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PAINEL DO LEITOR
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Violência
"Chegamos à total e absoluta balbúrdia social. Não só no Rio de Janeiro e São Paulo. Os dois principais dirigentes da mais alta corte jurídica do país são assaltados e ficam
em dúvida se prestam queixa à polícia. Ou seja, nunca, neste país, alguém de alto poder como eles teve
essa atroz e cruel dúvida. E, logo, do
Poder "Judiciário". Que o Criador
tenha piedade de nós, pobres mortais, porque agora é que vamos sentir o peso da bandidagem."
JUVENAL FERREIRA FORTES FILHO
(Rio de Janeiro, RJ)
Justiça
"Ontem foi Dia da Justiça. Pergunto: que Justiça? Justiça em que
mensaleiros, mafiosos das ambulâncias, dos dossiês e outros corruptos saem ilesos de processos, e
uma mulher que, no desespero de
ver o filho passar fome, furta um
pote de manteiga e é condenada?
Em que, num piscar de olhos, os
nossos sábios magistrados aumentam seus salários de forma absurda,
sem mostrar, em contrapartida,
merecimentos para tal?
Que comemorar no Dia da Justiça? Chego a pensar que o símbolo
da Justiça tem os olhos vendados
pelo simples motivo: vergonha!"
JOÃO ROBERTO DA SILVA (Ribeirão Preto, SP)
Cláusula de barreira
"Os ministros do STF ficarão perplexos quando descobrirem que os
Estados Unidos, com somente dois
partidos políticos, foram o país pioneiro no reconhecimento e proteção dos direitos das minorias. A decisão de anteontem foi lamentável e
revela um certo temor do fortalecimento dos verdadeiros partidos políticos, capazes de enfrentar os interesses cartorialistas tão arraigados
no meio jurídico brasileiro."
GUSTAVO COUBE DE CARVALHO (São Paulo, SP)
"Desculpe-me o sr. Fernando Rodrigues, mas colocar a cláusula de
barreira como a solução para limpar a política nacional dos malfeitores e afins não passa de ilusão ("Decisão deixa siglas sujeitas à fisiologia", Brasil, 8/12). Afinal, dentro do
processo democrático, a imposição
de regras que venham a diminuir a
representação das minorias cria
uma camisa-de-força que em nada
contribui para seu aperfeiçoamento. Uma reforma política séria, passando pela revisão da representatividade, acabando com domicílio
eleitoral no voto para deputado federal, e o fim das emendas seriam
muito mais produtivos."
RICARDO MAIA DOS SANTOS (Campo Grande, MS)
Escuridão
"Gostaria de parabenizar pela escolha da foto do Lula Marques,
"Brasília sob nuvens carregadas",
para a Primeira Página do dia 8/
12. Por um lado, a imagem metaforiza inteligentemente o ambiente
político característico da nossa capital federal. Por outro, a grandeza
das nuvens torna diminuto o poder
político, simbolizado pelas Esplanadas."
JOSÉ MEDEIROS DA SILVA (Carapicuíba, SP)
Absolvição
"Dia infeliz para o Parlamento
brasileiro: a omissão de 152 deputados, que covardemente ausentaram-se do plenário ou abstiveram-se de votar, e os 128 votos de mensaleiros sanguessugas pela absolvição
de um membro de sua quadrilha
("Câmara absolve Janene, o último
mensaleiro", Brasil, 7/12). Denegriram, definitivamente, a moral da
casa de leis de nosso país e, infelizmente, lançam lama nos 210 representantes do povo que honestamente tentaram impedir que mais
um malfeitor saísse impune. É triste, mas a verdade é que enquanto a
instituição do voto secreto na Câmara federal e no Senado para esse
tipo de decisão persistir, elementos
nocivos à sociedade vão continuar
se escondendo atrás de homens
justos -e esses acabam pagando
um altíssimo preço moral pelos crimes de seus "maus colegas"."
JORGE DERVICHE FILHO (Curitiba, PR)
Choque de gestão
"Gostaria de congratular a Folha
de S. Paulo pela excelente entrevista realizada com o dr. Luiz Flávio Borges D'Urso, presidente da
OAB-SP ("Súmula vinculante é um
retrocesso, afirma D'Urso", Cotidiano, 3/12). Precisamos, conforme o título da reportagem, de um
choque de gestão no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. A OAB
possui papel ímpar nesse processo.
É a celeridade na solução dos litígios que trará à sociedade a certeza
na Justiça, resultando no fortalecimento do Poder Judiciário do Estado de São Paulo."
FÁBIO NIEVES BARREIRA (São Paulo, SP)
Questões nacionais
"O assunto em todos os telejornais é o caos na aviação nacional. Os
bacanas estão muito estressados,
pois têm de passar várias horas no
aeroporto. Isso é inadmissível! Onde já se viu, no Brasil, rico pegar fila
e tomar "chá de cadeira'? Enquanto
isso, as graves questões nacionais,
pelo menos para os pobres -saúde,
educação, moradia, fome e indigência-, ficam em segundo plano.
E os mais de 40 milhões de brasileiros que vão passar o Natal com a
barriga roncando foram esquecidos, pois o que importa agora é resolver o problema dos empresários,
dos turistas e de outros afortunados
que não podem ficar esperando
seus vôos nos aeroportos, pois
"tempo é dinheiro"."
JOÃO NEVES (São Luís, MA)
Doações
"Será que é devido, também, ao
conteúdo da reportagem "Empresas
com concessões públicas doam R$
89,8 mi" (Brasil, 6/12) que não consegui praticamente nada em oito
anos de denúncias sobre esse mar
de falcatruas que é a concessão de
rodovias do Estado de São Paulo?
Em tempo: enviei dezenas de e-mails e fax diretamente à sala do senhor Geraldo Alckmin sobre tal situação, inclusive, pessoalmente,
e nunca recebi qualquer resposta
ou manifestação do então governador."
ORIVALDO TENORIO DE VASCONCELOS (Pirangi, SP)
Febem
"Em resposta à nota da Febem
publicada neste "Painel do Leitor"
em 5/12, é importante esclarecer
que estabelecer um convênio público não corresponde à adesão a um
clube de amigos. A Febem, enquanto gestor público, aplica recursos
públicos na oferta de serviços específicos demandados pela sociedade
e exigidos por lei. A participação do
Cedeca Interlagos na execução de
medida socioeducativa em meio
aberto pautou-se na clareza da necessidade de uma ampla qualificação da resposta pública frente à realidade do ciclo da violência e do ato
infracional. Esta depende, fundamentalmente, de um investimento
nas medidas socioeducativas em
meio aberto. Infelizmente, as mesmas perduram no mais absoluto
descrédito por parte do Poder Judiciário em função da falta de investimento do Estado e da omissão da
Prefeitura em municipalizá-las."
FÁBIO SILVESTRE e DJALMA COSTA, diretores do
Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do
Adolescente (Cedeca) de Interlagos
(São Paulo, SP)
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