

 

Fernando de Barros e Silva, com o texto "Digressões momescas" (Opinião, ontem), pintou o melhor retrato possível do país e de suas contradições e loucuras a partir do Carnaval.
A promiscuidade entre políticos e empresas comerciais nos "poleiros VIPs" foi descrita de forma engraçada, parecendo, à primeira leitura, "cruel".
Na verdade, o texto apenas foi didático ao desnudar esses personagens telecarnavalescos e o séquito dos que consomem/aplaudem seus gestos.
E estamos falando de um país que se orgulha de já ser a sétima economia do mundo, embora tenha 30 milhões de habitantes vivendo abaixo da linha da miséria.
Esses não têm nem acesso nem motivos para viver o Momo que paralisa e mesmeriza boa parte da nação.
Com textos como esse, a Folha cumpre o melhor papel de um jornal -e que nenhuma outra "plataforma" substituirá: é lição de olhar treinado aos que não querem (ou não podem) enxergar as tristes faces dessa realidade.
AROLDO MURÁ G. HAYGERT (Curitiba, PR)

Aeroportos
O episódio ocorrido com a deputada federal Mara Gabrilli projeta luzes sobre um descaso que alcança todos os passageiros do transporte aéreo, em especial aqueles que sofrem com redução de mobilidade.
No dia 16 de fevereiro, depois de um comezinho voo de ponte aérea entre os aeroportos Santos Dumont e de Congonhas que uniu os passageiros de quatro voos, três dos quais cancelados, a TAM não disponibilizou escadas para desembarcar os passageiros que lotavam a aeronave.
Sim, senhores! Escadas! Já não trato de "ambulifts" ou "fingers". Esperamos por 26 minutos pelo "equipamento" que chegou apenas depois de muito desculparem-se os infelizes aeronautas da companhia, que, de resto, não é melhor nem pior que as demais que dominam a cena do transporte aéreo do país.
LUÍS CARLOS MORO (São Paulo, SP)

Folha, 90
A Folha agradece as mensagens pelos 90 anos recebidas de Floriano Pesaro, sociólogo e vereador de São Paulo pelo PSDB (São Paulo, SP), Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (São Paulo, SP), Paulo Godoy, presidente da Abdib - Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, Ciro Dias Reis, presidente da Abracom - Associação Brasileira das Agências de Comunicação (São Paulo, SP), Roberto Santiago, deputado federal pelo PV-SP, Percival de Souza, jornalista e escritor (São Paulo, SP), Ana Paula Santana, secretária do Audiovisual do Ministério da Cultura (Brasília, DF), e Hedir Medeiros (Campinas, SP).

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