São Paulo, quarta-feira, 09 de novembro de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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USP
Se a Polícia Militar e outras forças da ditadura não tivessem invadido campi universitários, como ocorreu na própria USP em 1968, essa memória não nos pertenceria, mas ela nos pertence. Portanto, tudo é muito simbólico no caso das últimas reivindicações estudantis na USP. Os alunos protestam não só contra a presença de policiais no campus mas, sobretudo, por causa de uma memória de violência e truculência que eles, democraticamente, repudiam e da qual a PM é emblema, é símbolo mesmo. Eis a raiz do impasse.
RINALDO DE FERNANDES (João Pessoa, PB)

 

Se os alunos da USP não querem a PM em seu condomínio pago com dinheiro público, podem transferir os carros policiais e os soldados da PM para o meu bairro, pois eles serão bem recebidos. ANDRÉ LUIS COUTINHO (Campinas, SP)

 

Em vez de criticar a ação da polícia na desocupação (tardia, por sinal) da reitoria da USP, por que o ministro Fernando Haddad não se ofereceu para negociar com os infratores aliados da Cannabis sativa? Competência e discernimento, com certeza, não lhe faltariam -que o diga o Enem.
Sou do tempo em que essas invasões ocorriam como protesto pela falta de liberdade vigente no país durante os anos de chumbo, ou então como reivindicação de melhorias no ensino. Esses baderneiros merecem expulsão sumária, deixando suas vagas para quem realmente quer estudar.
ISMAR NERY FILHO (Goiânia, GO)

 

Mais uma vez, inacreditavelmente, a vergonha e a covardia cobriram a Polícia Militar de São Paulo, revivendo os tempos medonhos da ditadura militar.
Qual o sentido de fazer uma operação de guerra na USP, com mais de 400 soldados da Tropa de Choque, cavalaria e helicóptero, para investir com toda a violência contra umas poucas dezenas de estudantes desarmados que ocupavam o prédio da reitoria da USP?
Qual a finalidade dessa estúpida demonstração de força, desperdiçando dinheiro, tempo e recursos que, obrigatoriamente, só deveriam ser empregados no combate à criminalidade?
Que pena, depois de tanta luta pela democratização da maior universidade do país, nós assistirmos a esse triste espetáculo promovido pela atual direção fascista da USP.
EDGARD LUIZ DE BARROS, historiador e ex-aluno da FFLCH-USP (São Paulo, SP)

 

Parabéns à Polícia Militar de São Paulo e à reitoria da USP por retirarem na marra os vândalos que se intitulam estudantes. Pelas atitudes que tiveram, eles merecem um reformatório, jamais as salas de aula.
WALTER LEMOS FILHO (Florianópolis, SC)

Direito animal
Não é o projeto contra o sacrifício de animais em cultos que "tromba" com o direito de liberdade religiosa (Equilíbrio, ontem), mas, sim, a noção de liberdade religiosa que "tromba" com a noção de liberdade e com a noção de direitos. Antes de sacrificar um animal, é preciso perguntar a ele se ele está disposto a participar do "culto".
Todo o mundo sabe a resposta que ele daria. Além disso, sacrifício é ato autorreferente, não se aplica ao "outro" (tudo o que está fora de mim), e, quando se aplica, caso das "religiões", tem de ser considerado como realmente é, assassinato.
JEFERSON MATTOS (São Paulo, SP)

Agnelo
O atual governador do DF, o petista Agnelo Queiroz, agora se vê envolvido em mais uma bandalheira. É acusado por um ex-funcionário de um laboratório farmacêutico que dependia de autorização da Anvisa, órgão do qual o governador era diretor.
Para a coisa ficar feia e sem explicação, o funcionário apresentou um recibo de R$ 5.000, que o governador diz que é parte de um empréstimo. Como alguém normal vai acreditar nessa ridícula história? Um diretor da Anvisa fazer empréstimo a um laboratório que precisa de uma autorização para funcionar?
ASDRUBAL GOBENATE (Rio de Janeiro, RJ)

Prefeitura de SP
O senador Eduardo Suplicy desistiu das prévias para concorrer à Prefeitura de São Paulo pelo PT. É muito estranha essa atitude do senador, pois ele sempre sonhou governar a cidade. Por trás dessa desistência, sem dúvida está a mão de ferro do democrata Lula. O PT, como os outros partidos sem rumo nem direção, é refém de seu mandatário. E o Lula, com toda a pompa de democrata, na verdade é um oligarca.
Por essas e outras, o Brasil é refém de caciques que só empobrecem a nossa política e dificultam o esclarecimento de falcatruas e bandalheiras.
MUSTAFA BARUKI (Belo Horizonte, MG)

Tietê e Pinheiros
Nós, paulistanos, somos todos culpados pelo estado atual dos rios Tietê e Pinheiros. Temos sido omissos na cobrança de atitudes por parte de nossos representantes nos Poderes Executivo e Legislativo. Temos sido omissos na fiscalização e na denúncia de atitudes que têm como consequência direta e indireta a degradação do nosso ambiente.
Temos sido negligentes em relação ao destino final dos resíduos que geramos. Que cada um de nós, ao fixar o olhar na superfície lodosa e fétida de nossos rios, emporcalhada por garrafas PET, pneus e lixo de toda espécie, reflita, ainda que seja apenas por um instante, sobre o dever de cidadão de cada um.
ALDO PORTOLANO (São Paulo, SP)

Vida e morte
Carlos Heitor Cony citou santo Agostinho em sua coluna: "A vida não é mortal, a morte é que é vital" ("Demasiadamente humano", Opinião, ontem). Certamente essa citação vem marcada pela fé, que só um santo Agostinho poderia ter. Mas a realidade laica é outra coisa e poderíamos dizer que, certamente, "a vida é mortal, a morte é que é imortal".
LUCAS LAVOURA (Piracicaba, SP)

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