São Paulo, segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Elite
Perspicaz como sempre, Eliane Cantanhêde, em poucas linhas, nos diz sobre a era Lulo-petista ("A novíssima elite", Opinião, ontem).
Esses personagens, quando apenas arautos teóricos, mostravam-se como noviças da dignidade política. Acusavam os outros, a maldita elite dominante, como demônios da imoralidade. Mentiram desbragadamente a respeito de si próprios em todos aqueles anos pré-poder.
Hoje, com gritante desfaçatez, fazem tudo -e até pior. Acham-se donos do Brasil. O país lhes deve mesuras, prêmios, sinecuras e tudo o mais que lhes dê conforto e segurança. Nada lhes é proibido.
Tudo é natural, porque se acham merecedores. A dívida para com eles é grande e devemos pagá-la.
Rogo à presidente expurgar essa neoelite, esses "Ronaldinhos" que vicejaram nesses últimos oito anos de nossa República.
JOSÉ OSCAR DA SILVA LOPES (Uberaba, MG)

PIG
Orgulhosamente, faço parte do grupo de brasileiros que lê a Folha e agora descubro que faço parte do PIG.
Mas afinal o que é ser PIG (Partido da Imprensa Golpista)?
Ser PIG é respeitar o princípio da isonomia e ter a cabeça erguida quando te chamam de jumentinho. Ser PIG é não ter medo da imprensa. Ser PIG é fazer parte dos 17% dos brasileiros que enxergam os grandes defeitos do governo Lula e não se intimidam em debatê-los.
Ser PIG é apoiar o pluralismo que possibilita que, na mesma semana, Clóvis Rossi ataque um general e a Folha revele que Lula e seus filhos se acham donos do Brasil.
Ser PIG é enxergar que num verdadeiro Estado de Direito respeitam-se também os deveres.
Lula deveria portar-se como um estadista, e não como praticante da brasileiríssima "Lei de Gerson".
PAULO DE TARSO GUIMARÃES (São Paulo, SP)

Passaportes x câncer
Fico extremamente preocupado com a importância dada aos passaportes diplomáticos de familiares de Lula em comparação com a repercussão do artigo publicado na última quinta-feira sobre a redução do valor para o tratamento de leucemia mieloide crônica e linfoma pelo SUS ("Governo reduz valor para tratar câncer", Cotidiano). Li os editoriais do dia seguinte e me pergunto: o que é mais importante?
Embora tenha sido mostrada a justificativa do Ministério da Saúde, entendo que o assunto não esteja finalizado. Faltam mais explicações para que médicos, pacientes e familiares possam elaborar suas opiniões e fazer reivindicações com certa velocidade, se preciso for.
MARCELO BELLESSO , médico hematologista (São Paulo, SP)

Papai Noel
Magnífico o artigo de ontem de Ferreira Gullar ("Quando dois e dois são cinco", Ilustrada).
Milhões de pessoas pensam exatamente como ele: que Dilma Rousseff ganhou o cargo máximo como um presente do "Papai Noel barbudo". E não me venham dizer que é preconceito machista ou coisa e tal. Estamos nas mãos do imponderável.
JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)

Educação
No editorial "Regressão continuada" (Opinião, ontem), a Folha aborda a nova alteração no sistema de ciclos no ensino fundamental. Claro que tudo o que vier para a melhoria do ensino deve ser adotado. Mas é importante salientar que já estamos cansados de ver ideias, reformas e alterações no sistema educacional paulista. E sem resultados.
Nenhuma mudança trará melhorias se não houver investimentos, se não for levada em conta a qualidade dos professores. Quantos professores da rede estadual pediram exoneração (como eu) ou nem buscaram ali trabalho por causa da aviltante remuneração?
E a história de que reprovação traz abandono ou deixa alunos frustrados deve ser mais bem avaliada também.
Filho de borracheiro e também borracheiro, fui reprovado no que se chamava de 1º e 2º ciclos do fundamental (primário e ginásio) e no curso médio (colégio) e nunca me senti mal ou frustrado. Pelo contrário, isso me fez amadurecer.
Fiz universidade pública, cheguei a doutor em linguística e vejo essas decisões governamentais como uma certa demagogia e estratégia para gastar menos com a fundamental responsabilidade de oferecer a verdadeira educação para o povo.
JOÃO BATISTA NETO CHAMADOIRA (Bauru, SP)

Comissão da Verdade
O grande erro em toda essa discussão sobre a Lei da Anistia e a Comissão da Verdade é a de querer colocar no mesmo patamar os jovens de esquerda da época e os seus torturadores.
Estes últimos tinham como tarefa retirar de suas celas jovens opositores ao regime que já estavam presos para espancá-los, afogá-los e eletrocutá-los por dias e semanas, muitas vezes até a morte, para tentar obter informações.
Tudo com a conivência do alto comando militar.
Não há argumento que me convença de que esse tipo de crime possa ser perdoado. Infelizmente, a nós, brasileiros, falta a coragem que sobrou a argentinos e a chilenos.
WALTER DECKER (São Paulo, SP)

Prostituição
A reportagem de ontem sobre sobre a nova política de controle de fronteiras (Sisfron) tem um problema sério de terminologia.
O título do texto publicado ao pé da página A4 diz: "Limites do país têm tráfico, prostituição e contrabando". Tráfico e contrabando são, de fato, crimes definidos por lei. Mas o mesmo não não se aplica à prostituição.
Prostituição não é crime no Brasil nem, salvo engano, na maioria dos países fronteiriços de que trata a reportagem, exceto na Venezuela.
Essa falta de rigor é problemática, pois contradiz um conjunto de políticas nacionais bastante consolidadas que reconhece os direitos humanos de profissionais do sexo.
E me faz lembrar de que, nos lamentáveis debates de ordem moral que marcaram os últimos momentos da campanha eleitoral de 2010, uma proposta anunciada pelo grupos religiosos dogmáticos foi exatamente a criminalização da prostituição (no sentido amplo).
SONIA CORRÊA , coordenadora do Observatório de Sexualidade e Política (Rio de Janeiro, RJ)

Boas-festas
A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Aristides Meltez Filho, presidente da Associação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Combate ao Câncer (São Paulo, SP); Ricardo Bueno Hida, comunicação e marketing da Atout France, Agência de Desenvolvimento Turístico da França (São Paulo, SP); Antonio Hélio Nicolai, prefeito, e Marina Clara Godoy Nicolai, presidente do Fundo Social de Solidariedade de Itapira (Itapira, SP); Marylin Tatton, diretora-executiva da Associação Parceria Contra Drogas (São Paulo, SP); Marte Ferreira da Silva (Atibaia, SP); bioMérieux do Brasil (São Paulo, SP); Victor & Victor Corretora de Seguros e Previdência Privada (São Paulo, SP); Proflora (São Paulo, SP); Venice Turismo (São Paulo, SP).

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman


Texto Anterior: Álvaro Rodrigues dos Santos: O que falta para a prevenção de enchentes

Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.