São Paulo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Última instância
"O STF decidiu que "prisão, só depois da última instância". Parece que as instâncias inferiores não fazem justiça nem são confiáveis. Enquanto o caríssimo Congresso Nacional, muito ocupado com "negócios", eleições internas, "visitas às bases", férias e recessos, não mudar os códigos dos processos, sugiro que se eliminem as primeiras instâncias, pois, no entender do Supremo Tribunal Federal -embora não unânime-, suas decisões não valem, incluindo as dos jurados nos julgamentos.
A sobrecarga das últimas instâncias vai aumentar e, provavelmente, os crimes vão prescrever.
A crise, o desemprego e essa decisão do Supremo Tribunal Federal vão aumentar a insegurança."
ANDREA FIGUEIREDO DENTE (São Paulo, SP)

Deputado do castelo
"A pergunta que não sai da cabeça do povo é a seguinte: como um sujeito com um prontuário tão sujo como o do deputado Edmar Moreira pode ser aceito como candidato a deputado federal pela Justiça Eleitoral, ser eleito pelo voto democrático dos eleitores, tomar posse, ser eleito por seus amigos deputados para a segunda vice-presidência da Casa e corregedor-geral, sujeito a comandar a Câmara na ausência do presidente e do primeiro vice?
Essa história toda é aparentemente inacreditável, mas é um retrato fiel do Legislativo, do Judiciário e do Executivo do Brasil.
Edmar Moreira é a imagem real e palpável de grande parte das autoridades públicas do nosso país."
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

Battisti
"Fui vitima dos terroristas vermelhos durante o assalto armado no final dos anos 70 na sede de Niemeyer da editora Mondadori, em Milão.
Ainda assim não sou a favor da extradição do terrorista Cesare Battisti. As razões são várias.
Jurídicas, porque, apesar de o terrorismo daquele período ter sido derrotado dentro da legalidade democrática, é verdade que a magistratura e a polícia italianas cometeram erros e abusos.
Humanitárias, porque 30 anos mudam a vida e os sentimentos de todos, vítimas e culpados. E Battisti "restituído" à Itália agora representaria o que os romanos chamavam de "summum jus, summa iniuria".
E políticas, porque o "caso Battisti" é hoje utilizado pelo governo italiano com um único objetivo: enfraquecer o Brasil na sua justa pretensão de ter um peso maior nas relações politicas e econômicas em nível internacional."
ANTONIO FATTORE , ex-representante no Brasil da Confederação Geral dos Trabalhadores da Itália e assessor de relações internacionais do governo do Pará (Belém, PA)

Publicidade
"O Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) afirma não ter estrutura para receber tantas denúncias dos consumidores em relação à propaganda infantil ou de qualquer outro setor ("Órgão diz não ter estrutura de atendimento", Cotidiano, ontem).
Para confirmar isso, basta assistir a um dos comerciais das Casas Bahia ou da Marabraz para perceber que descumprem totalmente a lei nº 8.979, de 13/1/1995, que obriga a declaração do preço total em vendas à prestação, o que não ocorre em nenhum dos casos.
Portanto, se um órgão existe para fiscalizar, mas não tem como fazê-lo, é melhor que não exista."
PAULO ROBERTO MARTINS THULER (Suzano, SP)

Metrô
"A Folha tenta induzir seus leitores a acreditar que o Metrô de São Paulo investiria R$ 500 milhões na compra de trens com base em levantamentos de preços feitos pela internet, como estava na reportagem "Metrô faz compra de trens com pesquisa na internet" (Brasil, ontem).
Como foi explicado várias vezes aos jornalistas da Folha, a última em 9/1/2009, o Metrô é uma empresa de reconhecida competência que utiliza, para atualizar o seu banco de dados de preços de produtos -que adquire via licitações-, um complexo sistema que incluiu, entre outras fontes, publicações especializadas, quer por contato direto, quer via internet, consultas a outros metrôs, levantamentos internos e pesquisas de preços.
Outra afirmação da reportagem, de que o contrato utilizado para a compra dos trens teria "caducado", é uma criação do jornal, já reiteradamente esclarecida desde maio de 2008.
Não há nenhuma decisão do Tribunal de Contas do Estado nesse sentido."
MÁRCIA BORGES , assessora de imprensa do Metrô (São Paulo, SP)

Resposta dos jornalistas Mario Cesar Carvalho e José Ernesto Credendio - Todos os documentos sobre a compra de R$ 500 milhões apresentados pelo Metrô à Folha são textos de divulgação de fabricantes de trens.

Trote
"Finalmente alguém levanta a voz contra o costume absurdo e estúpido dos calouros de pedir dinheiro nos cruzamentos (Fernando de Barros e Silva, "Trote de elite", Opinião, ontem).
Cansei de falar para esses jovens que, em um país onde tantas pessoas não têm o básico, é injusto pedir dinheiro para... beber, nada menos!
Sempre achei que eles poderiam usar seu tempo e energia em alguma coisa útil, mas parece que não tem jeito.
Os veteranos querem torturar os calouros, e os calouros gostam de ser torturados."
SILVIA STAFFORINI (São Carlos, SP)

 

"Tendo sido citada no artigo "Trote de elite", a Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) esclarece que não aprova nem favorece de nenhum modo práticas de trote humilhantes, esforçando-se em promover campanhas para que a integração entre calouros e veteranos se realize em clima de harmonia, alegria e integral respeito à dignidade de cada um.
A Faap vem há anos levando a efeito, em parceria com os diretórios acadêmicos das diversas faculdades, iniciativas como a do "Trote Solidário" deste ano, visando arrecadar alimentos e material escolar a serem doados a instituições dedicadas à educação e à ação social.
O objetivo do esforço da Faap é alterar uma lamentável prática que infelizmente persiste entre grupos de estudantes universitários, imprimindo-lhe sentido construtivo, voltado à formação da consciência social.
Incidentes de trote desrespeitosos ocorridos fora das dependências da Faap devem ser atribuídos à estrita responsabilidade de seus autores e merecem desta fundação o mais inequívoco repúdio."
ANTONIO BIAS BUENO GUILLON , diretor-presidente da Diretoria Executiva da Mantenedora da Faap (São Paulo, SP)

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