São Paulo, domingo, 09 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Lei antifumo
"Parabéns ao articulista Luiz Felipe Pondé ("As freiras feias sem Deus", Cotidiano, 7/8). O ponto é exatamente este: o comportamento fascista que se torna a cada dia mais forte, aqui e no mundo. Nunca é demais lembrar que o primeiro regime a combater o tabagismo foi o nazista. Sabe-se lá onde vamos parar com as preocupações e concepções do Estado sobre o que seja bom e "saudável" para os cidadãos.
O Estado deve zelar pelos direitos individuais protegendo os não fumantes, mas não pode tratar os fumantes como criminosos, proibindo, por exemplo, que estabelecimentos privados decidam que tipo de clientela querem atender.
Sou fumante, consciente dos males que o fumo causa, e tenho certeza de que mal muito maior me causa saber que quatro meses do meu salário viram impostos para sustentar os Sarneys que nos governam. Que tal uma lei para fechar o Congresso em nome da saúde pública? Tenho certeza de que muita gente por aí apoiaria essa proposta. Afinal, quem se importaria com uma ditadura, desde que estivéssemos sãos e salvos?"
ELAINE SENISE BARBOSA, historiadora (São Paulo, SP)

 

"Não entendo o porquê de algumas pessoas gritarem histéricas contra essa lei antifumo, a ponto de a rotularem de fascista, mesmo porque nenhum fumante foi proibido do desfrute do seu "saudável" vício. Há liberdade para fumar sem incomodar quem não fuma. Eu mesmo, fumante por mais de 20 anos, carrego um stent no coração, em parte com a ajuda desse hábito -que, reconheço, é difícil de largar."
LAÉRCIO ZANINI (Garça, SP)

 

"Será que ninguém comentou com o governador José Serra e o prefeito Gilberto Kassab que, caso eles queiram mesmo evitar gastos com saúde pública e poupar vidas, deveriam colocar esses 500 fiscais com bafômetros nas saídas das baladas e bares? Isso sim salvaria vidas. E, quanto às fumacinhas indesejáveis, deixem que cada bar e local cuide da sua!"
ELENI MOROS MOUTA (Curitiba, PR)

 

"O teor da entrevista com um humorista (Cotidiano, 8/7) realizada pela Folha mostra o acerto do governador. Ele confessa que fuma em supermercado e nos aeroportos em desrespeito à lei, à cidadania e às pessoas que, como eu, são alérgicas. Não raro sou obrigado a sair de livrarias, lanchonetes e até cinemas porque pessoas se acham no direito de fumar escondidas. A baladas e outras diversões nunca pude ir."
REGINALDO SALOMÃO (São Paulo, SP)

Senado
"Por que os institutos de pesquisa, tão ávidos em anunciar a aceitação popular de Lula, não se interessam pelo que o povo está pensando com relação aos descalabros do Senado patrocinados por Sarney?"
CARLOS EDUARDO STAMATO (Bebedouro, SP)

 

"O TSE deveria obrigar os candidatos a apresentar de maneira transparente na propaganda de campanha os suplentes que por algum motivo possam vir a substituí-los nos cargos. Dessa forma, por exemplo, o eleitor do Estado do Rio poderia ter repensado seu voto em Sérgio Cabral se soubesse que, quando este deixasse o Congresso para ser governador, estaria elegendo uma excrescência política do quilate do senador Paulo Duque para representá-lo."
GUTTEMBERG GUARABYRA (São Paulo, SP)

 

"Com o arquivamento dos pedidos de abertura de processo por quebra de decoro contra Sarney, o senador Renan Calheiros deve ter mais um motivo para se sentir orgulhoso de sua atuação na tropa de choque: o povo brasileiro é "maioria com complexo de minoria"."
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)

 

"Gostaria de agradecer a Ruy Castro pela descrição tecnicamente definitiva de um certo tipo de olhar: "Um olhar açulado, quase hidrófobo, injetado de cólera" ("Elenco da chanchada", Opinião, 8/8). Essa é a descrição inambígua de olhares lastimavelmente frequentes em certas figuras públicas. Na página 192 do livro "A Ditadura Escancarada", de Elio Gaspari, há uma foto a que eu sempre voltava com inquietação, não com medo, a sensação ia além disso, com a certeza de que aquela foto era a representação final da malignidade. Mas faltavam as palavras certas, as palavras apropriadas que me devolveriam o equilíbrio. Armado dessa descrição de Ruy Castro, voltei lá e a maldição se desfez como num truque cinematográfico. O olhar de Milton Tavares já não me causa inquietação. Sobrou somente a sua conotação de chanchada. Muito obrigado, Ruy."
PAULO NASCIMENTO (Belo Horizonte, MG)

Símbolos religiosos
"Como católica praticante, concordo com a ação do Ministério Público para retirar os símbolos religiosos das dependências de prédios públicos e federais. Primeiro, porque o crucifixo deve estar constrangido de ficar em paredes tão podres. Depois, porque, na verdade, como afirmou o dr. Roberto Livianu ("Sagrada laicidade", "Tendências/Debates", 7/8), esses símbolos podem constranger pessoas de outras crenças. Mas sejamos então coerentes: essas mesmas pessoas também não ficam constrangidas ao ficar em casa em feriados como Corpus Christi e Nossa Senhora Aparecida, datas exclusivamente católicas? Por que então não retirar esses feriados do calendário?"
JOICE RODRIGUES (Itu, SP)

Individualismo
"A sociedade moderna se pauta pelo individualismo, e as ações coletivas parecem ficar em segundo plano ou são utilizadas só quando resultam em benefícios individuais. De um lado, a polêmica proibição do fumo, que nada mais determina que a opção (ou necessidade) pelo dano individual à saúde não pode comprometer a saúde de outrem.
De outro, o debate sobre a regulamentação do uso de motos no transporte de pessoas ("Tendências/Debates", 8/8) deixa de lado a discussão do problema maior: o uso exacerbado de transporte automotivo individual. Ao justificar o uso do mototáxi, alivia-se a pressão por retirar automóveis das ruas. Para distâncias curtas, a bicicleta deveria ser a primeira opção, já que também é transporte individual. A discussão está longe de ser séria e voltada a uma mudança de paradigma, com soluções efetivas e criativas. De lado a lado, é forte a pressão econômica."
ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

Petróleo
"Quem é o "dono" da plataforma continental? A União ou os Estados? Essa "palhaçada" deve acabar, pois o Rio de Janeiro não é "dono" do petróleo brasileiro. Eu aprendi na escola que as 200 milhas pertencem ao Brasil."
JOSEP BERGER (Joinville, SC)

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