São Paulo, quarta-feira, 09 de junho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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PAC
No texto "PAC tem menos de 50% de obras concluídas" (Brasil, 3/6), a Folha omitiu a informação de que os investimentos executados no PAC totalizavam R$ 463,9 bilhões até 27/5, o que corresponde a 70,7% dos R$ 656,6 bilhões previstos para execução no período 2007-2010. O dado consta do décimo balanço do PAC, divulgado em 2/6 e detalhado em entrevista coletiva. A omissão de informações sobre o PAC parece "um dos artifícios" da Folha para "maquiar" dados do programa.
A Casa Civil volta a afirmar que não há hipótese de manipulação nas informações a respeito do programa. Os balanços do PAC são transparentes e sempre foram amplamente divulgados pelo governo federal -tanto que é a partir deles que a imprensa se tem pautado para fazer reportagens.
ISADORA GRESPAN, assessora de imprensa da Casa Civil (Brasília, DF)

Resposta das repórteres Leila Coimbra e Lorenna Rodrigues - Os 70,7% citados na carta se referem a obras em andamento; os 46,1% citados na reportagem se referem a obras concluídas.
Os balanços oficiais do PAC fazem menção a menos de 10% das mais de 2.000 obras que a Casa Civil afirma monitorar. A Folha solicitou em março a totalidade dos dados, mas o ministério se negou a liberar as informações.

Código Florestal
Ruy Castro premia seus leitores com belos livros e crônicas antológicas sobre a vida cultural e o cotidiano do Brasil. Definitivamente, porém, agricultura e meio ambiente não são temas de sua especialidade ("Em defesa da minhoca", Opinião, 7/6).
Os agricultores precisam e podem sobreviver em convívio com a natureza, e a população precisa de alimentos, da mesma forma que precisa da Bossa Nova ou da memória dos dribles de Garrincha.
ALDO REBELO, deputado federal -PC do B-SP (Brasília, DF)

Copa
Indignou-me o título "Copa experimenta dia de África" (Esporte, 7/6). Até parece que nunca tivemos aqui situações semelhantes em outros lugares. O mesmo já se deu na Holanda e na Inglaterra, para citar dois casos. Esse tipo de manchete só contribui para marcar a diferença com a África.
Mas sabemos que temos muito mais em comum do que o preconceito pode admitir.
ENI BERTIN (São Paulo, SP)

Patentes
Ao defender que cientistas não revelem avanços em congressos e publicações, reservando-os para obter patentes, o senhor João Batista Calixto (Ciência, 7/6) está na contramão das tendências e da história. Nada inibe mais a inovação do que o sistema de patentes, cada vez mais criticado por brilhantes cientistas do mundo. Os "sistemas abertos", ao contrário, aceleram a taxa de inovação e reduzem os custos.
Se o senhor Calixto estivesse correto, o laboratório Pfizer, com a maior verba mundial de pesquisas médicas (US$ 7 bilhões/ano), seria o maior inovador e produtor de patentes. Mas o laboratório acumula fracassos e se vê obrigado a comprar outros laboratórios (leia-se drogas) para sobreviver. Tanto que sua droga contra o colesterol, Lipitor, a mais vendida no mundo (US$ 13 bilhões/ano), não foi desenvolvida pela Pfizer, que comprou o laboratório que a desenvolveu, o Parke Davis.
ANTONIO CAMARGO (São Paulo, SP)

Globo
Fernando de Barros e Silva, na coluna "Verde água" (Opinião, ontem), diz que "Sérgio Cabral surfa tranquilo, com o apoio de Lula e a simpatia da Rede Globo".
Como o colunista não acompanha o jornalismo local da TV Globo no Rio, acredito que a afirmação seja fruto de falta de conhecimento ou de preconceito. A TV Globo do Rio cobre o governo Cabral da mesma forma que a Folha cobriu o governo Serra e outros. Assim como a Folha, a TV Globo é apartidária e busca a isenção em todas as suas coberturas.
ALI KAMEL, diretor da Central Globo de Jornalismo (Rio de Janeiro, RJ)

Pará
Causou-nos estranheza e indignação o tratamento desrespeitoso da Folha em relação ao "Diário do Pará" no texto "Crise com Jader abala aliança do PT no Pará" (Brasil, 15/5), de João Carlos Magalhães. O jornalista transmite aos leitores a impressão de que a notícia do "Diário do Pará" teve motivação político-partidária do deputado federal Jader Barbalho (PMDB-PA), sócio-cotista da empresa que edita o jornal.
O jornal não patrocinou as acusações. Reproduziu informações contidas em relatórios da Auditoria-Geral do Estado (AGE), repassadas à Assembleia Legislativa do Pará pela ex-auditora-geral Tereza Cordovil. As acusações são, portanto, resultantes da iniciativa de uma servidora que trabalhou para o próprio governo.
A postura preconceituosa do jornalista, insinuando que o jornal estaria agindo politicamente, contradiz pressupostos básicos do bom jornalismo. Como deixar de noticiar fato tão grave? Um relatório feito pela AGE, órgão ligado diretamente ao gabinete da governadora, que revela uma série de irregularidades praticadas por secretarias de Estado, uma delas dirigida por pessoas ligadas ao PMDB, é notícia importante para qualquer jornal sério.
O documento da AGE informa como milhões de reais foram gastos de forma irregular. Seguramente, a Folha jamais deixaria de publicar o assunto se ele viesse a ocorrer em São Paulo.
Cumprimos a missão básica de todo jornal sério: fazer jornalismo.
O "Diário do Pará" é um jornal independente, com linha editorial definida e ênfase na cobertura do Pará e da Amazônia. Mantém como regra a preocupação exclusiva de servir ao leitor. Detém a liderança do mercado editorial em leitura e em tiragem, conforme atestam pesquisas do Ibope, além de ser o único jornal paraense filiado ao Instituto Verificador de Circulação (IVC).
JADER BARBALHO FILHO, diretor-presidente do "Diário do Pará" (Belém, PA)

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