São Paulo, sábado, 09 de maio de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Precatórios
"Sensato o editorial "A Pec dos precatórios" (Opinião, ontem). Cumpre porém que se faça uma ressalva. Além da distorção que será gerada com a criação de um sistema de leilões e com a alteração radical da ordem cronológica de pagamento, de nada adiantará a mudança da Constituição caso não sejam revistos os percentuais de vinculação previstos no texto, pois neles se encontra talvez a maior distorção do projeto. Basta lembrar que, no ano passado, o Estado de São Paulo, maior propulsor da PEC 12, pagou cerca de R$ 2 bilhões (cerca de 3% da sua receita) em precatórios. Pelo novo texto, o Estado poderia gastar anualmente a metade desse valor. Para que o impasse seja solucionado, é preciso que haja razoabilidade financeira no projeto, valendo lembrar que o texto original da PEC previa uma vinculação de 3% da receita nos Estados e 2% nos municípios. As alíquotas despencaram e, hoje, do jeito que estão, só favorecem os devedores."
RICARDO LUIZ MARÇAL FERREIRA, presidente do Movimento dos Advogados em Defesa dos Credores Alimentares do Poder Público -Madeca (São Paulo, SP)

"Aprovada às pressas pelo Senado, a PEC 12 ameaça a existência do Estado de Direito quando desqualifica o Poder Judiciário em sua soberania e independência, pretendendo modificar as sentenças judiciais, instrumento de distribuição de Justiça imutável. Sem cumprimento de sentenças, a Justiça é nula, e a lei será a do mais forte. Por não cumprirem as leis, os governos federal, estaduais e municipais causam prejuízo, sofrimento e destruição a milhões de brasileiros. A PEC 12 é a legalização do calote, e não podemos aceitar a sua aprovação."
NELSON LACERDA, advogado tributarista e da Associação Nacional dos Servidores Públicos (Porto Alegre, RS)

Reforma política
"Nossos ilustres deputados estão planejando uma reforma política, a toque de caixa, para tentarem salvar suas futuras reeleições. Seriam eleitos os primeiros colocados de uma lista elaborada pelo partido. Como ficaremos nós, eleitores? Seremos obrigados a oficializar a permanência ad perpetuo dos maus elementos que hoje fingem nos representar? Não poderemos fazer uma faxina para extirpar os maus elementos que estão pouco se lixando para a nossa opinião? Como poderemos nos insurgir contra tal reforma? Teremos de engolir mais uma manobra espúria?"
JALSON DE ARAÚJO ABREU (São Paulo, SP)



"Não bastassem os escândalos desde o início do ano, o Congresso, com apoio do governo, deseja aprovar a voto em lista fechada e o financiamento público de campanhas. É um desrespeito à inteligência do cidadão, que pagará para votar, mas não poderá escolher o seu representante, como disse Elio Gaspari (3/5). Desse modo, será extinto o único meio de o cidadão punir o candidato na eleição e serão favorecidos os caciques dos partidos. Apelo a toda a sociedade, às entidades civis e aos políticos para que pressionem o Congresso Nacional e o governo para que repudiem esse absurdo."
ALI FARIS (São Paulo, SP)

Lei antifumo
"Depois de muito pensar, cheguei à conclusão de que não voto mais em José Serra para cargo nenhum. E olha que sou eleitora fiel de primeira hora, há anos. Mas não corresponde à minha ideia de liderança uma pessoa que embarca nesse tipo de cruzada com tanta veemência, que chama os que pensam de modo diferente do seu de "espíritos de porco" e que chega ao ponto de sugerir provas testemunhais para poder aplicar multas (Cotidiano, ontem). Como vai ser? Vamos ter campanhas "denuncie o seu vizinho fumante'? Um "disquefumo", quiçá?"
AYALA KALNICKI (São Paulo, SP)

Índios
"Nunca me esqueço de uma visita feita a uma aldeia indígena em Parelheiros (SP). A falta de condições sanitárias e o abandono em que estavam, com crianças cheias de piolhos, eram a completa negação da assistência humanitária que o governo diz dar aos índios. Não concordo com a opinião do senhor Aníbal Fillip ("Painel do Leitor", 7/5). Antes de se manifestarem daquela maneira, no prédio da Funasa, eles devem ter recorrido às leis, sem terem sido ouvidos, pois aqui, no Brasil, é preciso sair na TV para que os responsáveis cumpram com suas obrigações."
MARIA DILMA WATANABE (São Paulo, SP)

Deputado
"Na coluna "E o Nobel do Cinismo vai para..." (Opinião, 25/4), Clóvis Rossi fez ofensas pessoais e profissionais contra mim em relação ao uso de passagens aéreas da Câmara. Esclareço que não pratiquei nenhuma irregularidade e que considero injusto e imoral o jornalista colocar no mesmo balaio um parlamentar que viajou nos piores horários e monitorou as promoções das companhias aéreas para adquirir passagens mais baratas com outros que usaram a cota de passagens para transportar seu time inteiro de futebol, para transportar bailarinas para animar seu lazer ou para levar amigos para jogos de azar. Considero injusto confinar o parlamentar ao seu Estado por causa de excessos praticados por alguns. Apesar de representarmos um Estado, somos deputados que debatem temas de interesse nacional."
DOMINGOS DUTRA, deputado federal -PT-MA (Brasília, DF)

Agricultura
"No texto "Indicadores mostram que agronegócio se recupera" (Agrofolha, 5/5), o indicador mencionado pela Folha não reflete a real situação dos produtores rurais. A citada queda no preço dos fertilizantes se dá timidamente e após cinco anos de expressivos aumentos. Na verdade, o que está ocorrendo no país é uma transferência de renda do produtor rural para a indústria. A crise no campo permanece grave e sem a devida atenção das autoridades. Ao contrário do que ocorre na maioria dos países, no Brasil, a agricultura é uma atividade sem proteção, sem amparo e sem subsídio governamental."
EDIVALDO DEL GRANDE , presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)



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