São Paulo, domingo, 10 de fevereiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Cartões
"Diante do lamaçal que se espalha no palco político brasileiro a cada escândalo, até agora só uma coisa faz sentido: "Se seu telhado é de vidro, não jogue pedra no telhado dos outros". De um lado o governo federal, de outro o de São Paulo, ambos em competição para ver quem é mais irresponsável com o erário. Já há muito tempo não se vislumbra ética na política, e não passamos três meses sequer sem um escândalo. É vergonhoso."
DIOGENES PEREIRA DA SILVA (Uberlândia, Minas Gerais)

"A questão dos cartões corporativos, além do alto preço que o povo já pagou, agora vai custar ainda mais com essa história de CPI. Sim, porque travam-se as pautas, perde-se o já escasso tempo que nossos nobres deputados e senadores se dão ao trabalho e, com isso, a conta fica mais cara para os brasileiros. A opção menos danosa seria um entendimento para disciplinar o uso do dinheiro público, sem brincar com o tempo, que também é dinheiro e que, em proporção inversa ao uso de recursos, não está sendo bem aproveitado pelos nossos nobres parlamentares. Pesquisas revelam que os nossos deputados e senadores são os mais caros do mundo, mas essa liderança não se confirma no ranking dos mais operosos."
GERALDO PERES GENEROSO (Ipaussu, SP)

"É dito comum que "em dinheiro público e água benta todo mundo mete a mão". Em nosso país não há mais como conter a bandalheira, os escândalos tornaram-se rotina. Dizem que existem 11.500 cartões distribuídos pelo Brasil e que o sistema funciona desde 2001. Já pensou? Jamais se saberá a quanto montam as cifras da farra. O presidente Lula irá certamente alegar que "não sabia". Realmente, saber como, se ele está sempre omisso e a correr mundo! O seu "governo" é um barco à deriva, sem piloto e sem rumo."
JOSÉ VIEIRA COUTO (Indaiatuba, SP)

"A novela sobre os famigerados cartões corporativos está indo longe demais. É preciso uma CPI abrangente, incluindo o período do governo FHC, para tomarmos conhecimento de todas as maracutaias dos tucanos e assemelhados. Vão dizer que os tucanos e pefelistas estão acima de qualquer suspeita? Sou de opinião que CPI desse tipo deveria ser aberta em nível estadual para mostrar como andam as coisas com os governos de Estados como São Paulo e Minas Gerais."
JOSÉ LOURENÇO CINDRA (Guaratinguetá, SP)

Gostaria de parabenizar o jornalista Fernando de Barros e Silva pela sua postura íntegra, isenta e profissional como colunista da Folha. Infelizmente vivemos um momento de rebuliço quanto ao que seja jornalismo diante da explosão dos blogs ditos jornalísticos, mas que em sua essência são puro mimetismo da militância A ou B. É péssimo para o verdadeiro jornalismo qualquer aproximação com o que possa ser chamado de blog, principalmente os que de alguma forma estão ideologicamente alinhados aos principais partidos, PT e PSDB."
JAIRO SANTOS AQUINO (Vitória, ES)

Igreja
"Esperar pela Campanha da Fraternidade deve ou deveria ser motivo de alegria e esperança, ou os dois, mas ver o que a campanha de 2008 combate é motivo de desesperança e angústia -sem dúvida os dois. São esses últimos os sentimentos que traduzem a desilusão frente à imutável posição da Igreja Católica e da CNBB em relação às pesquisas com células-tronco. A Igreja Católica é entidade que não ousa, que não abraça a realidade, que não acredita na ciência dos homens, que ignora o que se passa embaixo dos véus que tapam olhos e ouvidos dos bispos.
Há cinco anos nossa organização luta pelo esclarecimento da importância dos estudos com células-tronco embrionárias. Acreditamos que é necessário conhecer ao menos duas coisas antes de opinar sobre isso: as doenças e as possibilidades de cura. Que Deus nos proteja do que nos roga a CNBB, pois também fazemos das palavras do papa as nossas palavras: "Todas as ameaças à vida devem ser combatidas". Liberdade de pesquisa, portanto."
ANDRÉA BEZERRA DE ALBUQUERQUE, presidente da ONG Movimento em Prol da Vida (São Paulo, SP)

"É impressionante o desconhecimento de alguns segmentos da sociedade brasileira com relação às Campanhas da Fraternidade. Elas existem desde 1964 e são campanhas eclesiais que articulam as células da sociedade nas grandes questões sociais e da vida humana. Infelizmente é grande a crise de valores e da ética em todos os meios. Basta ligar a TV para constatar o bombardeio de imagens pensadas para o consumo de tudo, inclusive do ser humano. "Escolhe, pois, a vida", é o lema deste ano. É uma campanha de todas as entidades que querem pensar o ser humano enquanto "imagem e semelhança de Deus". A Igreja não quer coibir leis e iniciativas partidárias, mas conscientizar a sociedade de que a vida é um dom que vem de Deus e merece o respeito de todos. Se no Brasil a vida fosse respeitada integralmente não haveria inúmeras pessoas em grau de máxima miséria física, cultural, social e até religiosa."
ANDRÉ LUIZ BOCCATO DE ALMEIDA (São Paulo, SP)

Prisões
"Não concordo com o sociólogo Laurindo Dias Minhoto que a questão das PPPs das prisões seja um debate de caráter ético porque "não seria aceitável lucrar com o sofrimento infligido a outras pessoas". O debate é de caráter ético, sim, mas porque se trata de verificar se a proposta tem perspectivas de corrigir as imperfeições do sistema prisional do Estado e, principalmente, se tem condições de dar um tratamento humano mais digno ao preso, pois não seria ético que o Estado continue a fingir acreditar que tem, sozinho, a competência para gerenciá-lo, enquanto seres humanos são submetidos a condições "holocaustas" de sobrevivência."
JOSÉ BELGA ASSIS TRAD (Campo Grande, MS)

Televisão
"Pergunto: onde estão os que, por ofício, devem custodiar a lei? Refiro-me aos membros do Ministério Público. No programa "Big Brother", da Rede Globo, praticam-se sevícias contra os participantes. Acabo de assistir um episódio em que ficou determinado que três "brothers" permanecerão algemados (isto mesmo: algemados) até domingo. Noutro "teste", os participantes tiveram de permanecer horas intermináveis em pé. Num cárcere privado disfarçado, essas almas confinadas encontram-se expostas a humilhações psicológicas e físicas. Isso é permitido, senhores promotores? Por acaso alguém pode abrir mão da incolumidade física e psíquica, mesmo que assine um contrato? Não se trata de direitos indisponíveis? Quando se vulneram flagrantemente direitos humanos, decerto toda a sociedade padece."
EDSON LUIZ SAMPEL (São Paulo, SP)

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