|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Suspensão do voto
"Belíssima idéia teve o senhor
Melvyn Cohen ("Painel do Leitor"
de ontem) ao sugerir a suspensão
temporária do direito de voto como
garantia do não-uso da máquina para os que recebem alguma benesse
do governo.
O difícil é acreditar que os "senhores" do poder constituído permitam
que uma idéia como essa frutifique.
Creio eu que, caso isso chegasse a
ser discutido, surgiriam algumas
afirmações como "o voto é um direito intocável", "suspender o direito
de voto é agir contra a democracia"... Enfim, não faltariam argumentos desprovidos de reflexão para contrariar a idéia.
Parabéns ao senhor Cohen. Precisamos de brasileiros como ele,
que apresenta saídas para a situação na qual vivemos."
ARNALDO FREITAS (Santos, SP)
"Gostaria de dizer que achei "incrível" a proposta do leitor Melvyn
Cohen que visa impedir o voto dos
brasileiros excluídos que são atendidos por programas de renda
mínima.
Poderíamos aproveitar e queimar
a Constituição cidadã de 88 e pedir
para o leitor elaborar uma outra
com as suas idéias geniais."
ALEXANDRE MORITZ BRITEZ (Registro, SP)
BNDES
"Contrariamente ao que foi publicado na reportagem "BNDES investiga saída de dirigente para atuar
na Vale" (Dinheiro, 9/4), Luciano
Siani Pires não participou da negociação com a companhia Vale nem
da decisão tomada pela diretoria do
BNDES referente à concessão de limite de crédito no valor de R$ 7,3
bilhões à empresa.
Não há, portanto, nenhuma ligação entre a concessão do crédito e a
ida do funcionário para aquela mineradora.
Também diferentemente do que
afirmou a referida reportagem, não
existe nenhum processo administrativo instaurado pelo BNDES
contra Luciano Siani Pires.
Cabe esclarecer também que, ao
requisitar sua licença não-remunerada para transferir-se à Vale, o referido funcionário assinou declaração formal comprometendo-se a
não exercer, durante o período da
licença, atividades que envolvam
conflito de interesses com o
BNDES.
Tantos equívocos devem-se, possivelmente, ao fato de que a reportagem da Folha não procurou a assessoria de imprensa do BNDES
para checar as informações."
FÁBIO KERCHE , assessor da presidência do BNDES
(Rio de Janeiro, RJ)
Resposta do jornalista Roberto
Machado - A informação de que
Luciano Siani Pires participou
das análises e consultas sobre o
empréstimo foi obtida com fontes -de dentro do banco e de
fora dele- que estiveram envolvidas no processo. A reportagem informou que há uma investigação sobre a saída do ex-secretário, e não contra ele. De
fato, o jornal errou ao não procurar o BNDES, o que aconteceu pelo fato de a reportagem
ter sido concluída por volta das
23h30.
Saúde
"Em relação à reportagem ""Ministério diz que vai monitorar as
fronteiras" (Cotidiano, 7/4), gostaríamos de esclarecer que o Ministério da Saúde não fará coleta de sangue para testes em 35 mil pessoas
que mensalmente viajam na rota
Manaus-Caracas-Manaus.
O monitoramento já integra as
atividades de rotina das Unidades
Sentinelas, que atuam em parceria
com o Ministério, e estão localizadas em pontos estratégicos do país.
A malária é uma doença endêmica na área amazônica, apresentando sintomas também comuns à
dengue. Os pacientes com tais sintomas têm o sangue coletado, sendo feita uma primeira análise para
identificação de malária. Nos casos
negativos para malária, faz-se o teste para dengue e, posteriormente, o
material coletado é enviado ao Instituto Evandro Chagas, em Belém,
onde é feita a identificação do tipo
de vírus circulante."
SANDRA CARVALHO , assessora de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)
Bazar
"Pude ver, pela televisão, o tumulto, o corre-corre e o empurra-empurra causado pela realização do
"bazar" do traficante Juan Carlos
Abadía, realizado no Jockey Club
de São Paulo.
Eu pergunto aos "donos do poder': e os "outros", os que roubam,
desviam verbas das crianças na
educação, superfaturam obras públicas, participam de esquemas
"sanguessugas", mensalões? Quando teremos os bazares deles?
Pegaram o Abadía porque ele é
estrangeiro, mas e os velhos conhecidos do dia-a-dia? Bom, esses estão
recorrendo das ações.
Isso é o Brasil de hoje, o resto é o
resto."
JOSÉ PEDRO NAISSER (Curitiba, PR)
Terra
"O artigo do filósofo Denis L. Rosenfield de ontem ("Invasões legitimadas", pág. A3) reflete bem o pensamento autoritário da extrema-direita brasileira.
O autor enche os olhos dos empresários do setor imobiliário e reforça o preconceito contra os sem-terra e sem-teto. Vale lembrar que a
mídia sempre dá ênfase negativa às
ações do MST e dos movimentos
urbanos com o intuito de criminalizá-los perante a opinião pública.
O artigo de Plínio de Arruda Sampaio ("A luta pelo direito", "Tendências/Debates", 28/3) é uma exceção
na imprensa.
Rosenfield procura legitimar, em
artigos como este, uma aceitação da
opinião pública à repressão violenta aos membros desses movimentos. Tudo para preservar a propriedade grilada."
JOÃO HUMBERTO VENTURINI (Piracicaba, SP)
Sesc
"As contestações de Nadir Pereira ("Painel do Leitor" de ontem) ao
artigo de Abram Szajman de 8/4 baseiam-se em dois argumentos desmentidos pelos fatos.
Os recursos que mantêm o Sesc e
o Senac são resultado da livre deliberação dos representantes legais
dos empresários do comércio de
bens e serviços. As contribuições,
embora compulsórias, sustentam
os programas das duas entidades,
de natureza jurídica privada. Não
são recursos públicos. Tanto é assim que a Receita Federal, ao recolhê-los, o faz a título oneroso.
Quanto à fiscalização de que as
entidades são objeto, ela está concretizada nas ações da CGU, do
TCU e do Conselho Fiscal do Sesc,
órgão integrado majoritariamente
por representantes do governo.
Sobre os cursos profissionalizantes, o orçamento do Senac é enviado
ao MEC, e este ministério tem assento e voz tanto no Conselho Nacional como nos Conselhos Regionais (estaduais) da entidade."
DANILO SANTOS DE MIRANDA , diretor regional do
Sesc (São Paulo, SP)
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: José Aristodemo Pinotti: O nosso "Sicko" Próximo Texto: Erramos Índice
|