São Paulo, terça-feira, 09 de agosto de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Crise econômica
Democratas e republicanos chegaram a um acordo que não aumentava os impostos (como queriam os republicanos) nem cortava os principais programas sociais (como queriam os democratas), mas que não resolveu o problema da evolução do deficit norte-americano.
A crise de 2008 e 2009 foi enfrentada graças à união em torno do que era necessário e a atual foi deflagrada pela dificuldade de compartilhar sacrifícios para encontrar uma solução adequada. Queira-se ou não, o desequilíbrio fiscal existe e não pode mais ser ignorado.
JORGE ALBERTO NURKIN (São Paulo, SP)

Governo Dilma
Parabéns, presidente Dilma, pela coragem de fazer a faxina no Ministério dos Transportes.
Não dá para ficar na sombra do "ex". Em oito anos, não vi atitude tão firme e corajosa como a sua. Espero não me decepcionar novamente. Sugiro que continue a sanear outros órgãos públicos.
Há outros tapetes que devem ser removidos para retirar a nojeira existente neles.
LINALDO COSTA FERREIRA (Recife, PE)

 

Alegria de pobre e do pobre cidadão contribuinte brasileiro dura pouco. Quem acreditou que a faxina era para valer pode tirar seu cavalo da chuva. A própria presidente Dilma encarregou-se de jogar uma pá de cal na CPI do Ministério dos Transportes, solicitada pela oposição.
Sem comentários.
TEREZA SAYEG (São Paulo, SP)

STF
Seria ótimo o artigo de Walter Ceneviva intitulado "Ellen Gracie" (Cotidiano, 6/8) não tivesse ele cometido um "pequeno" deslize: o Brasil descrito pelo autor foi, aparentemente, constituído somente por caucasianos e asiáticos! Nem sequer uma menção aos negros e indígenas!
ARTUR UDELSMANN (Campinas, SP)

Síria
Em dezembro de 2010, um comerciante tunisiano ateou fogo ao próprio corpo e a centelha revolucionária se espalhou pelo mundo árabe. No caso da Tunísia e do Egito, o Exército foi instado a combater o povo nas ruas, e o mundo assistiu ao profissionalismo laico do braço armado de nações. Porém, quando os focos emergiram na Líbia e na Síria, o cenário se alterou.
Na Líbia, tribos lutam contra um ditador moribundo, apoiadas por uma Otan estrategicamente fraca e tímida. Quanto à Síria, é um país que tem laços com o Irã e com o Hamas e que apoia o Hezbollah, no Líbano.
Duas opções. O mundo assistirá ao massacre arquitetado pelo regime contra os revoltosos até que haja uma trégua, talvez com reformas políticas brandas, isto é, sem ganhos concretos para os opositores. Ou, num cenário mais inquieto, os rebeldes da maioria sunita derrubarão o ditador, algo improvável sem a ajuda externa, e cantarão vitória sobre mortos e feridos.
LUIZ FABIANO ALVES ROSA (Curitiba, PR)

Ditadura
A propósito de artigo do jornalista Elio Gaspari, "A Bolsa Ditadura não chegou ao Araguaia" (Poder, 31/7), esclareço que, embora concorde com a necessidade de fazer a devida reparação aos habitantes da região que sofreram as consequências das ações militares repressivas, não corresponde aos fatos atribuir a mim a condição de beneficiário de uma "bolsa ditadura". Dos cofres públicos, recebo, exclusivamente, a aposentadoria a que fiz jus depois de sancionada a Lei da Anistia, de 1979, que beneficiou os atingidos pelo AI-5, já que fui aposentado compulsoriamente em 1969.
A partir da promulgação da lei, passei a receber os proventos da aposentadoria proporcionais ao tempo de exercício das funções de professor catedrático da USP até aquela data. Não fui favorecido por medida específica requerida por mim (como as pessoas que o jornalista diz terem auferido "bolsas ditadura"), mas de uma decisão do Congresso que abrangeu todos os professores e funcionários punidos pelo AI-5.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO, sociólogo e ex-presidente da República (São Paulo, SP)

Homeopatia
Ao insinuar que a homeopatia é uma estratégia de "superar a ética" no uso de placebos, o articulista Hélio Schwartsman esbarra ele mesmo na ética ("Se o efeito placebo é real, por que não incorporá-lo ao tratamento", Saúde, 7/8).
A medicina homeopática é uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina há 20 anos, estudada, pesquisada e aplicada por profissionais sérios no mundo inteiro.
Já que se permitiu adotar uma conduta científica sobre o intrigante tema do efeito placebo, o colega poderia também adotar semelhante conduta em relação à homeopatia e estudá-la seriamente antes de tecer comentários desinformados e preconceituosos.
RUY MADSEN, médico homeopata (Campinas, SP)

RESPOSTA DO JORNALISTA HÉLIO SCHWARTSMAN - Segundo as melhores evidências científicas disponíveis, notadamente uma metanálise de 2005 publicada na revista médica "The Lancet", os efeitos da homeopatia não se distinguem dos de placebo.

MST
Achei que o editorial sobre o MST ("Marcha a ré do MST", Opinião, 7/8) detonou além da conta, exalou preconceito de classe e criminalizou o MST na lata!
Concordo com a análise defendida no texto (não com o tom dela), mas é injusto reduzir o MST a um bando criminoso de cristãos de esquerda. Que falta de visão histórica!
Considero as ideias do MST ultrapassadas, não tenho dúvida de que existem "malfeitorias" dentro do movimento (como também existem em organizações patronais), mas sou capaz de reconhecer as boas sementes que o movimento plantou no Brasil. Sei que generalizações podem provocar injustiças e consigo respeitar quem pensa diferente.
FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

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