São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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US$ 700 bi
"Assim como Clóvis Rossi ("Vertigem", Opinião, ontem), eu também andava muito preocupado com o tema e, após muito pesquisar, acho que descobri finalmente "quem" é o tal dos US$ 700 bilhões. O sujeito é "toda" (sim, toda) a produção nacional de carros, desde os anos JK até os dias de hoje. Se todos os carros já produzidos no Brasil nestes 50 anos fossem vendidos hoje (a preços de hoje), os US$ 700 bilhões seriam suficientes para comprar "todos" eles, e ainda sobrava troco. Supondo que os 190 milhões de brasileiros formassem 63 milhões de famílias (um pai, uma mãe e um filho), esses US$ 700 bilhões poderiam colocar um carro popular na garagem de cada uma de "todas" as casas do Brasil!"
LUIZ MENDONÇA (São Paulo, SP)

ONGs
"Uma maneira de ver o problema das ONGs no Brasil é a do professor Paul Singer no artigo "A crise das ONGs e das políticas sociais" ("Tendências/Debates", 8/10), que pondera sobre a necessidade de o Estado equilibrar o controle da aplicação de seus recursos com a necessidade de agilidade de ação destas organizações. Uma outra maneira, radicalmente oposta, e que é a que eu prefiro, é constatar a contradição inata entre governos e ONGs. Se uma organização se denomina "não-governamental", ela deve ter independência dos governos. Milhares de ONGs fazem grandes trabalhos no Brasil, mas elas precisam se manter com recursos captados na sociedade civil. O Estado deve cumprir suas obrigações aplicando seus recursos em suas próprias instituições dedicadas ao atendimento das demandas da sociedade. A terceirização do Estado não é uma solução."
JOSÉ CLÁUVER DE AGUIAR JÚNIOR (Rio de Janeiro, RJ)

Educação
"Há futuro -e presente- para a educação no Brasil? No campo do PT, Lula à frente, discute-se uma solução somente com o pré-sal, quando provavelmente os atuais professores estarão aposentados. Já o governador Serra, um dos postulantes ao cargo de Lula, tenta driblar a lei do piso do magistério incluindo como atividades extraclasse os tais dez minutos entre as aulas. A justificativa é mais ridícula do que a proposta: economizar um bilhão de reais que seria investido na contratação de mais professores. Outro postulante à Presidência, o governador Aécio Neves, paga aos professores o pior salário-base do país: entre R$ 380 e R$ 500. Como se vê, a depender dos personagens e das forças que gravitam em torno da Presidência da República, a educação no Brasil continuará sendo tratada como prioridade apenas no discurso."
EULER CONRADO SILVA JÚNIOR (Vespasiano, MG)

Promotor
"O advogado Jorge Roberto Aun, certamente movido por boas intenções, emitiu opinião drástica e afoita contra o Ministério Público e o senhor Thales Schoedl, autor de homicídio ainda em fase de apuração ("Painel do Leitor", ontem). Assim como eu, o doutor Aun não assistiu ao crime, portanto não conhece as provas contidas no processo e tampouco a pessoa ou a biografia do senhor Thales. Falou com base em hipotéticas elucubrações cerebrinas. Trouxe para a mídia infamações sempre prejudiciais aos réus que ainda não foram julgados. Teria sido tão bom que o doutor Aun, antes de escrever, tivesse se lembrado da lúcida advertência da madame de Lambert: "O verdadeiro uso da palavra é dizer a verdade"."
TALES CASTELO BRANCO , advogado (São Paulo, SP)

Telemarketing
"A lei que cria a lista de bloqueio de ligações de telemarketing pode levar ao fechamento de empresas da área? Que fechem! É imoral ganhar dinheiro à custa do sossego do próximo."
CACALO KFOURI (São Paulo, SP)

Opus Dei
"Sobre a carta de Rodrigo Díaz Olmos ("Painel do Leitor", 7/10), este escritório vem esclarecer que o Opus Dei é uma estrutura jurisdicional da Igreja Católica e que, portanto, é improcedente a qualificação de "seita". Além disso, não apoiou o governo de Franco nem qualquer outro. São Josemaria, fundador do Opus Dei, sempre defendeu a liberdade política de seus membros. São palavras suas: "O Opus Dei não intervém para nada em política; é absolutamente alheio a qualquer tendência, grupo ou regime político, econômico, cultural ou ideológico'; "no Opus Dei, cabem pessoas de todas as tendências políticas, culturais, sociais e econômicas que a consciência cristã possa admitir". Se na Espanha franquista alguns fiéis do Opus Dei apoiaram o governo, houve muitos membros da Prelazia que fizeram aberta oposição ao regime e, como o avô do leitor Díaz Olmos, foram perseguidos pelas autoridades políticas de Franco. Entre outros poderia citar Rafael Calvo Serer (que teve de viver no exílio), Antonio Fontán, Manuel Fernández Areal e Pere Pascual."
ROBERTO ZANIN , escritório de comunicação do Opus Dei no Brasil (São Paulo, SP)

Ônibus
"A reportagem "Kassab dará R$ 600 mi a empresas de ônibus" (Cotidiano, 8/10) está errada. É absurdo afirmar que a prefeitura "dará" dinheiro a empresas de ônibus, na forma de "subsídio". As empresas recebem o que prevê o contrato. A verba para compensação tarifária é usada para cobrir descontos previstos em lei: gratuidades destinadas a idosos, deficientes e mulheres grávidas incluídas no Programa Mãe Paulistana e a meia passagem dos estudantes. Trata-se de "dar" a passagem (ou desconto) a quem tem direito. Só o desconto para estudantes custa anualmente cerca de 30% dessa verba. Portanto, ela beneficia usuários do sistema coletivo, e não as empresas contratadas. E faz parte da política de promoção de justiça social desta prefeitura. O percentual previsto para compensação tarifária em 2009 é inferior ao que foi gasto no último ano da gestão anterior (omitido no gráfico), que, para apenas sete meses de bilhete único (implantado em maio de 2004), gastou quase 2% do orçamento."
LEÃO SERVA , assessor de imprensa da prefeitura (São Paulo, SP)

Respostas dos jornalistas Rogério Pagnan e Evandro Spinelli - Subsídio, está no dicionário, é a concessão de dinheiro do governo a determinadas atividades com objetivo de manter os preços acessíveis. A reportagem relata os gastos nos dois últimos anos do governo Marta Suplicy, inclusive em relação à implantação do bilhete único.

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