São Paulo, sábado, 09 de setembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Brasileiros
"O que acontece com os brasileiros? Os metroviários são criticados pela própria classe trabalhadora por tentarem alertar a população de São Paulo sobre o fato de que alguns privilegiados estão entrando com o "p" minúsculo na PPp na hora de construir e com o "P" maiúsculo na PPP na hora de usufruir.
Na Parceria Público-Privada, não é admissível que alguns privilegiados continuem fazendo o que bem entendem na área "Privada". É bom lembrar que mais de 50% do patrimônio nacional particular está nas mãos de 1% dos brasileiros?
E poucos protestam quando a Câmara aprova um reajuste ao Judiciário, ao MP e ao TCU que custará R$ 5,2 bi por ano ao Tesouro. Estão lembrados de que o salário médio (médio, e não máximo!) desse pessoal ultrapassa R$ 12 mil por mês? Que relação promíscua é essa que existe entre os que fazem e os que aplicam as leis? Quantos quilômetros de metrô poderiam ser construídos com todo esse dinheiro?"
LUIZ ANTÔNIO DA SILVA (São Paulo, SP)

Outdoor
"A respeito do editorial "A lei dos outdoors" (Opinião, 2/9), sobre o projeto Cidade Limpa, gostaria de deixar claro que a disposição da prefeitura para o diálogo é total, tanto que, para que todos os setores interessados pudessem se manifestar, não foi pedida à Câmara Municipal urgência na tramitação.
A lei de 2003, em vigor, é praticamente inaplicável. Confusa e extensa, possui 91 artigos e 65 itens vetados, promovendo insegurança jurídica e interpretações diversas para empresários, para fiscais e para a sociedade.
Entre outros defeitos, essa lei manteve direitos previstos nos regulamentos anteriores que contrastam com suas disposições. O caso mais claro é o da distância entre as placas.
A lei de 2003 exige, no mínimo, 15 metros entre elas, mas isso só vale para outdoors instalados depois de sua promulgação; os instalados anteriormente podem ficar a distâncias menores. Ora, como saber qual outdoor é legal ou não? Um fiscal teria de verificar fisicamente os documentos de cada peça. Considerando os milhares de outdoors e os milhões de placas espalhados pela cidade, isso implicaria um processo burocrático paralisante.
O projeto Cidade Limpa expressa a vontade de uma opinião pública cansada do caos e cria regras simples e claras para que qualquer cidadão possa saber, a um simples olhar, se uma placa de publicidade é regular ou não. É, por isso, a melhor forma de acabar com a poluição visual."
REGINA MONTEIRO, diretora da Emurb (São Paulo, SP)

Bares
"A Folha erra ao afirmar, na reportagem "Kassab quer facilitar a abertura de bares" (Cotidiano, ontem), que "o prefeito Gilberto Kassab quer reduzir a exigência de vagas de estacionamento para novos restaurantes, bares e boates".
O prefeito Gilberto Kassab desconhece essa proposta e é contrário a ela. A Secretaria do Planejamento, que recolhe sugestões a serem levadas a debate com a comunidade, recebeu essa proposta e outras que defendem aumento das exigências, mas tampouco formou opinião sobre o assunto."
SÉRGIO RONDINO, assessor de imprensa da prefeitura (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Alencar Izidoro - A proposta da gestão Kassab foi informada à Folha, em entrevista gravada, por Nilza Antenor, diretora da Secretaria do Planejamento e indicada oficialmente pela pasta para expor a posição da prefeitura. Segundo ela, essa flexibilização na exigência de vagas de estacionamento "está no projeto de lei" em elaboração devido à "conclusão" de que ela "é mais factível no mercado".

Ética
"Concordo com Diego Fernandes Soares ("Painel do Leitor", 7/9) de que "o cidadão tem o direito de manifestar o seu pensamento sem ter de ser reprimido por isso".
Pena que nem todos pensassem assim quando, há quase quatro anos, a artista Regina Duarte foi alvo de ofensas -e até de ameaças de morte- simplesmente por dizer que tinha medo de Lula."
PEROLA SOARES ZAMBRANA (São Paulo, SP)

Minas
"No dia 5/9, foi publicada a reportagem "Vídeo na internet culpa governo Aécio por demissão de jornalistas" (Brasil). Como diretor e produtor do vídeo-documentário "Liberdade, essa palavra", tenho a declarar que o vídeo não atribui "culpa" a quem quer que seja por coisa nenhuma. Como informa o texto, os jornalistas entrevistados "relacionam suas demissões com a veiculação de informações que teriam desagradado o governo". Não há, em momento nenhum, nenhum posicionamento editorial no vídeo, que foi feito com respeito aos princípios jornalísticos. Por isso, o vídeo reproduz 13 respostas: entre elas, sete de veículos de comunicação e quatro do governo do Estado.
A reportagem registra corretamente que o vídeo foi postado no site You Tube sem minha autorização -e, acrescento, incompleto. Ainda assim, coloca o link para o vídeo no You Tube. Melhor faria se colocasse o link para o meu site pessoal (www.amplifique.com), no qual o vídeo encontra-se disponível na íntegra, com informações fidedignas."


MARCELO BAÊTA, jornalista (Belo Horizonte, MG)

Câmara
"Repudio e apresento fatos contra a citação do meu nome na coluna de Eliane Cantanhêde de 7/9 ("Sobrevida do Congresso"), na qual se lê, "da turma dos "velhos conhecidos", estavam também metidos até a alma com o mensalão".
1. Ao contrário do que a coluna afirma, nunca estive metido com o que se denominou "mensalão". Isso foi provado quando, ao ser citado como alguém que teria oferecido vantagens para uma deputada de meu Estado para que mudasse de partido, pude comprovar, durante as investigações feitas pelo Conselho de Ética da Câmara, que esse fato nunca existiu.
2. Para corroborar o que afirmei acima, ressalto que fui o único parlamentar a ser absolvido por unanimidade no Conselho de Ética. Foram 14 votos a zero comprovando a minha inocência. Inclusive com votos a meu favor de legendas como o PSOL, o PFL e o PSDB, este último, partido de minha acusadora. Sendo assim, a minha absolvição foi inquestionável.
3. O parecer do relator do meu processo no Conselho de Ética foi pelo arquivamento da representação por não haver provas que justificassem qualquer punição. E essa decisão foi mantida pela maioria absoluta do plenário da Câmara."
SANDRO MABEL, deputado federal -PL-GO (Brasília, DF)


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