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Poesia
O "pacote poético" da Folhinha para os seus leitores ontem
foi um presente para todos os que
acreditam ser a criança a sustentação do homem. A palavra poética
é vara mágica que resgata essa
certeza. "Puxei a fita, desembrulhei o pacote... encantei- me".
Parabéns a Gabriela Romeu e aos autores dos textos.
MARIA ERCÍLIA ANTUNES PEREIRA (Cruzeiro, SP)
Eleições
Gostaria de expressar a minha
indignação em relação ao baixo
nível das campanhas eleitorais.
Viramos um país talebã, como
disse o Simão. Os candidatos falam sobre assuntos do século 19!
Gostaria de saber qual é a posição deles para a política externa do Brasil. Continuaremos
amiguinhos de Chávez, Fidel,
Irã? Calaremos perante o Nobel
da Paz de 2010, que está preso
por pedir democracia? Por que
os candidatos não explicam suas
posições sobre esses assuntos
em vez de se meterem em "política interna uterina" das mulheres, como se aborto fosse assunto de campanha?
RICARDO V. JUNQUEIRA (São Paulo, SP)
É um absurdo o que somos
obrigados a presenciar nestas
eleições: candidatos que subestimam a inteligência do eleitorado! Agora, rumo ao segundo turno, observamos palavras que foram ditas e desditas. Tudo em
prol do poder.
JANAÍNA ALBUQUERQUE (São Paulo, SP)
Se toda vez que Dilma precisa
se defender é Lula, José Eduardo
Dutra ou outro homem do PT que
faz a sua defesa, como será se ela
for eleita? Ela se mostra muito
dependente de Lula e de seus pares masculinos. Se vai precisar
que Lula ou outro homem do
partido esteja a seu lado para tomar decisões, é melhor escolher
logo um homem para presidente.
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)
Nobel
A China é a segunda economia
mundial, mas apenas a 92ª no
IDH. A enorme distância entre
esses indicadores tem gerado um
perigoso e crescente passivo social, que mais cedo ou mais tarde
culminará com uma explosão de
revolta da população miserável e oprimida.
Ativistas como Liu Xiaobo, Nobel da Paz, e tantos outros anônimos da luta pelos direitos humanos serão os catalisadores dessa
revolução social. O grande partido chinês agora ameaça retaliar
a Noruega, país que concede o
Nobel de Literatura -curiosamente, o país que ocupa o primeiro lugar no ranking do IDH.
É uma reação típica de um governo totalitário que cada vez
mais terá dificuldade para conter
a abertura que se aproxima.
RICARDO FULLER (São Paulo, SP)
O senhor Marco Aurélio Garcia
parece não saber da existência
do dissidente chinês vencedor
do Prêmio Nobel da Paz, Liu
Xiaobo. Disse Garcia: "Não tenho
a menor informação sobre ele".
O que é isso, companheiro? Ignorância ou covardia do assessor
especial para Assuntos Internacionais do governo brasileiro?
DAVID APOLINARIO NETO (Valinhos, SP)
Bienal e urubu
O urubu, na plenitude da
transfiguração do seu ser, na arte, está na gravura de Goeldi e no
voo livre na música de Jobim.
Nunca no sadismo que se expande e alicia o público nesta 29ª
Bienal. Vale fazer eco e coro ao
artigo de Ingrid E. Newkirk ("Bienal de São Paulo, chega de rapinar aves", 8/10).
TELÊ ANCONA LOPEZ, professora da FFLCH-USP (São Paulo, SP)
Monotrilho
Em relação ao projeto do monotrilho do Morumbi ("Antigos
moradores se mobilizam contra
Morumbi "popular'", Cotidiano,
3/10), o que os moradores do bairro questionam é a tecnologia que
está sendo proposta.
O monotrilho tem a mesma capacidade de um corredor de ônibus, mas custa três vezes mais.
Também não se pode ignorar o
enorme impacto ambiental de um
trem suspenso por pilares com a
altura de seis andares. O projeto
prevê ainda a desapropriação de
centenas de casas para a construção de um estacionamento para
1.600 veículos junto ao estádio do
Morumbi. Seria o objetivo principal beneficiar o estádio, facilitando a realização de shows e talvez
jogos da Copa do Mundo?
O que realmente preocupa os
moradores é a utilização de recursos públicos em um projeto ineficiente que parece atender a interesses privados, sem relação com
as necessidades reais da população do Morumbi e de Paraisópolis.
JOSÉ CARLOS DE FARIA (São Paulo, SP)
Água Branca
Excelente o artigo "A destruição do parque da Água Branca"
("Tendências/Debates", 8/10).
São lamentáveis a concepção
e a execução de um projeto -em
uma área verde- que extingue
um emaranhado de cipós, arbustos e outras pequenas espécies
nativas em formação, ignorando
a atividade de observação.
É nosso dever, como cidadãos,
rejeitar quaisquer intervenções
reducionistas de ambientes faunísticos e florísticos de uso público.
SILVANIA SCHUMAHER (São Paulo, SP)
Correios
Em relação à reportagem "Empresa de diretor de estatal fechou
contratos com o governo" (Poder, ontem), gostaríamos de reforçar que, apesar do mesmo sobrenome, não há nenhum grau de
parentesco entre o senhor Ibanês
e o ministro Guilherme Cassel. Esta informação foi prestada à reportagem quando contatou o ministério. Como a reportagem omitiu tal esclarecimento, solicitamos
a publicação deste registro com o
objetivo de informar os leitores
deste jornal.
DENISE MANTOVANI, assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Brasília, DF)
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