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Última instância
"O STF decidiu que "prisão, só depois da última instância". Parece
que as instâncias inferiores não fazem justiça nem são confiáveis.
Enquanto o caríssimo Congresso
Nacional, muito ocupado com "negócios", eleições internas, "visitas às
bases", férias e recessos, não mudar
os códigos dos processos, sugiro
que se eliminem as primeiras instâncias, pois, no entender do Supremo Tribunal Federal -embora não
unânime-, suas decisões não valem, incluindo as dos jurados nos
julgamentos.
A sobrecarga das últimas instâncias vai aumentar e, provavelmente,
os crimes vão prescrever.
A crise, o desemprego e essa decisão do Supremo Tribunal Federal
vão aumentar a insegurança."
ANDREA FIGUEIREDO DENTE (São Paulo, SP)
Deputado do castelo
"A pergunta que não sai da cabeça
do povo é a seguinte: como um sujeito com um prontuário tão sujo
como o do deputado Edmar Moreira pode ser aceito como candidato a
deputado federal pela Justiça Eleitoral, ser eleito pelo voto democrático dos eleitores, tomar posse, ser
eleito por seus amigos deputados
para a segunda vice-presidência da
Casa e corregedor-geral, sujeito a
comandar a Câmara na ausência do
presidente e do primeiro vice?
Essa história toda é aparentemente inacreditável, mas é um retrato fiel do Legislativo, do Judiciário e do Executivo do Brasil.
Edmar Moreira é a imagem real e
palpável de grande parte das autoridades públicas do nosso país."
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)
Battisti
"Fui vitima dos terroristas vermelhos durante o assalto armado
no final dos anos 70 na sede de Niemeyer da editora Mondadori, em
Milão.
Ainda assim não sou a favor da
extradição do terrorista Cesare
Battisti.
As razões são várias.
Jurídicas, porque, apesar de o
terrorismo daquele período ter sido
derrotado dentro da legalidade democrática, é verdade que a magistratura e a polícia italianas cometeram erros e abusos.
Humanitárias, porque 30 anos
mudam a vida e os sentimentos de
todos, vítimas e culpados. E Battisti
"restituído" à Itália agora representaria o que os romanos chamavam
de "summum jus, summa iniuria".
E políticas, porque o "caso Battisti" é hoje utilizado pelo governo italiano com um único objetivo: enfraquecer o Brasil na sua justa pretensão de ter um peso maior nas relações politicas e econômicas em nível internacional."
ANTONIO FATTORE , ex-representante no Brasil da
Confederação Geral dos Trabalhadores da Itália e
assessor de relações internacionais do governo
do Pará (Belém, PA)
Publicidade
"O Conar (Conselho Nacional de
Autorregulamentação Publicitária)
afirma não ter estrutura para receber tantas denúncias dos consumidores em relação à propaganda infantil ou de qualquer outro setor
("Órgão diz não ter estrutura de
atendimento", Cotidiano, ontem).
Para confirmar isso, basta assistir a um dos comerciais das Casas
Bahia ou da Marabraz para perceber que descumprem totalmente a
lei nº 8.979, de 13/1/1995, que obriga a declaração do preço total em
vendas à prestação, o que não ocorre em nenhum dos casos.
Portanto, se um órgão existe para
fiscalizar, mas não tem como fazê-lo, é melhor que não exista."
PAULO ROBERTO MARTINS THULER (Suzano, SP)
Metrô
"A Folha tenta induzir seus leitores a acreditar que o Metrô de São
Paulo investiria R$ 500 milhões na
compra de trens com base em levantamentos de preços feitos pela
internet, como estava na reportagem "Metrô faz compra de trens
com pesquisa na internet" (Brasil,
ontem).
Como foi explicado várias vezes
aos jornalistas da Folha, a última
em 9/1/2009, o Metrô é uma empresa de reconhecida competência
que utiliza, para atualizar o seu
banco de dados de preços de produtos -que adquire via licitações-,
um complexo sistema que incluiu,
entre outras fontes, publicações especializadas, quer por contato direto, quer via internet, consultas a
outros metrôs, levantamentos internos e pesquisas de preços.
Outra afirmação da reportagem,
de que o contrato utilizado para a
compra dos trens teria "caducado", é
uma criação do jornal, já reiteradamente esclarecida desde maio de
2008.
Não há nenhuma decisão do Tribunal de Contas do Estado nesse
sentido."
MÁRCIA BORGES , assessora de imprensa do Metrô
(São Paulo, SP)
Resposta dos jornalistas Mario
Cesar Carvalho e José Ernesto
Credendio - Todos os documentos sobre a compra de R$ 500
milhões apresentados pelo Metrô à Folha são textos de divulgação de fabricantes de trens.
Trote
"Finalmente alguém levanta a
voz contra o costume absurdo e estúpido dos calouros de pedir dinheiro nos cruzamentos (Fernando
de Barros e Silva, "Trote de elite",
Opinião, ontem).
Cansei de falar para esses jovens
que, em um país onde tantas pessoas não têm o básico, é injusto
pedir dinheiro para... beber, nada
menos!
Sempre achei que eles poderiam
usar seu tempo e energia em alguma coisa útil, mas parece que não
tem jeito.
Os veteranos querem torturar os
calouros, e os calouros gostam de
ser torturados."
SILVIA STAFFORINI (São Carlos, SP)
"Tendo sido citada no artigo "Trote de elite", a Fundação Armando
Álvares Penteado (Faap) esclarece
que não aprova nem favorece de nenhum modo práticas de trote humilhantes, esforçando-se em promover campanhas para que a integração entre calouros e veteranos se
realize em clima de harmonia, alegria e integral respeito à dignidade
de cada um.
A Faap vem há anos levando a
efeito, em parceria com os diretórios acadêmicos das diversas faculdades, iniciativas como a do "Trote
Solidário" deste ano, visando arrecadar alimentos e material escolar a
serem doados a instituições dedicadas à educação e à ação social.
O objetivo do esforço da Faap é
alterar uma lamentável prática que
infelizmente persiste entre grupos
de estudantes universitários, imprimindo-lhe sentido construtivo,
voltado à formação da consciência
social.
Incidentes de trote desrespeitosos ocorridos fora das dependências da Faap devem ser atribuídos à
estrita responsabilidade de seus autores e merecem desta fundação o
mais inequívoco repúdio."
ANTONIO BIAS BUENO GUILLON , diretor-presidente
da Diretoria Executiva da Mantenedora da Faap
(São Paulo, SP)
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