São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2006

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PAINEL DO LEITOR

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Violência
"Chegamos à total e absoluta balbúrdia social. Não só no Rio de Janeiro e São Paulo. Os dois principais dirigentes da mais alta corte jurídica do país são assaltados e ficam em dúvida se prestam queixa à polícia. Ou seja, nunca, neste país, alguém de alto poder como eles teve essa atroz e cruel dúvida. E, logo, do Poder "Judiciário". Que o Criador tenha piedade de nós, pobres mortais, porque agora é que vamos sentir o peso da bandidagem."
JUVENAL FERREIRA FORTES FILHO (Rio de Janeiro, RJ)

Justiça
"Ontem foi Dia da Justiça. Pergunto: que Justiça? Justiça em que mensaleiros, mafiosos das ambulâncias, dos dossiês e outros corruptos saem ilesos de processos, e uma mulher que, no desespero de ver o filho passar fome, furta um pote de manteiga e é condenada?
Em que, num piscar de olhos, os nossos sábios magistrados aumentam seus salários de forma absurda, sem mostrar, em contrapartida, merecimentos para tal?
Que comemorar no Dia da Justiça? Chego a pensar que o símbolo da Justiça tem os olhos vendados pelo simples motivo: vergonha!"
JOÃO ROBERTO DA SILVA (Ribeirão Preto, SP)

Cláusula de barreira
"Os ministros do STF ficarão perplexos quando descobrirem que os Estados Unidos, com somente dois partidos políticos, foram o país pioneiro no reconhecimento e proteção dos direitos das minorias. A decisão de anteontem foi lamentável e revela um certo temor do fortalecimento dos verdadeiros partidos políticos, capazes de enfrentar os interesses cartorialistas tão arraigados no meio jurídico brasileiro."
GUSTAVO COUBE DE CARVALHO (São Paulo, SP)

"Desculpe-me o sr. Fernando Rodrigues, mas colocar a cláusula de barreira como a solução para limpar a política nacional dos malfeitores e afins não passa de ilusão ("Decisão deixa siglas sujeitas à fisiologia", Brasil, 8/12). Afinal, dentro do processo democrático, a imposição de regras que venham a diminuir a representação das minorias cria uma camisa-de-força que em nada contribui para seu aperfeiçoamento. Uma reforma política séria, passando pela revisão da representatividade, acabando com domicílio eleitoral no voto para deputado federal, e o fim das emendas seriam muito mais produtivos."
RICARDO MAIA DOS SANTOS (Campo Grande, MS)

Escuridão
"Gostaria de parabenizar pela escolha da foto do Lula Marques, "Brasília sob nuvens carregadas", para a Primeira Página do dia 8/ 12. Por um lado, a imagem metaforiza inteligentemente o ambiente político característico da nossa capital federal. Por outro, a grandeza das nuvens torna diminuto o poder político, simbolizado pelas Esplanadas."
JOSÉ MEDEIROS DA SILVA (Carapicuíba, SP)

Absolvição
"Dia infeliz para o Parlamento brasileiro: a omissão de 152 deputados, que covardemente ausentaram-se do plenário ou abstiveram-se de votar, e os 128 votos de mensaleiros sanguessugas pela absolvição de um membro de sua quadrilha ("Câmara absolve Janene, o último mensaleiro", Brasil, 7/12). Denegriram, definitivamente, a moral da casa de leis de nosso país e, infelizmente, lançam lama nos 210 representantes do povo que honestamente tentaram impedir que mais um malfeitor saísse impune. É triste, mas a verdade é que enquanto a instituição do voto secreto na Câmara federal e no Senado para esse tipo de decisão persistir, elementos nocivos à sociedade vão continuar se escondendo atrás de homens justos -e esses acabam pagando um altíssimo preço moral pelos crimes de seus "maus colegas"."
JORGE DERVICHE FILHO (Curitiba, PR)

Choque de gestão
"Gostaria de congratular a Folha de S. Paulo pela excelente entrevista realizada com o dr. Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da OAB-SP ("Súmula vinculante é um retrocesso, afirma D'Urso", Cotidiano, 3/12). Precisamos, conforme o título da reportagem, de um choque de gestão no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. A OAB possui papel ímpar nesse processo. É a celeridade na solução dos litígios que trará à sociedade a certeza na Justiça, resultando no fortalecimento do Poder Judiciário do Estado de São Paulo."
FÁBIO NIEVES BARREIRA (São Paulo, SP)

Questões nacionais
"O assunto em todos os telejornais é o caos na aviação nacional. Os bacanas estão muito estressados, pois têm de passar várias horas no aeroporto. Isso é inadmissível! Onde já se viu, no Brasil, rico pegar fila e tomar "chá de cadeira'? Enquanto isso, as graves questões nacionais, pelo menos para os pobres -saúde, educação, moradia, fome e indigência-, ficam em segundo plano. E os mais de 40 milhões de brasileiros que vão passar o Natal com a barriga roncando foram esquecidos, pois o que importa agora é resolver o problema dos empresários, dos turistas e de outros afortunados que não podem ficar esperando seus vôos nos aeroportos, pois "tempo é dinheiro"."
JOÃO NEVES (São Luís, MA)

Doações
"Será que é devido, também, ao conteúdo da reportagem "Empresas com concessões públicas doam R$ 89,8 mi" (Brasil, 6/12) que não consegui praticamente nada em oito anos de denúncias sobre esse mar de falcatruas que é a concessão de rodovias do Estado de São Paulo? Em tempo: enviei dezenas de e-mails e fax diretamente à sala do senhor Geraldo Alckmin sobre tal situação, inclusive, pessoalmente, e nunca recebi qualquer resposta ou manifestação do então governador."
ORIVALDO TENORIO DE VASCONCELOS (Pirangi, SP)

Febem
"Em resposta à nota da Febem publicada neste "Painel do Leitor" em 5/12, é importante esclarecer que estabelecer um convênio público não corresponde à adesão a um clube de amigos. A Febem, enquanto gestor público, aplica recursos públicos na oferta de serviços específicos demandados pela sociedade e exigidos por lei. A participação do Cedeca Interlagos na execução de medida socioeducativa em meio aberto pautou-se na clareza da necessidade de uma ampla qualificação da resposta pública frente à realidade do ciclo da violência e do ato infracional. Esta depende, fundamentalmente, de um investimento nas medidas socioeducativas em meio aberto. Infelizmente, as mesmas perduram no mais absoluto descrédito por parte do Poder Judiciário em função da falta de investimento do Estado e da omissão da Prefeitura em municipalizá-las."
FÁBIO SILVESTRE e DJALMA COSTA, diretores do Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedeca) de Interlagos (São Paulo, SP)

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