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PAINEL DO LEITOR
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Corrupção
"Apoio 100% a ideia revelada na
reportagem "Governo propõe extinção de empresas por corrupção"
(Brasil, ontem), desde que seja
também aplicada às Câmaras municipais e Federal, às Assembleias
estaduais, ao Senado e aos ministros e seus anexos.
O Brasil é uma entidade jurídica
una e, como tal, "todos são iguais
perante a lei". Se há de existir uma
lei para fechar empresas por corrupção, que se aproveite o momento e faça-se o mesmo com nossos
legislativos e demais órgãos do
governo.
Poderiam aproveitar e fechar os
partidos políticos corruptos. Aí sim
ficaria tudo no mesmo plano, o que
seria justo."
PAULO ANTENOR BASTOS MEIRA (São Paulo, SP)
"O governo propõe o fechamento
de empresas por corrupção (Brasil,
ontem). Excelente ideia! O povo
também propõe, pelo mesmo motivo, o fechamento de órgãos do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Mas os ladrões estão todos
tranquilos, porque sabem que, em
ambos os casos, nada vai acontecer.
As leis brasileiras são ambíguas e
estão sempre de mãos dadas com a
impunidade.
Esse projeto com pinta de honestidade não passa de mais uma jogada do governo em ano eleitoral."
WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)
Cédula
"Fiquei muito feliz e satisfeita
com a decisão do governo de fazer
as novas cédulas em tamanhos diferentes (Dinheiro, 4/2).
Apesar de muito dinheiro ser investido, a partir de 2012, quando as
notas começarem a circular, os cegos poderão diferenciar os valores
das cédulas. A mudança facilitará o
manuseio do dinheiro para a faixa
mais simples da população e não
trará problemas, pois as cores e os
desenhos foram mantidos."
MARINA ROMAN FARIA (São Paulo, SP)
Código Florestal
"Parabenizo o jornalista Claudio
Angelo pela esclarecedora entrevista com o deputado federal Aldo Rebelo, do PC do B (Ciência, 8/2).
Objetivo e fazendo perguntas
contundentes, o jornalista conseguiu nos revelar os pensamentos
arcaicos do deputado. É impressionante observar que, desde os tempos da ditadura stalinista, a bandeira do comunismo é usada por uns e
por outros para ocultar ideias e
projetos obscuros. Nenhum grande
latifundiário jamais imaginou ter
um aliado como esse."
LUIZ ROSSI (Santo André, SP)
Edmond Safra
"O artigo "A nova morte de Edmond Safra, na ficção" (Brasil,
20/12) contém informações que
podem induzir os leitores a uma visão injusta. Em particular o falso
comentário sobre "as indecifráveis
circunstâncias da morte de Edmond Safra".
Não há dúvida sobre as causas do
incêndio que resultou na morte do
senhor Safra. Os fatos foram provados pela investigação policial e posterior julgamento. Ted Maher, em
2002, foi condenado à prisão por
ter iniciado o fogo que provocou a
morte do senhor Safra.
Apesar de Dominick Dunne ter
inicialmente se expressado em favor de Maher, ele concordou com a
decisão da corte e confirmou que
Maher era culpado. Seguem algumas citações de Dunne em sua coluna na revista "Vanity Fair" de fevereiro de 2003: "Por muito tempo,
fui partidário de Ted Maher, temendo que ele tivesse sido injustamente culpado pelas forças de Mônaco para acalmar os rumores que
circulavam na época. Mas tive que
mudar de ideia no primeiro dia que
fui à corte e ouvi Ted Maher contar
a história da sua vida e a sua versão
dos eventos da noite em que Edmond Safra e Vivian Torrente morreram. Percebi então que estava
ouvindo um homem com muitos
problemas e parei de acreditar nele.
Por mais louco que isso pareça, e de
fato é louco, Ted Maher fez o que
fez com a intenção de se tornar um
herói e receber favores de Edmond
Safra, por quem tinha muito respeito e gratidão".
O jornal "The New York Times",
que também publicara um artigo
sobre o livro de Dunne, que contém
informações falsas, publicou posteriormente uma correção das informações falsas e potencialmente danificadoras publicadas."
NATALIE FAULKNER, conselheira da Fundação Filantrópica Edmond J. Safra e da senhora Lily Safra (Suresnes, França)
Dentes
"Em resposta à leitora Márcia
Helena Vieira ("Painel do Leitor",
ontem), o Ministério da Saúde esclarece que o programa Brasil Sorridente, de 2004, já evitou que mais
de 3 milhões de dentes fossem extraídos. Hoje, são 19 mil equipes de
saúde bucal, o que garante a cobertura de 89 milhões de pessoas. Um
crescimento de 249% de equipes no
período. Já foram realizados mais
de 17 milhões de procedimentos
odontológicos especializados, e 300
mil próteses foram fornecidas pelos
laboratórios regionais."
RENATO STRAUSS, assessor de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)
Esquerda
"Em "Que esquerda é essa?" (Opinião, 1º/2), Fernando de Barros e
Silva desfila dogmas e clichês de direita para atacar o que chama de
dogmas e clichês de esquerda.
O alvo é o Fórum Social Mundial.
Estão ali o questionamento de
sempre ao processo venezuelano, a
defesa da versão Roberto Jefferson
do padrão tucano-pefelista de governar (pelo menos em Brasília) e
uma alusão gaiata a barbas e bigodes alheios.
Não falta nem mesmo (não brinca!...) alusão à peça de Beckett, que
só nessa página A2 já deve ter sido
feita, seguramente, umas 50 vezes.
Por fim, como que para dar consistência a seu pensamento, o jornalista parece reclamar para si o
monopólio do parasitismo, da idiotice e da esperteza. É coerente."
DANIEL LOUZADA DA SILVA (Brasília, DF)
Remédios
"Em relação à reportagem "CFM
proíbe médicos de dar cupons e vales-desconto" (Saúde, ontem), a Interfarma (Associação da Indústria
Farmacêutica de Pesquisa) informa que a indústria farmacêutica
entende e respeita o papel do Conselho Federal de Medicina e sua
preocupação com a ética médica.
Mas acredita que os programas de
adesão ao tratamento respeitam
essa ética, não interferindo na liberdade do profissional médico em
sua prescrição e na definição da
melhor terapia para o paciente.
Esses programas contemplam
um conjunto de serviços que vão
além do próprio medicamento e levam à adesão ao tratamento -e,
consequentemente, à melhoria da
qualidade de vida do paciente.
Pesquisas científicas comprovam
que a adesão ao tratamento reduz
gastos com saúde."
OCTÁVIO NUNES, gerente de comunicação institucional da Interfarma (São Paulo, SP)
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