São Paulo, quinta-feira, 09 de abril de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Juros
"O presidente Lula demitiu o presidente do Banco do Brasil. E a principal razão da sua demissão foi o não atendimento ao pedido presidencial para que baixasse as taxas de juros nas operações de pessoas físicas e jurídicas.
A intenção pode até ser boa, mas como ficarão os acionistas do BB que investiram suas economias na compra de ações da entidade? Se baixarem o spread, o lucro será menor, as ações perderão valor e aí seus ativos... Quem pagará essa conta?"
JOSÉ PIACSEK NETO (Avanhandava, SP)

Doações
"Sem muita invencionice, um modo fácil de acabar com essas bandalheiras e distorções em financiamento de políticos e partidos seria proibir doações por quem tem contratos com a administração pública e proibir a contratação pelo poder público de quem tenha feito doações de campanha.
Quero ver se os dedicados doadores, nessas hipóteses, revelariam a sua verdadeira vocação para a contribuição política desinteressada."
RENATO COSTA DIAS (Uberlândia, MG)

Dilma Rousseff
"Lamento a parcialidade e o estilo "história em quadrinhos" que a Folha usou na reportagem "Grupo de Dilma planejava sequestrar Delfim" (Brasil, 5/4), em que ele foi assim apresentado: "O sequestro do então ministro da Fazenda, que sustentava a popularidade dos generais com um crescimento econômico de 9,5% em 1969".
Nessas poucas palavras, temos 1) que a ditadura militar produziu crescimento econômico, 2) que o ministro era responsável por ele e, consequentemente, 3) que esse bando de revolucionários eram uns idiotas (e fúteis), querendo prejudicar o próprio responsável pelo fantástico crescimento econômico brasileiro.
É o mesmo discurso usado pela ditadura para justificar a violência institucionalizada. Mantém-se oculto que 1) o tal "crescimento econômico" teve um custo social, econômico e moral altíssimo, que arrastamos ainda hoje, e 2) que Delfim Netto teve papel histórico como signatário do AI-5, o sinal verde para a linha dura militar praticar todas as atrocidades do período mais totalitário da nossa história.
Banalizar a história é uma forma de servir a antigos senhores."
ADRIANA TANESE NOGUEIRA (Boca Raton, EUA)

 

"Com a reportagem sobre a ministra candidata, a Folha contribui muito para que os brasileiros tenham a noção exata de quem podem colocar para dirigir um país.
Quem se beneficiou do produto dos assaltos, sequestros, guerrilhas e assassinatos cometidos em nome da ideologia? Apenas eles, os ilegais, que hoje estão no poder com os outros companheiros, como José Dirceu, José Genoino, Franklin Martins etc. -e ainda recebem indenizações pagas com nosso dinheiro, ou seja, pagamos por termos sido roubados e até mortos durante assaltos a bancos ou sequestros praticados por essas quadrilhas."
CARLOS DUTTWELLER (São Paulo, SP)

Ônibus
"O editorial "Populismo e chantagem" (Opinião, ontem) critica o congelamento de tarifas de ônibus pela Prefeitura de São Paulo. Trata-se de uma opinião incoerente com o que noticia o jornal ao revelar que a atual política tarifária é responsável pelo inédito aumento do uso dos transportes coletivos nos últimos anos, que é fundamental para a melhoria do trânsito e da qualidade de vida na cidade.
O compromisso do prefeito Kassab de manter inalterada a tarifa do transporte público é, portanto, decisão fundamentada no interesse público, parte de uma estratégia que inclui: investir no metrô depois de 30 anos de omissão municipal; investir pela primeira vez no Rodoanel; construir corredores de ônibus dignos desse nome e renovar a frota de ônibus.
A última Pesquisa de Origem e Destino mostra como o transporte coletivo já é majoritário em relação ao individual, tendência que precisa se acentuar em benefício de todos os que vivem na cidade de São Paulo. E a tarifa do ônibus é crucial para isso."
SERGIO RONDINO, assessoria de imprensa da prefeitura (São Paulo, SP)

Fumo
"Em resposta à lei antifumo de Serra, preciso achar a camiseta que comprei anos atrás e trazia uma caveira com cigarro e os dizeres: "O cigarro adverte: o governo faz mal à saúde". Grande verdade, porque nada aumenta tanto a pressão sanguínea quanto pagar impostos escorchantes, que, no limite, serão usados para pagar empregadas domésticas de parlamentares.
O Estado de São Paulo se esvai em dengue, febre amarela e malária, e o governador Serra se preocupa com os fumantes. E para quê? Para aparecer, porque, se fosse por preocupação com a saúde dos eleitores e contribuintes, o governador se dedicaria a enfrentar as doenças medievais que estão à solta e sem combate adequado em nosso Estado."
SIMONE MONTGOMERY TROULA (São Paulo, SP)

Câmara e cozinha
"É com profundo nojo que li a posição do deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) de considerar ético o pagamento de sua empregada particular com verba pública ("Mais uma empregada de deputado é paga com verba da Câmara", Brasil, ontem). O mais chocante é ver esse senhor no papel de vestal, colocando-se como líder da Frente Parlamentar Anticorrupção, aparentemente sem a menor noção de sua deformidade moral."
BERND FREUNDT (São Paulo, SP)

TV
"Nelson de Sá disse em nota que o "JN" "volta a atacar Franklin Martins" ("Toda Mídia", ontem). Quando? Nem ontem nem nunca. Já disse outras vezes: o colunista tem todo o direito de criticar o "JN", mas não de noticiar o que não aconteceu. O "JN" noticiou investigações da PF que envolvem o nome de Victor Martins, da ANP. Mas em nenhum momento mencionou o fato de que ele é irmão do ministro Franklin, por considerar que, até aqui, não há razão para isso.
O curioso é que a nota de Sá saiu na mesma página em que a Folha noticiou o mesmo caso, que mereceu o seguinte título na Primeira Página: "Irmão de Franklin lidera esquema de royalties, diz PF". Não julgo nem critico a Folha, que segue seus próprios critérios editoriais. Mas estranho que Sá veja "um ataque" que não houve no "JN" e se omita em relação ao jornal em que escreve."
ALI KAMEL, diretor-executivo de jornalismo da Central Globo de Jornalismo (Rio de janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Nelson de Sá - O texto na tela na Globo, na reportagem do "Jornal Nacional", mostrava, em letras grandes: "Victor Martins está sendo investigado pela PF.
Ele é diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP). É também irmão do ministro da Propaganda de Lula, Franklin Martins".

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