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São Paulo, segunda-feira, 10 de fevereiro de 2003

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PAINEL DO LEITOR

Plágio
"Quando Fernando Henrique Cardoso pediu que esquecêssemos tudo o que ele havia escrito e, consequentemente, suas promessas ao povo, escrevi uma carta, que foi publicada neste painel, manifestando meu desapontamento. Fiz mais: fui ao Procon local e consultei sobre a possibilidade de pedir a cassação de FHC, argumentando terem nos vendido um produto falso. Há algum tempo li que Roberto Carlos pagou ou terá de pagar um valor muito alto a outro compositor, a quem teria plagiado. Fiquei eu cá meditando numa alternativa para punir o PT e o Lula. Já que não pode ser via Procon, pelo fato de nos terem vendido novamente um produto falso, que, pelo menos, FHC peça uma vultosa indenização ao novo presidente pelo plágio do seu programa de governo."
Roberto Antonio Cera (Piracicaba, SP)

TAM-Varig
"Mais uma vez o consumidor final pagará caro pela incompetência de algumas empresas neste país. Segundo reportagem de László Varga, a TAM quer reduzir o número de vôos das companhias aéreas estrangeiras por não poder competir com as tarifas que elas oferecem. Se o governo acatar esse pedido, fatalmente o preço das passagens aéreas subirá, prejudicando toda a população que utiliza transporte aéreo, seja a trabalho ou a lazer, e agindo em detrimento de empresas que não conseguem se adaptar às turbulências financeiras sem pedir benesses governamentais, privilégio, aliás, de pouquíssimos setores neste Brasil. Para nós, consumidores finais, tanto faz viajar pela TAM-Varig ou pela "Tonga Airlines", contanto que paguemos um preço justo e tenhamos em troca serviços compatíveis."
Fábio da Silva Ferreira (São Paulo, SP)

Banco Central
"Escapa ao meu entendimento a análise caolha que a mídia faz da atuação do Banco Central. Parece que a única função do banco é perseguir a tal meta inflacionária. Todo um rosário de escândalos (Nacional, Econômico, Marka/ FonteCindam, precatórios, contas CC-5 do Banestado e todas as contas fantasmas da era Collor/PC) aconteceu sob as barbas dessa "intocável" instituição. Está claro que o BC tem uma perna podre, a da fiscalização, e eu não vejo nenhuma discussão sobre esse tema. Para não cometer injustiças, vale salientar que a Receita Federal compartilha parte das responsabilidades nesta questão. Se se trata de falta de meios, que o governo federal instrumentalize essas instituições com serviços de inteligência à altura das suas responsabilidades. O debate da meta inflacionária é importante, mas não é tudo."
Felicio Limeira de França (Recife, PE)

Vera Loyola
"Vera Loyola é mesmo uma figura esdrúxula e ímpar neste país. É capaz de qualquer coisa para virar notícia. Primeiro deixa que todo o Brasil tome conhecimento de que sua cadelinha Perepepê tem um colar de ouro e brilhantes dado pelo "padrinho" (da cadelinha)! Depois, toma o colar de ouro da "absolutamente incapaz" Perepepê e diz que vai doar ao programa Fome Zero. É um precedente perigoso nesse mundo das socialites. Estou preocupado! O que vai ser das cadelinhas que não têm bens patrimoniais para serem doados? Onde está a Sociedade Protetora dos Animais que ainda não se manifestou a respeito?"
João Edson Floriano (Araçatuba, SP)

Combustíveis
"O CNP (Conselho Nacional do Petróleo) informa que 11% dos revendedores de São Paulo vendem combustíveis adulterados, mas não fornece à mídia seus endereços, ou seja, vamos continuar tendo os motores de nossos carros danificados pelo combustível enganoso. Os proprietários/contribuintes de veículos compram combustíveis com alta carga de impostos, que pagam os salários desse pessoal. Como devemos encarar essa atitude? O PT governo não vai tomar nenhuma atitude enérgica a respeito?"
Ricardo Moraes (São Paulo, SP)

Graziano
"É lamentável verificar que uma alta autoridade da República venha de público expressar-se de forma tão preconceituosa em relação aos irmãos nordestinos, estabelecendo uma vinculação não necessariamente verdadeira entre a violência que aterroriza os moradores das grandes cidades com a imigração. Mesmo que tenha feito reparos na declaração, não há como disfarçar o preconceito impregnado em seu inconsciente. Será que para o sr.Graziano a violência está vinculada apenas à origem das pessoas e não também às injustiças sociais tão exacerbadas entre nós? Será que o ministro não percebe que os imigrantes nordestinos ajudam São Paulo a crescer? Será que o sr. Graziano não tem nenhum parente ou amigo nordestino? Terá ele se esquecido de que o nosso presidente é do Nordeste e muito se orgulha de sua origem?"
Maria Auta de S. Quintiliano (Brasília, DF)

"É a primeira vez que vejo alguém com coragem para colocar o dedo na ferida e dizer a verdade sobre os problemas da violência nas grandes cidades do país. Nada de preconceituoso nas palavras do ministro Graziano quando relacionou a vinda de nordestinos para São Paulo e a violência com a qual convivemos. São Paulo não tem como oferecer mais a guarida esperada por esses cidadãos que se acotovelam em favelas, cortiços e em zonas de mananciais, são enganados pela falsa esperança de melhores dias e deixam seu pedaço de chão, sua identidade, seus hábitos e costumes empurrados pelas autoridades locais que não utilizam os recursos do governo federal destinados para o amparo à seca e aos necessitados. Grandes "coronéis" se locupletaram durante longos anos com esses recursos e nada até hoje foi feito com seriedade para manter esses irmãos sofridos em seus locais de origem. É inegável a importância do trabalho dos nordestinos em nosso Estado, mas perguntem a eles sob qual sacrifício foi feita essa troca."
Leila E. Leitão (São Paulo, SP)

Cinema
"Sinceramente não dá para entender as críticas positivas a "Gangues de Nova York". Talvez sejam pelo diretor de renome, pelos astros. Mas o filme é ruim, cenário mal feito, os atores interpretam mal e o enredo... Bem, é aquela historinha americana de sempre. Para quem assistiu a "Cidade de Deus", fica a impressão de que as gangues do cinema brasileiro são bem mais interessantes!"
Robinson Ricci (São Paulo, SP)

Iraque
"Preciso que o auto-intitulado paladino da democracia no mundo me responda algumas coisas: não foram os EUA que exterminaram as nações indígenas sob pretexto do progresso? As bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki não foram lançadas pelos defensores da democracia? O Iraque não foi ostensivamente ajudado pelo país da águia quando da guerra contra o Irã, sendo um tal Saddam seu aliado? Não foi o país das liberdades que enviou armas aos contras da Nicarágua através do próprio Irã? O Afeganistão não foi descaradamente ajudado em sua guerra contra os invasores vermelhos, especificamente um grupo conhecido como Taleban? Se esses são os valores que o Tio Sam quer "preservar", prefiro os nossos, que são mais atrasados, mas têm relação com lealdade, respeito, consideração e humanidade."
Sergio Neveu (Florianópolis, SC)

"Paira-me uma dúvida quanto a uma possível guerra. Por que será que o presidente George W. Bush tem um tratamento diferente com a Coréia do Norte em relação ao Iraque, uma vez que a questão é a mesma, ou seja, um desarmamento químico, biológico e nuclear, além de os sistemas de governos serem quase os mesmos? Ou será que o presidente e sua equipe temem a potência bélica norte-coreana? A resposta é simples: no Iraque tem muito petróleo!"
José Guilherme Soares Silva (Uberaba, MG)



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