São Paulo, sexta-feira, 10 de janeiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

PT
"A manchete da Folha de 9/1, "PT dá cargos para atrair parte do PMDB", não reflete com fidelidade o texto da reportagem à qual faz remissão. No segundo parágrafo da reportagem publicada na página A4, os repórteres escrevem que, "para garantir o apoio dos dissidentes, o PT acenou com cargos no governo". A afirmação não está respaldada em exemplos nem em frases dos deputados ouvidos pelos repórteres. A disputa pela presidência da Câmara dos Deputados não passa por barganha de cargos no Poder Executivo. Mais do que um fato, esse é um princípio do Partido dos Trabalhadores. Apesar disso, o novo governo está aberto à participação e à colaboração de todos os cidadãos, de quaisquer partidos, que desejem mudar o país e reduzir a imensa dívida social que tem o Brasil." José Genoino, presidente nacional do PT;
Nelson Pellegrino, líder do PT na Câmara; João Paulo Cunha, deputado (Brasília, DF)

Congresso
"Indignação é um termo sutil diante da insensibilidade desse Congresso inerente à proposta de aumento da verba de gabinete. O mais hilário é que o auxílio-moradia (coitados) passará de R$ 3.000 para R$ 5.000. Realmente precisam mesmo, já que ficam em Brasília árduos três dias por semana. Num país de mais de 50 milhões de miseráveis, será que não bastou a lauta cesta de Papai Noel, com 54% de aumento salarial? Que país é este?" Ricardo Alves de Oliveira
(São João Nepomuceno, MG)

Previdência
"Gostaria de saber do presidente Lula se a reforma da Previdência vai se restringir aos funcionários públicos ou vai atingir também as elevadas aposentadorias especiais de deputados, senadores, juízes, magistrados, ex-presidentes da República, ex-governadores etc., que devem responder por mais de 80% dos gastos públicos com aposentadorias. Se se limitar apenas aos proventos dos sofridos servidores públicos do segundo escalão, essa reforma não vai adiantar nada, além de ser injusta e revoltante."
Aloísio de Araújo Prince (Belo Horizonte, MG)

Energia nuclear
"São louváveis as declarações do ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, e do presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, que defendem os investimentos do governo na tecnologia nuclear para fins pacíficos. Demonstram grande responsabilidade e ampla visão da gestão pública. O setor nuclear desenvolve tecnologia de ponta, que tem aplicações na geração energética, na medicina, na indústria de alimentos, na preservação do meio ambiente e na agricultura. A conclusão de Angra 3 ajudará o Brasil a diversificar sua matriz energética e a evitar futuras crises de abastecimento."
Alfredo Tranjan, presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Rio de Janeiro, RJ)

Bingos
"É lamentável o despreparo dos membros do Ministério Público do Estado de São Paulo nas questões que concernem aos bingos. Os "promotores" querem para si os holofotes da imprensa, sem se preocuparem com os resultados de suas ações e de suas acusações levianas contra entidades e pessoas dignas. É dever da Caixa Econômica Federal autorizar e fiscalizar os bingos. No entanto a Caixa se nega a processar requerimentos de entidades desportivas, protocolados há mais de um ano, que pleiteiam a renovação das autorizações concedidas anteriormente. A Caixa busca salvaguardar seus interesses na Mega Sena e noutras apostas que concorrem com os bingos. Os membros do Ministério Público querem insinuar que todos os bingos trazem em sua atividade ligações perigosas, o que não é verdade. Se existem casos isolados, esses devem ser investigados e punidos."
Rodrigo Guimarães Camargo (Ribeirão Preto, SP)

Funcionalismo
"Revolta o fato de funcionários públicos estaduais estarem há meses sem salário. Nos Estados em que isso acontece, invoca-se a Lei de Responsabilidade Fiscal para explicar que o governo não pode gastar com pessoal mais de 60% do que arrecada. A corda arrebenta do lado dos enfermeiros, motoristas, policiais etc. Surpreenderia muito se os deputados estaduais saíssem às ruas protestando por falta de pagamento, mas essa é uma cena que provavelmente nunca veremos. Não há cofre público que aguente os altos ganhos, reajustes imorais e privilégios das camarilhas dos três Poderes. Na hora do desequilíbrio na balança, não serão os políticos e apadrinhados que ficarão sem receber, afinal, o que são R$ 6.000, R$ 8.000 ou R$ 12 mil por cabeça? O que estoura as contas do Estado são os dois ou três salários mínimos dos funcionários."
Alfredo Luiz Paes de Oliveira Suppia (Sumaré, SP)

Venezuela
"Não existe amizade entre as nações, existem interesses. A ajuda que o atual governo está dando à Venezuela é uma tentativa de sufocar um movimento que poderá servir de "mau exemplo" ao povo brasileiro no futuro."
Melchior Moser (Timbó, SC)
 
"Está certo o governo brasileiro em ajudar a Venezuela, país onde o presidente foi eleito pelo voto direto e as instituições funcionam a contento, tanto assim que não há um só preso político. Mesmo os golpistas de abril passado estão soltos. Melhor a nossa ajuda que a do FMI. A Argentina que o diga."
João Franzin (São Paulo, SP)

Delitos e penas
"O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tem reiterado que o combate à impunidade passa não por aumentos desenfreados de penas, mas pela busca de mecanismos eficientes de aplicação das penas existentes. A visão do ministro procura devolver racionalidade ao debate sobre segurança, colocando ênfase na efetividade do sistema de justiça, e não na intimidação teórica por meio de mudanças legislativas que não possuem efeito prático. A resposta à violência só gerará bons resultados quando a polícia e a Justiça estiverem aptas a melhorar sua eficiência e houver um programa efetivo de prevenção ao crime, principalmente dando oportunidade aos jovens das periferias das grandes cidades. O Instituto Sou da Paz acredita que o novo governo começa na direção certa e espera que sociedade civil, congressistas e membros do executivo caminhem juntos na construção de uma sociedade mais pacífica."
Denis Mizne, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz (São Paulo, SP)

Marta
"Nas próximas eleições, para o PTaxas, vou dar meu PTsaudações. Não é à toa que nossa prefeita tem a pior avaliação de todas as capitais. Ela só quer nosso dinheiro, participar de eventos, transmissão de cargos etc. Ou seja, administrar nossa capital é uma festa!"
Arnaldo Comerlati (São Paulo, SP)
 
"Nunca fui petista, partido ao qual tenho minhas restrições, mas acho uma injustiça tremenda considerar Marta Suplicy a pior prefeita pela seguinte razão: as outras capitais são cidades pequenas em comparação com São Paulo -no tamanho e na complexidade. E, além de menores, são bem mais jovens."
Ivon W. Vieira (Muzambinho, MG)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Instituto Ethos (São Paulo, SP); Leilah Assumpção (São Paulo, SP); Companhia Siderúrgica Nacional (Rio de Janeiro, RJ); Luiz Carlos Nunes, presidente da ABIH Nacional (São Paulo, SP); Antonio Grassi (Rio de Janeiro, RJ); Duratex (São Paulo, SP); Roberto Castello Branco, presidente do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (São Paulo, SP); Multirio (Rio de Janeiro, RJ); União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (São Paulo, SP); Jorge Steinhilber, presidente do Conselho Federal de Educação Física (Rio de Janeiro, RJ).


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