São Paulo, quinta-feira, 10 de junho de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Vacina sobre rodas
O assunto é sempre sério, mas é impossível não rir quando relatado pelo jornalista/colunista Jairo Marques ("Tô vacinado", Cotidiano, 8/6). Ainda que tenha sido somente a segunda edição, sua leitura já se tornou obrigatória para mim.
O colunista escancara um talento especialíssimo para tratar dos assuntos afetos à acessibilidade, com o delicioso casamento do espírito crítico com o bom humor.
O resultado é uma leitura prazerosa, de informação e denúncia, que nos põe todos a pensar sobre o nosso papel nessa sociedade de "certinhos".
ROGÉRIO VELOSO DA SILVA (Goiânia, GO)

Código Florestal
Na intenção de desqualificar artigo recente do excelente colunista Ruy Castro ("Em defesa da minhoca", Opinião, 7/6), que criticou polidamente suas posições, o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) afirma que agricultura e meio ambiente "não são especialidade" do colunista. Ora, ao lermos o comentário de ontem do editor de Ciência, Claudio Angelo, parece que esses temas estão longe de ser especialidade do deputado, que coleciona equívocos e patacoadas em seu relatório.
MARCUS DO RIO TEIXEIRA (Salvador, BA)

Ideais
Luiz Felipe Pondé falou uma grande verdade no artigo "Sem esperança" (Ilustrada, 7/6).
Estou cansado de ver um bando de tolos que se intitulam marxistas e bolchevistas, mas na realidade são comunistoides. Pregam um socialismo para os outros, mas vivem uma vida de capitalista, com casa na praia, em Campos do Jordão, em Angra dos Reis, e mandam seus filhos para a Disneylândia nas férias.
Lamentavelmente, a esse bando juntam-se os pelegos sindicalistas, os quais, no meu entender, são piores do que pastores da TV que vão para os EUA levando dólares dentro de Bíblia.
FRANCISCO JOSÉ RUGGERO (São Paulo, SP)

 

É preciso chegar ao 13º parágrafo do artigo do senhor Pondé para entendermos por que ele não se julga uma pessoa "legal", "idealista", "que deseja mudar o mundo". Os ideais que o autor não segue são os do marxismo.
Ele deveria ter deixado isso claro já no primeiro parágrafo, pois é muito forte um educador alegar não ter ideais -não digo os de Karl Marx, mas ideais de incentivar alunos a mudarem as suas realidades (nem digo o mundo) por meio da educação.
Certamente Pondé não estava em um ambiente de periferia quando falava aos discentes.
O professor que lida com alunos pobres, sintonizados com a violência e com a marginalidade, precisa, sim, ser idealista a fim de auxiliar os que passam por tantas dificuldades.
Não sou comunista, nem marxista, nem capitalista, mas sou comprometida com a causa da educação, a qual abraço há 22 anos.
NORMA SUELI ROSA LIMA (Rio de Janeiro, RJ)

Patentes
O professor João Batista Calixto, professor titular de farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina, e eu, Antonio Carlos Martins de Camargo, médico e professor titular da USP, estamos entre os poucos cientistas brasileiros que se esforçam para desenvolver inovações farmacêuticas no Brasil sob proteção patentária.
O professor João Calixto e eu temos manifestado, há vários anos, em todos os meios de comunicação, posições de absoluta concordância.
Ontem, este "Painel do Leitor" publicou uma carta assinada por um homônimo meu , Antonio Camargo, que externa uma opinião contrária à minha em relação a patentes.
É importante, portanto, que esta minha manifestação seja publicada para evitar que se atribua a mim o teor da carta mencionada, o que poderia causar uma cizânia contraproducente onde existe concordância numa área tão fundamental para o Brasil.
ANTONIO CARLOS MARTINS DE CAMARGO (São Paulo, SP)

Maluf
Em relação à reportagem "Ficha Limpa é sancionado, mas alcance da lei é incerto" (Poder, 5/6), saliento que a afirmação de que o deputado federal Paulo Maluf estaria inelegível para a eleição de 2010 é uma interpretação equivocada do texto legal aprovado no Congresso e sancionado pelo presidente da República. Existem várias razões para essa afirmação. 1) O texto como aprovado não se aplica para as eleições de 2010.
2) O trecho da lei complementar que estabelece, como causa de inelegibilidade, condenação antes do trânsito em julgado do processo viola o princípio da presunção de inocência. O próprio STF já decidiu que nenhuma lei poderia violar este preceito, sob pena de ser inconstitucional.
3) Paulo Maluf não possui nenhuma condenação que se enquadre na alínea L do artigo 1º da lei complementar 64/90 (com as alterações criadas pela lei complementar 135/10).
Assim, por estes e outros motivos, concluo que Paulo Maluf está apto para concorrer em 2010.
EDUARDO NOBRE, advogado eleitoral de Paulo Maluf (São Paulo, SP)

Resposta do repórter Fábio Amato - A reportagem citada pelo missivista informa que o deputado foi condenado por um colegiado. Caberá ao TSE decidir se a lei da Ficha Limpa pode ser aplicada nas eleições deste ano e se ela retroage aos casos de políticos condenados antes de a lei ter sido promulgada.

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