São Paulo, domingo, 09 de maio de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Civilidade
"Sábado estive em uma UBS [Unidade Básica de Saúde], na fila para vacinação. Na minha frente havia uma senhora de 85 anos, com dificuldades de locomoção, movia-se segurando a grade do muro da unidade médica. Eu disse para ela que sentasse num banco dentro da unidade, quando chegasse sua vez era só entrar na fila novamente, foi quando ela disse: "Não obrigada, eu gosto de participar de tudo, gosto desse movimento, adoro conversar com as pessoas da fila". Um belo exemplo para muitos brasileiros, em particular para nossos políticos, que sempre dão um jeito de passar os outros para trás, só se comunicam com as pessoas em época de eleições, pensando em levar vantagens e outras coisas mais sigilosas."
JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)

Minhocão
"Seria importante a prefeitura analisar cuidadosamente a proposta para o Elevado Costa e Silva vencedora do Prêmio Prestes Maia de Urbanismo, dos arquitetos Alves e Corradini, premiada na gestão Serra. Contrária à demolição do elevado, a proposta defende a manutenção da ligação para o tráfego de passagem e ao mesmo tempo propõe uma bela área verde para uso da população local, com o mesmo gasto da demolição do elevado, como foi realizado em Nova York.
Ela pode ser complementar ao inteligente projeto da administração Kassab de enterrar as linhas da CPTM e criar uma nova avenida de 12 quilômetros, costurando as partes da metrópole seccionadas pela via férrea e aliviando o tráfego do próprio elevado, complicado nos horários de pico. Duas belas ideias que podem melhorar em muito a qualidade de vida da metrópole."
BRUNO ROBERTO PADOVANO (Santana de Parnaíba, SP)

 

"Impressiona como a população do Estado de São Paulo, o mais rico da Federação, recusa-se a enxergar o que é óbvio. Quantos milhões de reais ainda serão gastos em obras de expansão do metrô paulistano, com risco de repetição de acidentes, como o que ocorreu na região de Pinheiros, e cujo resultado não garantirá melhor qualidade de vida para a população dessa cidade?
Agora, o prefeito Gilberto Kassab anuncia um plano para demolir o Minhocão, uma obra feia e de utilidade discutível, um monumento da degradação de São Paulo, mas cuja demolição é igualmente faraônica e megalomaníaca, tal como foi sua construção -e, de novo, os resultados que serão obtidos com essa medida são discutíveis. Por que os urbanistas de São Paulo se prendem a modelos europeus e asiáticos de medidas para resolver o caos urbano em que se transformou a capital paulista e nem consideram a proposta de construção de uma nova capital para esse Estado?
Não seria mais apropriado observar os resultados obtidos com a construção de Brasília e repetir essa experiência em nível estadual do que copiar medidas que foram adotadas em Londres ou Tóquio, capitais superpovoadas de países que não possuem área territorial disponível?"
ABIMAEL FERRACINNI (São Luís, MA)

Ajuda à Grécia
"Engraçado. O Brasil de Lula, demagogicamente, tem dinheiro para manter as mordomias dos companheiros e ajudar mundos e fundos. Mas não tem dinheiro para ajudar a aumentar uma merreca aos pobres dos aposentados. Eu só queria entender."
ROBERTO ANTONIO CÊRA (Piracicaba, SP)

Aposentados
"O governo diz que vai vetar o reajuste dos aposentados, aprovado pela Câmara dos Deputados, porque não tem como pagar. Mas vai pagar R$ 11,2 bilhões a mais de juros com o aumento da taxa Selic, com a nobre desculpa de combater a inflação, quando se sabe que ele tira da Previdência para pagar juros da dívida pública. Isso prova que o governo quer ajudar a especulação financeira. Se quisesse mesmo combater a inflação, pegaria esses recursos e faria estoques reguladores de cereais."
JOSÉ OZÓRIO CARNEIRO (Campinas, SP)

Anistia
"Incomodou-me o chamado grande "acordo político" ocorrido em 1979, referente à Lei da Anistia, recentemente apreciada pelo STF.
Recordo-me que aguardávamos o resultado da votação no Sindicato dos Jornalistas (pessoas de várias posições ideológicas, passado e presente de suas vidas de resistência à ditadura) e o peso que caiu sobre nossas cabeças quanto à vitoriosa proposta do governo militar. Lamentável uma vez que poderia ser a chance da impunidade dos torturadores. Contudo, Paulo Sérgio Pinheiro, em sua manifestação "O STF de costas para a humanidade" ["Tendências/Debates", 5/5], de forma ponderada e generosa, o que lhe é peculiar, nos poupou do vexame de ser corresponsáveis, por nossa luta, com as vontades do estado de exceção, o não Estado de Direito."
ADRIANA GRAGNANI (São Paulo, SP)

Tuma Jr.
"É irritante ver noticias de um filho de um "ex-xerife" da PF envolvido em falcatruas, sendo que, por moral e ética, deveria aplicar a lei onde houvesse a necessidade de aplicá-lo, não importando quem quer que seja. Como se não bastasse, Lula vem a público querendo defendê-lo? Então, para quem não for amigo do amigo do Lula prevalece o duro gládio da lei? Isso que é ser secretário nacional de Justiça?"
EUGENIO ARAUJO SILVA (São José dos Campos, SP)

Polícia
"O Editorial de 7/5 "O "Evento Morte" faz coro com as críticas que vêm sendo feitas às ações da PM nos confrontos fatais, com aumento nas recentes estatísticas. Recentemente, um diretor do instituto Sou da Paz, filosofando sobre segurança pública, também criticou as ações da PM nesses confrontos. O editorial chegou a interpretar o discurso do secretário da Segurança Pública como "um estímulo ao excesso". Estímulo sim, vem vindo dessa legislação penal fora de sintonia com a atual realidade brasileira, e das panaceias da Lei de Execuções Penais, fazendo com que cresça a barbárie, a impiedade e a perversidade dos cruéis assassinos que perderam qualquer temor pela Justiça.
A diminuição da criminalidade citada dá em contrapartida o aumento dessas barbáries e perversidade nos crimes registrados no cotidiano. Não é de hoje o jargão de que "a polícia é ré da sociedade". Já que não temem mais a Justiça e nem acreditam no castigo certo e imediato, que pelo menos respeitem e temam a polícia!"
JOSÉ ÁVILA DA ROCHA (São Paulo, SP)

Crise
"A economia mundial vive um momento de risco. Um descuido qualquer e logo temos uma crise internacional. As crises andam batendo na porta até mesmo daqueles que se dizem potências mundiais.
Porém, mesmo sabendo que a causa principal é a gastança dos governos, existem países que não estão dando importância a esse fator de risco. É o caso do governo brasileiro, que, diante desse quadro preocupante, continua aumentando os gastos públicos num patamar acima da capacidade de arrecadação e do índice de crescimento do nosso PIB. A dívida publica brasileira já está beirando o R$ 1,5 trilhão, alavancada com gastos que, sabemos, não foram aplicados em bens e serviços, mas na esbórnia do poder. O presidente Lula parece subestimar a crise para descobrir como o povo vai se comportar diante dela."
FRANCISCO RIBEIRO MENDES (Brasília, DF)

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