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PAC
No texto "PAC tem menos de
50% de obras concluídas" (Brasil, 3/6), a Folha omitiu a informação de que os investimentos
executados no PAC totalizavam
R$ 463,9 bilhões até 27/5, o que
corresponde a 70,7% dos R$ 656,6
bilhões previstos para execução
no período 2007-2010. O dado
consta do décimo balanço do PAC,
divulgado em 2/6 e detalhado em
entrevista coletiva. A omissão de
informações sobre o PAC parece
"um dos artifícios" da Folha para
"maquiar" dados do programa.
A Casa Civil volta a afirmar que
não há hipótese de manipulação
nas informações a respeito do programa. Os balanços do PAC são
transparentes e sempre foram amplamente divulgados pelo governo federal -tanto que é a partir
deles que a imprensa se tem pautado para fazer reportagens.
ISADORA GRESPAN, assessora de imprensa da Casa Civil (Brasília, DF)
Resposta das repórteres Leila
Coimbra e Lorenna Rodrigues
- Os 70,7% citados na carta se
referem a obras em andamento;
os 46,1% citados na reportagem
se referem a obras concluídas.
Os balanços oficiais do PAC fazem menção a menos de 10% das
mais de 2.000 obras que a Casa
Civil afirma monitorar. A Folha
solicitou em março a totalidade
dos dados, mas o ministério se
negou a liberar as informações.
Código Florestal
Ruy Castro premia seus leitores com belos livros e crônicas
antológicas sobre a vida cultural
e o cotidiano do Brasil. Definitivamente, porém, agricultura e
meio ambiente não são temas de
sua especialidade ("Em defesa
da minhoca", Opinião, 7/6).
Os agricultores precisam e podem sobreviver em convívio com a
natureza, e a população precisa de
alimentos, da mesma forma que
precisa da Bossa Nova ou da memória dos dribles de Garrincha.
ALDO REBELO, deputado federal -PC do B-SP
(Brasília, DF)
Copa
Indignou-me o título "Copa
experimenta dia de África" (Esporte, 7/6). Até parece que nunca
tivemos aqui situações semelhantes em outros lugares. O mesmo já
se deu na Holanda e na Inglaterra, para citar dois casos. Esse tipo
de manchete só contribui para
marcar a diferença com a África.
Mas sabemos que temos muito
mais em comum do que o preconceito pode admitir.
ENI BERTIN (São Paulo, SP)
Patentes
Ao defender que cientistas não
revelem avanços em congressos
e publicações, reservando-os para obter patentes, o senhor João
Batista Calixto (Ciência, 7/6) está
na contramão das tendências e da
história. Nada inibe mais a inovação do que o sistema de patentes,
cada vez mais criticado por brilhantes cientistas do mundo. Os
"sistemas abertos", ao contrário,
aceleram a taxa de inovação e reduzem os custos.
Se o senhor Calixto estivesse
correto, o laboratório Pfizer, com a
maior verba mundial de pesquisas
médicas (US$ 7 bilhões/ano), seria o maior inovador e produtor de
patentes. Mas o laboratório acumula fracassos e se vê obrigado a
comprar outros laboratórios (leia-se drogas) para sobreviver. Tanto
que sua droga contra o colesterol,
Lipitor, a mais vendida no mundo
(US$ 13 bilhões/ano), não foi desenvolvida pela Pfizer, que comprou o laboratório que a desenvolveu, o Parke Davis.
ANTONIO CAMARGO (São Paulo, SP)
Globo
Fernando de Barros e Silva, na
coluna "Verde água" (Opinião,
ontem), diz que "Sérgio Cabral
surfa tranquilo, com o apoio de
Lula e a simpatia da Rede Globo".
Como o colunista não acompanha o jornalismo local da TV Globo no Rio, acredito que a afirmação seja fruto de falta de conhecimento ou de preconceito.
A TV Globo do Rio cobre o governo Cabral da mesma forma que
a Folha cobriu o governo Serra e
outros. Assim como a Folha, a TV
Globo é apartidária e busca a isenção em todas as suas coberturas.
ALI KAMEL, diretor da Central Globo de Jornalismo
(Rio de Janeiro, RJ)
Pará
Causou-nos estranheza e indignação o tratamento desrespeitoso da Folha em relação ao
"Diário do Pará" no texto "Crise
com Jader abala aliança do PT no
Pará" (Brasil, 15/5), de João Carlos Magalhães. O jornalista transmite aos leitores a impressão de que a notícia do "Diário do Pará"
teve motivação político-partidária
do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), sócio-cotista da
empresa que edita o jornal.
O jornal não patrocinou as acusações. Reproduziu informações
contidas em relatórios da Auditoria-Geral do Estado (AGE), repassadas à Assembleia Legislativa do
Pará pela ex-auditora-geral Tereza
Cordovil. As acusações são, portanto, resultantes da iniciativa de
uma servidora que trabalhou para
o próprio governo.
A postura preconceituosa do
jornalista, insinuando que o jornal estaria agindo politicamente,
contradiz pressupostos básicos do
bom jornalismo. Como deixar de
noticiar fato tão grave? Um relatório feito pela AGE, órgão ligado diretamente ao gabinete da governadora, que revela uma série de irregularidades praticadas por secretarias de Estado, uma delas dirigida por pessoas ligadas ao
PMDB, é notícia importante para
qualquer jornal sério.
O documento da AGE informa
como milhões de reais foram gastos de forma irregular. Seguramente, a Folha jamais deixaria de
publicar o assunto se ele viesse a
ocorrer em São Paulo.
Cumprimos a missão básica de
todo jornal sério: fazer jornalismo.
O "Diário do Pará" é um jornal
independente, com linha editorial
definida e ênfase na cobertura do
Pará e da Amazônia. Mantém como regra a preocupação exclusiva
de servir ao leitor. Detém a liderança do mercado editorial em leitura e em tiragem, conforme atestam pesquisas do Ibope, além de
ser o único jornal paraense filiado
ao Instituto Verificador de Circulação (IVC).
JADER BARBALHO FILHO, diretor-presidente do
"Diário do Pará" (Belém, PA)
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