São Paulo, sábado, 09 de novembro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Dia da posse
"A discussão sobre alteração da data de posse do presidente da República, no Congresso Nacional, lembra aquelas sessões de câmaras municipais onde tramitam, entre outros assuntos irrelevantes, a atribuição de nomes para ruas e praças.
Parece faltar aos nossos congressistas neste final de mandato o senso de importância e de prioridade."
Robson Sant'Anna (São Paulo, SP)


PT corporativo
"Continue o PT se rendendo às pressões dos servidores e outras corporações que representem aumentos nos gastos do Orçamento e lá se vai para o espaço seu projeto de fome zero. Lá se vai para o espaço também alguma esperança de reforma justa na Previdência.
E há mais medidas provisórias a serem aprovadas na próxima semana. Portanto, mais pressões corporativas para que o PT se renda. Vai também para o espaço a esperança de uma situação melhor, de um reajuste menos ridículo do salário mínimo."
Tereza M. Falcão Arantes (Arujá, SP)


Promessas tucanas
"As manifestações de "Fora FHC" não começaram a ser difundidas no início do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Viraram moda muito tempo depois, quando o povo deixou de acreditar nas promessas expostas metaforicamente nos cinco dedos da mão direita e constatou que os oito anos do governo dele resultaram na situação que aí está: desemprego, impostos na estratosfera, venda de patrimônio público, arrocho salarial, desindustrialização, aumento sem precedentes da dívida externa e interna e outras misérias mais."
Nildo Carlos Oliveira (São Paulo, SP)


Prioridades de governo
A Folha publicou nota intitulada "Câmara aprova "folga" de R$ 1 bi a Aéreas" (Dinheiro, pág. B5, 7/11), na qual informa o alívio tributário de R$ 1 bilhão aprovado pela Câmara dos Deputados às empresas aéreas. O fato ilustra as prioridades do governo FHC.
Afirmo isso porque o setor de saúde, que atende 130 milhões de pessoas pelo SUS e mais 40 milhões através dos convênios, vem solicitando ao governo federal, há anos, perdão de parte das dívidas de PIS e Cofins que hospitais, clínicas e laboratórios têm com a União. São os atos que mostram as prioridades."
Dante Montagnana, médico e presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)


Salário de deputados
"Leio estarrecido na Folha que os ilustres deputados federais pretendem um aumento em seus vencimentos, provocando um efeito cascata que possibilita também reajuste para deputados estaduais e vereadores. Será que teremos de engolir mais esse desaforo?"
Pedro Rinaldi (Franca, SP)


Rede Globo
"Totalmente equivocada a nota publicada pelo colunista Daniel Castro ["Outro Canal", nota "Aperto", pág. E8, edição de ontem". O colunista afirma que "na tentativa de reduzir gastos com seu elenco estelar, a Globo está propondo a artistas que fazem shows e teatro o pagamento de parte do salário com a veiculação de comerciais de seus espetáculos". Gostaríamos de informar ao colunista que, se tivesse ouvido a TV Globo para confirmar a informação, teria tido a oportunidade de saber que é uma prática comum e usual na emissora apoiar projetos de teatro e música, bem como vários projetos sociais. O objetivo é ceder gratuitamente espaço de mídia como forma de apoiar as manifestações culturais e projetos sociais de nosso país. Esse tipo de apoio não tem nenhuma relação com práticas comerciais nem muito menos serve como moeda de negociação. É um serviço que a emissora presta por acreditar ser fundamental o estímulo à cultura nacional e à responsabilidade social."
Luis Erlanger, Central Globo de Comunicação (Rio de Janeiro, RJ)


A Folha e o PT
"Concordo com o leitor Alceu Bravo ("Painel do Leitor", pág. A3, nota "Isenção", edição de ontem). A própria Folha tratou de fazer levantamentos sobre a sua conduta na cobertura das eleições e também sobre a de outros jornais.
O fato é que a isenção buscada, apesar de teoricamente fácil para jornalistas experientes, é difícil na prática por um simples motivo: todo jornalista é petista, salvo poucas exceções. Daí o "clima" percebido pelos leitores."
Thomaz Figueiredo Magalhães Neto (São Paulo, SP)

 

"É impressão minha ou a Folha tem se pautado em macular a imagem do PT, de seus integrantes e do presidente eleito? Não seria má-fé a notícia em primeira página do dia 6/11 sobre o possível "calote", que não era calote, da dívida de São Paulo, sem busca de explicações prévias, que só apareceram na edição seguinte?
Teremos quatro anos assim?"
Andréa Moura S.Aguiar (Belo Horizonte, MG)


Língua e caricatura
"Permito-me fazer os seguintes comentários sobre a caricatura do sr. Antônio Palocci (Brasil, pág. A4, 3/11). Nos balões que acompanham o desenho, expõe-se ao ridículo uma deficiência do político (troca de consoantes, o que indica um problema de fala). Como pai de um deficiente, acredito que foi de profundo mau gosto usar como material de humor esse problema de fala, sobre o qual o sr. Palocci não tem quase nenhum controle. Esse recurso é algo pouco recomendável até do ponto de vista da ética jornalística. Creio que o mais alto dos valores seja o respeito ao próximo."
Antônio Carlos Chaves Cabral (São Paulo, SP)


Incentivo à violência
"Foi no mínimo infeliz a atitude do sr. Jô Soares no seu programa de 7/11, incentivando a violência ao sacar um revólver e "atirar" nos seus músicos. Uma pessoa com a capacidade e a cultura dele, ao tomar uma atitude dessas, nos deixa preocupados sobre como a violência tomou conta das nossas cidades."
Antonio José G. Marques (São Paulo, SP)



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