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Enem
Os novos problemas com as
provas do Enem são o retrato do
Brasil.
Na hora da eleição (que é o
que interessa aos políticos), um
exemplo de eficiência invejado e
copiado lá fora. Na hora da educação, descaso e incompetência.
CLÓVIS DIAS JÚNIOR (Amparo, SP)
CPMF
Concordo com o leitor Fausto
Alves ("Painel do Leitor", ontem), que diz que, como direito
democrático, podemos nos manifestar a favor ou contra decisões do governo.
Ele, favorável à volta da
CPMF, alega que o tributo é bom
porque ninguém pode sonegá-lo.
De fato, nós, contribuintes,
não conseguimos escapar da
CPMF, mas o governo, que o recebeu durante tantos anos, escapou de aplicá-lo onde devia: na
saúde. Portanto, democraticamente, sou totalmente contra
mais este imposto.
Se a Receita Federal quiser encontrar os sonegadores, que o faça através da Justiça, que para isto foi feita, e não espionando o
cidadão, que já tem uma overdose de impostos sem a devida retribuição em serviços.
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Se esse imposto era tão necessário à saúde quanto se alega,
por que então os candidatos não
falaram disso durante a campanha eleitoral?
PAULO RIBEIRO DE CARVALHO JÚNIOR (São Paulo,
SP)
PSDB
Eleitor que já fui do PSDB,
achei preciosa a análise de Janio
de Freitas no domingo ("A história perdida", Poder), apontando
que a ruptura do partido com a
sua história se deu quando FHC
fez aliança ("desnecessária") com
o PFL (hoje DEM). Aliança esta
que se mantém até hoje.
Como pode um partido que se
pretende social-democrata viver
empencado a um outro que é contra iniciativas de inclusão, como o
Prouni?
Não custa lembrar que Fernando Henrique Cardoso, que vive criticando os "excessos" de Lula,
não resistiu a propor reeleição a si
próprio. Iniciativa que enterrou a
candidatura muito viável de Mario
Covas e, com ela, de vez, o projeto
partidário.
Deu no que deu.
RENATO PIRES DA SILVA (São Paulo, SP)
Livros
Fantástico o artigo de Ruy Castro de ontem ("Alguém abre um
livro", Opinião). O mestre mais
uma vez superou-se, com sua sapiência e fina ironia.
Como professor do ensino superior, já comecei a divulgá-lo para
alunos e demais professores nas
instituições em que leciono.
Pena que o seu último parágrafo seja dolorosamente mais real a
cada dia que passa.
CELSO M. GUERRA (São Paulo, SP)
Trem-bala
Ninguém fará nada para impedir o infeliz projeto do trem-bala?
Um país com estradas esburacadas, mal projetadas e mal sinalizadas, com aeroportos congestionados e com um transporte
ferroviário do século retrasado
vai gastar R$ 40 bilhões num
projeto caro e de benefício localizado e duvidoso?
É tão óbvio o absurdo, mas
não se veem protestos.
Os que convivemos dia a dia
com as estradas assassinas e
com a irresponsabilidade do governo temos que nos levantar
contra tal projeto.
EDILSON FORLIN (Curitiba, PR)
"Caçadas de Pedrinho"
O parecerista do Conselho Nacional de Educação deveria preocupar-se é com essa distorção
educacional de aprovar os alunos analfabetos por decreto
-que, diga-se a bem da verdade,
só acontece no Brasil.
E a obra de Monteiro Lobato é
excelente para os professores
mostrarem aos alunos o quanto
o Brasil evoluiu no combate ao
preconceito racial.
LUIZA SANTANA, estudante de letras da UFG
(Goiânia, GO)
Biodiversidade
O protagonismo indígena junto às negociações sobre biodiversidade, propriedade intelectual e
conhecimentos tradicionais indígenas, responsável em grande
medida pelo que ficou acordado
no Protocolo de Nagoya, deveria
ter ficado claro na reportagem
"Países veem lucros em biodiversidade" (Ciência, 7/11).
A impressão que se tem é que o
acesso e a repartição de benefícios
é uma conquista que chega aos
povos indígenas no Brasil pelas
mãos de um grupo especializado
no país. Mas tal conquista se esvazia sem a menção à presença dos
agentes indígenas na discussão,
inclusive na conferência.
Neste "happy end", não somos
figurantes ou meros beneficiários,
mas, sim, protagonistas legítimos.
SÔNIA KAINGANG , estudante indígena de jornalismo (Palmas, TO)
"Policiais-fiscais"
Em relação à reportagem "Prefeitura quer dobrar números de
'policiais-fiscais'" (Cotidiano,
1º/11), gostaria de dizer que, em
2004, cursei uma pós-graduação
em ciências policiais de segurança e ordem pública e tive aulas
com um eminente professor, sociólogo da USP, Alvaro Gullo.
Atualmente, bem mais maduro
e experiente, reencontro o mestre
para discordar e dizer que os coronéis têm, sim, total capacidade de
gerir esta quarta maior cidade do
mundo.
Discordar, sim, porque chegar
ao posto mais alto dessa instituição significa muito trabalho e
muitos anos de dedicação aos estudos, pois se trata de uma carreira profissional.
As administrações, sejam públicas ou privadas, estão buscando esses profissionais para compor seus quadros, pois são respeitados pelas suas condutas sociais
e blindados pelas suas éticas, honestidades e dignidades.
MARCO ANTONIO AUGUSTO coronel da Polícia Militar e pós-graduando em gerência de cidades
(São Paulo, SP)
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