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PAINEL DO LEITOR
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Scanner corporal
"Apesar da polêmica, a adoção de
scanners corporais em aeroportos
ganha adeptos ("Itália irá adotar
scanners em aeroportos", Mundo,
8/1). Creio que no Brasil a medida
seria de grande importância. Se não
temos, ainda, preocupações maiores com terrorismo, o efeito colateral da revista -fiscalizar também o
frequente transporte de valores
com o desvio de uso da cueca- representaria alguma ajuda no combate à corrupção. Pelos exemplos
desse transporte em nosso país, antigos e recentes, restaria vencer a
previsível resistência do grande número de transportadores."
HARLEY PAIVA MARTINS (João Pessoa, PB)
Perdão
"Aí vem José Roberto Arruda, de
novo, de lenço nos olhos, lágrimas
de jacaré, perdoando todos os 200
milhões de brasileiros indignados
com suas falcatruas e seus "pecados". Quem perdoa é o Pai Eterno. A
nós, pobres mortais, que não temos
imunidades, nem meias muitas vezes, para guardar um trocadinho,
não cabe perdoá-lo coisa alguma,
nem queremos que esse péssimo
exemplar de ser humano venha, hipocritamente, dizer que perdoa a
quem o "insulta" todos os dias! Como se insulto fosse exigir dessa pessoa debochada um mínimo de moralidade, um pouco de atenção ao
bem comum, um resquício de hombridade. Mas, como dizia o velho
Ataulfo, "perdão foi feito para a gente pedir"."
ROBERTO DE LORENZI (Rio de Janeiro, RJ)
Hora extra
"Ao ler a notícia de que o Senado
gastou em 2009 quase R$ 90 milhões em horas extras ["Senado aumenta gastos com horas extras",
Brasil, 7/1], me vem a pergunta: essa instituição possui dezenas de diretores e 10 mil funcionários para
servir apenas 81 senadores. Mais ou
menos 120 servidores para cada
um. Essa massa de pessoas não conseguir fazer isso durante seu expediente normal de trabalho? Não sei,
não. Pergunte a qualquer administrador mediano o que é possível fazer com esse contingente."
WILSON DOMINGOS DA COSTA (São Paulo, SP)
Compra de aviões
"Se for, como dizem Lula e alguns
ministros, uma decisão política, por
que pedir à Aeronáutica um parecer
sobre os caças? Imagino o contrário. Se generais, brigadeiros e almirantes resolvessem dar palpites em
decisões políticas, o mundo cairia
sobre suas cabeças. Seriam chamados de golpistas e pediriam que opinassem apenas sobre assuntos da
área militar e ficassem quietos nos
quartéis. É justo, portanto, que os
militares peçam aos políticos que se
limitem à sua politicagem e deixem
os assuntos da área militar para
quem entende do assunto."
JOSUÉ LUIZ HENTZ (São João da Boa Vista, SP)
Ônibus
"A manifestação contra o aumento da passagem de ônibus em São
Paulo teve momentos de pânico
causados pela truculência da Polícia Militar. Armas foram empunhadas sem necessidade, bombas e gás
de pimenta foram lançados sem
controle. Pessoas que não participavam da manifestação se revoltaram contra as atitudes desnecessárias da Polícia Militar. O aumento
da tarifa de ônibus beneficia poucos
empresários contra um grande prejuízo que causa para os empregadores, trabalhadores e estudantes."
MARCO SAYÃO MAGRI (São Paulo, SP)
Ex-presidiários
"Até seria louvável a atual campanha do Conselho Nacional de Justiça, no sentido de se tentar a recolocação profissional dos ex-presidiários do país, se em primeiro lugar o
conselho tentasse amenizar o problema de reinserção social das vítimas, viúvas, familiares e órfãos das
vítimas que foram atingidas por tais
condenados, que em geral são abandonadas pelo Estado (vide o benefício previdenciário auxílio-reclusão,
destinados aos presos).
Pois, se a lei penal existe primordialmente com a finalidade de proteger a sociedade (o que como sabemos não ocorre na prática), apesar
de também tentar recuperar o criminoso, por qual motivo o CNJ procura prioritariamente reinserir socialmente quem optou por sua livre
vontade violar a lei e prejudicar terceiros inocentes?"
EDNILSON ANDRADE ARRAES DE MELO (São Paulo,
SP)
Direitos humanos
"Manifestam-se contra o Programa Nacional dos Direitos Humanos
a alta cúpula dos militares, a igreja,
os ruralistas, daqui a pouco teremos
a convocação da Marcha da Família
com Deus e pela Liberdade. Esse
pessoal é incansável."
MARCOS ALEX A. DE MELO (Campo Grande, MS)
"As principais violações dos direitos humanos são a morte violenta e a tortura.
Por onde andavam os autores de
tão inspirado plano de direitos humanos, que não conseguiram ver
que no Brasil já se mataram aproximadamente 700 mil pessoas só neste governo (entre homicídios e acidentes no trânsito); e que só no Rio
de Janeiro as polícias matam, por
ano, três vezes mais que todas as
mortes atribuídas às ações dos governos militares; que dezenas de
milhares de pessoas são torturadas
diariamente nos currais medievais
em que se transformaram nossas
prisões?
Sem respostas concretas a essas
questões básicas, essa gigantesca
carta ideológica de intenções já nasce desmoralizada, por pretender
afetar o futuro sem olhar seu próprio passado, por olhar para os outros sem ver como maltratam suas
próprias responsabilidades."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO (São Paulo, SP)
"Li, com atenção, os artigos de
Kenarik Boujikian Felippe ["Justiça
não é revanchismo", "Tendências/
Debates", ontem], favorável à revisão da Lei da Anistia, e de Guilherme Guimarães Feliciano ["Violar
para resgatar?'], contrário à revisão.
A primeira fundamentou o seu artigo basicamente em um abaixo-assinado de notáveis; o segundo, na
Constituição da República e no Código Penal. Fica a pergunta: busca-se o direito na opinião de pessoas ou
nas leis? Com todo o respeito, a prevalecer o ponto de vista da primeira, não precisamos mais de leis, basta ouvir as ruas."
NÚBIO DE OLIVEIRA PARREIRAS , juiz (Lavras/MG)
Espanhol nas escolas
"Indignação, revolta e tristeza
causaram-me ao ler a reportagem
"SP adia adoção de espanhol nas escolas " [Cotidiano, ontem]. Como
pai e educador, não poderia expressar outros sentimentos. É lamentável o que assistimos na educação do
Estado mais rico da federação. O
mais revoltante é a propaganda enganosa do governo paulista sobre a
educação. Quanto tempo teve o
PSDB, em particular a gestão de José Serra, para analisar e implementar o projeto sobre a adoção da língua espanhola, disciplina tão importante no mundo da globalização, principalmente pelo Mercosul.
A língua espanhola existe na rede
privada há anos!"
JOSÉ ALBERTO DA SILVA (Diadema, SP)
Boas-festas
A Folha agradece e retribui os
votos de boas-festas recebidos de:
Dagoberto Dario Mori, coordenador da USP São Carlos (São Carlos, SP); Miguel Torres, presidente do Sindicato e vice-presidente da
Força Sindical (São Paulo, SP);
Jorge Carlos de Morais, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes (São Paulo, SP); Ruiz Filho e
Kauffmann Advogados Associados (São Paulo, SP); BM Braga &
Marafon Consultores e Advogados (São Paulo, SP); Center Norte
(São Paulo, SP).
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