São Paulo, quinta-feira, 10 de abril de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Suspensão do voto
"Belíssima idéia teve o senhor Melvyn Cohen ("Painel do Leitor" de ontem) ao sugerir a suspensão temporária do direito de voto como garantia do não-uso da máquina para os que recebem alguma benesse do governo.
O difícil é acreditar que os "senhores" do poder constituído permitam que uma idéia como essa frutifique. Creio eu que, caso isso chegasse a ser discutido, surgiriam algumas afirmações como "o voto é um direito intocável", "suspender o direito de voto é agir contra a democracia"... Enfim, não faltariam argumentos desprovidos de reflexão para contrariar a idéia.
Parabéns ao senhor Cohen. Precisamos de brasileiros como ele, que apresenta saídas para a situação na qual vivemos."
ARNALDO FREITAS (Santos, SP)
 

"Gostaria de dizer que achei "incrível" a proposta do leitor Melvyn Cohen que visa impedir o voto dos brasileiros excluídos que são atendidos por programas de renda mínima.
Poderíamos aproveitar e queimar a Constituição cidadã de 88 e pedir para o leitor elaborar uma outra com as suas idéias geniais."
ALEXANDRE MORITZ BRITEZ (Registro, SP)

BNDES
"Contrariamente ao que foi publicado na reportagem "BNDES investiga saída de dirigente para atuar na Vale" (Dinheiro, 9/4), Luciano Siani Pires não participou da negociação com a companhia Vale nem da decisão tomada pela diretoria do BNDES referente à concessão de limite de crédito no valor de R$ 7,3 bilhões à empresa.
Não há, portanto, nenhuma ligação entre a concessão do crédito e a ida do funcionário para aquela mineradora.
Também diferentemente do que afirmou a referida reportagem, não existe nenhum processo administrativo instaurado pelo BNDES contra Luciano Siani Pires.
Cabe esclarecer também que, ao requisitar sua licença não-remunerada para transferir-se à Vale, o referido funcionário assinou declaração formal comprometendo-se a não exercer, durante o período da licença, atividades que envolvam conflito de interesses com o BNDES.
Tantos equívocos devem-se, possivelmente, ao fato de que a reportagem da Folha não procurou a assessoria de imprensa do BNDES para checar as informações."
FÁBIO KERCHE , assessor da presidência do BNDES (Rio de Janeiro, RJ)

Resposta do jornalista Roberto Machado - A informação de que Luciano Siani Pires participou das análises e consultas sobre o empréstimo foi obtida com fontes -de dentro do banco e de fora dele- que estiveram envolvidas no processo. A reportagem informou que há uma investigação sobre a saída do ex-secretário, e não contra ele. De fato, o jornal errou ao não procurar o BNDES, o que aconteceu pelo fato de a reportagem ter sido concluída por volta das 23h30.

Saúde
"Em relação à reportagem ""Ministério diz que vai monitorar as fronteiras" (Cotidiano, 7/4), gostaríamos de esclarecer que o Ministério da Saúde não fará coleta de sangue para testes em 35 mil pessoas que mensalmente viajam na rota Manaus-Caracas-Manaus.
O monitoramento já integra as atividades de rotina das Unidades Sentinelas, que atuam em parceria com o Ministério, e estão localizadas em pontos estratégicos do país.
A malária é uma doença endêmica na área amazônica, apresentando sintomas também comuns à dengue. Os pacientes com tais sintomas têm o sangue coletado, sendo feita uma primeira análise para identificação de malária. Nos casos negativos para malária, faz-se o teste para dengue e, posteriormente, o material coletado é enviado ao Instituto Evandro Chagas, em Belém, onde é feita a identificação do tipo de vírus circulante."
SANDRA CARVALHO , assessora de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

Bazar
"Pude ver, pela televisão, o tumulto, o corre-corre e o empurra-empurra causado pela realização do "bazar" do traficante Juan Carlos Abadía, realizado no Jockey Club de São Paulo.
Eu pergunto aos "donos do poder': e os "outros", os que roubam, desviam verbas das crianças na educação, superfaturam obras públicas, participam de esquemas "sanguessugas", mensalões? Quando teremos os bazares deles? Pegaram o Abadía porque ele é estrangeiro, mas e os velhos conhecidos do dia-a-dia? Bom, esses estão recorrendo das ações.
Isso é o Brasil de hoje, o resto é o resto."
JOSÉ PEDRO NAISSER (Curitiba, PR)

Terra
"O artigo do filósofo Denis L. Rosenfield de ontem ("Invasões legitimadas", pág. A3) reflete bem o pensamento autoritário da extrema-direita brasileira.
O autor enche os olhos dos empresários do setor imobiliário e reforça o preconceito contra os sem-terra e sem-teto. Vale lembrar que a mídia sempre dá ênfase negativa às ações do MST e dos movimentos urbanos com o intuito de criminalizá-los perante a opinião pública.
O artigo de Plínio de Arruda Sampaio ("A luta pelo direito", "Tendências/Debates", 28/3) é uma exceção na imprensa. Rosenfield procura legitimar, em artigos como este, uma aceitação da opinião pública à repressão violenta aos membros desses movimentos. Tudo para preservar a propriedade grilada."
JOÃO HUMBERTO VENTURINI (Piracicaba, SP)

Sesc
"As contestações de Nadir Pereira ("Painel do Leitor" de ontem) ao artigo de Abram Szajman de 8/4 baseiam-se em dois argumentos desmentidos pelos fatos.
Os recursos que mantêm o Sesc e o Senac são resultado da livre deliberação dos representantes legais dos empresários do comércio de bens e serviços. As contribuições, embora compulsórias, sustentam os programas das duas entidades, de natureza jurídica privada. Não são recursos públicos. Tanto é assim que a Receita Federal, ao recolhê-los, o faz a título oneroso.
Quanto à fiscalização de que as entidades são objeto, ela está concretizada nas ações da CGU, do TCU e do Conselho Fiscal do Sesc, órgão integrado majoritariamente por representantes do governo.
Sobre os cursos profissionalizantes, o orçamento do Senac é enviado ao MEC, e este ministério tem assento e voz tanto no Conselho Nacional como nos Conselhos Regionais (estaduais) da entidade."
DANILO SANTOS DE MIRANDA , diretor regional do Sesc (São Paulo, SP)

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