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EXPANSÃO INDUSTRIAL
Em maio , os índices da produção industrial mostraram crescimento nos diversos tipos de comparação, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE. Em relação a abril, a
expansão foi de 2,2%. No cotejo com
maio de 2003, houve crescimento de
7,8%, mantendo uma seqüência de
nove meses de taxas positivas. Entre
janeiro e maio, a produção acumulou aumento de 6,5%, sendo que 57
dos 76 subsetores pesquisados apresentaram números favoráveis.
A retomada da produção industrial
continua sendo liderada pelos segmentos exportadores e ligados ao
agronegócio. No entanto foi identificada uma reação da produção voltada para o mercado interno, como alimentos, calçados e roupas. Essa retomada parece refletir a lenta recuperação do crédito, da renda e do emprego, que injetaram mais recursos
na economia e permitiram a melhoria do consumo doméstico.
O dinamismo dos segmentos associados ao mercado interno é fundamental para a sustentação do crescimento econômico do país, pois cerca de 60% do PIB (Produto Interno
Bruto) correspondem aos gastos das
famílias. A indústria exporta em torno de 15% de sua produção.
Esse desempenho positivo foi identificado também nos dados sobre a
utilização da capacidade produtiva
instalada na indústria de transformação divulgados pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). O índice
atingiu 82,5% em maio, subindo pelo quinto mês consecutivo.
O aumento na utilização da capacidade produtiva comprova a recuperação em curso, mas sinaliza também a necessidade de investir para
que o processo expansivo não seja
interrompido por crises de oferta,
como ocorreu com o "apagão" de
2001. Aumentar investimentos é fundamental para evitar que desequilíbrios entre demanda e oferta possam
desencadear pressões inflacionárias,
restringindo o raio de manobra para
novos cortes nos juros. A retomada
da trajetória de redução da taxa Selic
continua sendo necessária não apenas do ponto de vista da redução do
endividamento público mas para
propiciar um ambiente favorável à
expansão da estrutura produtiva.
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