São Paulo, quarta-feira, 09 de setembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Acordo militar
"Parabenizo a vocês a forma equilibrada com que abordaram a questão da negociação dos caças Rafale. Sem dúvida o Rafale é um avião fora de série, tendo se destacado muito positivamente em todas as atividades das quais vem participando, como a Red Flag, nos Estados Unidos, e missões reais no Afeganistão.
A única questão que preocupa é que ele parece ser um avião com elevados custos de operação e, com o parco orçamento que o governo disponibiliza para a FAB, não sei se será possível que nossos pilotos o utilizem como seria desejável. Pouco adianta ter um avião poderosíssimo se não houver dinheiro pra colocá-lo no ar. Nesse sentido talvez teria sido melhor aguardar a avaliação efetuada pelos militares, ao invés de se tomar a decisão com critérios quase unicamente políticos.
Mas não há lógica nas críticas dos que dizem que esse dinheiro poderia ser usado na saúde ou no combate à pobreza. Nessas áreas é claro que os gastos são necessários, mas também é preciso haver um mínimo de segurança nacional. Quem tem um mínimo de percepção entende que a história é cheia de altos e baixos, e ninguém que tenha um terreno ou uma casa valiosa deixará os mesmos sem muros e cercas, à mercê de aventureiros que sempre existiram e sempre existirão."
PLINIO LINS BRANDÃO (São Paulo, SP)

 

"O Brasil que celebrou com a França contratos para fornecimento de equipamentos militares no valor de R$ 37,5 bilhões é aquele mesmo país da América do Sul cujos hospitais da rede pública são açougues, os presídios são masmorras fétidas e superlotadas, as estradas esburacadas e mal sinalizadas são o caminho mais curto para se chegar ao cemitério, as escolas públicas sucateadas são antros de vandalismo e os meios de transporte público são piores do que aqueles que transportam animais? Que país é este?"
TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

 

"Que o Brasil precisa se armar não há dúvida, tendo os vizinhos que tem. Mas justificar a compra de aviões e submarinos com o petróleo do pré-sal é brincadeira. O que há para roubar? Se alguma potência quiser nos fazer o favor de iniciar a exploração será bem-vinda. Vamos nos preparar para rir muito na pantomima eleitoral de 2010."
GILBERTO DIB (São Paulo, SP)

Lei antifumo
"Diferentemente do que afirma a reportagem "Lei antifumo de Serra causa divisão no governo Lula" (Cotidiano, 5/9), o Supremo Tribunal Federal não considerou constitucional a lei estadual que pretende proibir o uso do amianto em território paulista por um motivo muito simples: o STF não julgou ainda o mérito da ação direta de inconstitucionalidade proposta contra aquela lei pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria, limitando-se a suspender a medida liminar que impedia a entrada em vigor da referida lei."
MARINA JÚLIA DE AQUINO , presidente-executiva do Instituto Brasileiro do Crisotila (Goiânia, GO)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - Não foi a reportagem da Folha que disse que a lei que vetou o uso do amianto é constitucional. O jornal apenas reproduziu argumento de funcionários do Inca (Instituto Nacional de Câncer), de que essa lei tinha similaridades com a legislação antifumo por divergir da norma federal ao buscar proteger a saúde.

Minc
"Em relação à nota "Vips", publicada no "Painel" de 4/9, esclareço que não procede a informação de que os militantes do Greenpeace entraram na cerimônia do pré-sal, para protestar, como convidados do Ministério do Meio Ambiente. E por um motivo óbvio: é a Presidência da República, exclusivamente, que convida as pessoas que participam dos seus eventos. No caso do Ministério do Meio Ambiente, foram convidadas cinco pessoas, dentre elas, este ministro."
CARLOS MINC , ministro do Meio Ambiente (Brasília, DF)

Resposta da jornalista Renata Lo Prete, editora do Painel - Segundo funcionários da Presidência da República, a relação de convidados foi feita a partir de listas enviadas pelos ministérios. Os militantes do Greenpeace constavam da lista do Meio Ambiente.

Pré-sal
"Marina Silva em seu curto, leve e inteligente texto ("Do pré-sal ao pós-carbono", 7/9) conclui que "o desenho de um novo Brasil não pode estar contido na camisa de força da tramitação em regime de urgência do marco legal do pré-sal, feita para contemplar cronogramas políticos e sem a participação da sociedade, essencial porque estamos numa democracia e porque as questões reais precisam ter, pelo menos, chance de vir à tona". Lula deveria ouvir sua ex-companheira de PT e mostrar à nação seu lado de estadista, abrindo mão da urgência dessa tramitação pelo bem da nação."
EDUARDO JOSÉ DAROS RUA ROQUE PETRELLA (São Paulo, SP)

Condomínio
"O caderno Cotidiano de 8/9 ("Moradores tentam barrar Alphaville na Granja') mostra que não precisamos de Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Quando houve o desmatamento que a matéria relata, em agosto, os saguis e outros animais fugiam dos tratores e motosserras em bandos pela av. São Camilo, a ponto de fazerem os carros pararem diante daquele espetáculo degradante. Qual é a garantia que a Alphaville dá sobre preservação ambiental? É a mesma que vemos no Alphaville de Barueri? O que faz o secretário estadual do Meio Ambiente, se o equivalente a 19 campos de futebol podem ser devastados dentro desta cidade de ar rarefeito? Já as Prefeituras de Cotia e Carapicuíba devem ter trocado a licença por alguma compensação em obras, dado que vivem com o chapéu na mão. É preciso desmascarar esse discurso de valorização do verde que serve apenas à especulação imobiliária, que, depois de esgotá-lo numa região, passa a oferecer o paraíso 50 km adiante."
SÉRGIO GERSOSIMO (Carapicuíba, SP)

Lei seca
"A notícia de que a lei 11.705/08, a lei seca, tem garantido a impunidade de muitos motoristas que consomem álcool não surpreende. Este é o resultado previsível de mais uma lei autoritária, feita sem a necessária consulta à sociedade e aos profissionais do direito encarregados de aplicá-la. O constrangedor silêncio do Ministério da Justiça quando procurado pela reportagem revela que a lei seca foi um mero golpe de marketing político. Mais uma vez mentiram ao povo, a quem foi dito que a lei aumentaria as punições aos maus motoristas que dirigem embriagados. Aconteceu o contrário. Parabéns ao ministro da Justiça e aos congressistas que aprovam leis sem um mínimo de preocupação com suas consequências."
MARCELO DAWALIBI (São José dos Campos, SP)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Rodrigo Terra: Vai uma carteira de estudante aí?

Próximo Texto: Erramos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.