 São Paulo, sábado, 10 de janeiro de 2004 |
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PAINEL DO LEITOR Esporte "Faço breves retificações à curta nota "Dia D", publicada ontem na coluna "Painel FC" (Esporte, pág. D2). A saber: 1º) meu filho Ives não é ministro suplente do Tribunal Superior do Trabalho, mas ministro togado, no exercício da presidência daquele tribunal; 2º) não sou ex-presidente, mas, sim, presidente do Conselho Consultivo do São Paulo Futebol Clube; 3º) não sou cacique nem diretor do mencionado clube e não participo de nenhuma deliberação de diretoria; 4º) estatutariamente, nem o Conselho Deliberativo nem o Conselho Consultivo podem discutir questões referentes às contratações de jogadores e técnicos da instituição. Acrescento que, desde que meu filho foi nomeado ministro do Tribunal Superior do Trabalho, jamais aceitei o patrocínio de qualquer questão trabalhista para não constrangê-lo. E, no caso presente, ressalte-se o fato de que o São Paulo Futebol Clube não é parte do processo, segundo noticiado pelos jornais, e de que, nos repertórios eletrônicos ou impressos de decisões do Tribunal Superor do Trabalho, se pode verificar que a jurisprudência da Suprema Corte do Trabalho é favorável às pretensões do jogador." Ives Gandra Martins (São Paulo, SP) Nota da Redação - Leia abaixo a seção "Erramos". Ciência "Em resposta a uma "carta anônima" em defesa do ministro de Ciência e Tecnologia ("Painel do Leitor", pág. A3, 1º/1) que contesta críticas que levantei ao acordo de salvaguardas entre o Brasil e os EUA para o uso da base de Alcântara ("Tecnologia aeroespacial e Papai Noel", "Tendências/ Debates", pág. A3, 29/12), replico: 1. Havia eu afirmado que o acordo com os EUA prejudicaria o programa aeroespacial brasileiro se viesse a ser assinado pelo Brasil. O "missivista anônimo" afirma que o acordo com a Ucrânia "abre perspectivas concretas de cooperação entre os dois países...". O argumento lembra a conversa entre dois senhores de nacionalidade não identificada, à porta do armazém por onde desfilavam algumas moçoilas: "Pois não é que tua prima tem uma perna mais curta que a outra, ó Manuel", diz um deles. "Pois estás equivocado. Muito pelo contrário, Maria tem é uma perna mais longa que a outra". 2. O valoroso "senhor anônimo", em seguida, esclarece que, contrariamente ao que eu havia afirmado, a criativa proposta do ministro Roberto Amaral foi que "os recursos usados pelos países emergentes para pagar o serviço de suas dívidas externas sejam usados para o respectivo desenvolvimento científico e tecnológico, e nunca para desenvolver pesquisas para os países desenvolvidos, como conclui absurdamente o senhor Leite (sic)". Que maravilhosa idéia! Amanhã mesmo vou ao gerente de minha conta no meu banco, respaldado no exemplo do ministro Amaral, para propor-lhe pagar minha dívida com os gastos que vou fazer com a reforma da minha casa. Ele vai se deliciar. E o ilustre missivista informa ainda que a brilhante proposta do ministro Amaral "recebeu o apoio dos países do Mercosul, dos países africanos de língua portuguesa e da Unesco" (cinco países ao todo). Os demais países (cerca de 170), concluo eu, estão às gargalhadas até hoje." Rogério Cezar de Cerqueira Leite (Campinas, SP) São Paulo "O empresário Otavio Frias Filho mais uma vez manifesta clara oposição ao governo municipal de São Paulo ("Em Obras", pág. A2, 1º/1). É seu direito fazer oposição ao que discorda. Só não deveria fazê-la baseando-se na desinformação. De forma absolutamente antagônica ao jeito Maluf de governar, o governo Marta Suplicy realiza uma obra necessária para a região da Faria Lima, com recursos extra-orçamentários, advindos da Operação Urbana Faria Lima. Recursos do Orçamento municipal continuam a ser destinados prioritariamente para educação, saúde e demais obras importantes, como a extensão da Radial Leste e o prolongamento da Jacu-Pêssego. As políticas da atual gestão visam ao desenvolvimento econômico com justiça social. Trabalhamos para que todos, independentemente da classe social, poupem tempo e energia no trânsito. As duas passagens subterrâneas em trechos da avenida Faria Lima irão tornar mais rápido o fluxo de carros e ônibus. Milhares de horas e litros de combustível são desperdiçados diariamente por causa daqueles cruzamentos. A crítica feita aos CEUs também demonstra o desconhecimento do articulista sobre o projeto. Nestes três anos, foram criadas 200 mil vagas nas escolas municipais -25% delas nos CEUs- e houve investimentos importantes na qualidade de vida dos alunos e na formação dos professores. Os CEUs são parte desse processo e servem de equipamento de apoio pedagógico, cultural e esportivo à rede escolar e à comunidade. Desde o primeiro ano, a atual administração investe em infra-estrutura urbana. Além de um programa contínuo de reconstrução de viadutos, Otavio Frias Filho ignora a construção do viaduto no Itaim Paulista e os pontilhões sobre o Aricanduva -entregues muito antes das eleições e atendendo a milhares de paulistanos da zona leste. Ignora ainda que foi triplicada a capacidade de retenção de águas pluviais: em 2001, havia seis piscinões na cidade, hoje são 13. Um milhão de m2 de grandes avenidas foram recapeados. Foram construídas 45 praças no projeto Centros de Bairros. Mas essas obras e seus cronogramas, infelizmente, passam despercebidos pelo articulista, perdem-se em seu niilismo e em sua desproporcional preocupação com o colunismo social." Sonia Franieck, Secretaria de Comunicação e Informação Social da Prefeitura de São Paulo (São Paulo, SP) Roraima "Devido a um deslumbramento de Márcio Thomaz Bastos, o Brasil pode perder uma área de grande potencial mineral, turístico e agrícola. O ministro quer ser a antítese do barão do Rio Branco -que pacificou uma área conquistada por cearenses no Acre. Trata-se agora de entregar os municípios de Uiramutã, Normandia e Pacaraima a ONGs." Frederico Geraldes Gabbay (Boa Vista, RR) BR-101 "Entramos em mais um ano sem a duplicação da BR-101 entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Certamente, vamos contabilizar mais de 120 mortes em consequência das péssimas condições da estrada, totalmente inadequada ao tráfego. Os recursos estão disponíveis, e as licitações estão paradas por problemas técnicos, jurídicos ou burocráticos inacreditáveis. Enquanto isso, centenas de brasileiros morrem nessa estrada assassina. Só existe uma explicação para tudo isto: incompetência." Claudio Froes Peña, engenheiro (Porto Alegre, RS) Boas-festas A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Mário Barcelos, diretor-presidente, e Carlos Alberto Ruoppoli, diretor comercial da Intergrafica Print & Pack Máquinas Impressoras Ltda. (São Paulo, SP); Mario Cesar Pereira de Araújo, TIM Brasil (Rio de Janeiro, RJ); Sergio Ricardo Tannuri (São Caetano do Sul, SP); Istituto Italiano di Cultura (São Paulo, SP); João Anibal, Tati Simões, Mariana Sampaio e equipe, The Leading Hotels of the World Brasil (São Paulo, SP); Tito Silveira, assessor de imprensa da Ameri- canAirlines (São Paulo, SP); Bia Castro e Cynthia Rodrigues, Interep (São Paulo, SP); Luiz de Moura Jr., Travel Industry Association of America (São Paulo, SP); ML&A Comunicações (São Paulo, SP). Texto Anterior: Não - Hélio Zylberstajn: Inclusão simbólica Próximo Texto: Erramos Índice |
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