São Paulo, terça-feira, 10 de novembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Geisy
"Fernando de Barros (Opinião, ontem) descreveu muito bem o tipo de deturpação de valores que houve no caso Geisy: puniu-se a vítima. E os linchadores vão muito bem, obrigado. A mensagem que a Uniban passa é repugnante. Retrocede cem anos nas conquistas pelos direitos das mulheres e pela igualdade entre sexos."
ALAN DEMANBORO (Osasco, SP)

 

"Em "Os linchadores da Uniban", Fernando de Barros e Silva sintetiza a perplexidade causada pela expulsão da estudante e esmiúça o cinismo implícito em cada linha da "justificativa" publicada pela Uniban. Se o ato em si foi brutal, o texto que tentou respaldá-lo foi mais brutal ainda. Em nome do Estado de Direito e da própria democracia, essa universidade não pode permanecer aberta enquanto não se expulsar o seu fascista e covarde quadro diretor e todos os bárbaros que acuaram a moça."
CONSUELO DE CASTRO, dramaturga e publicitária (São Paulo, SP)

 

"O vídeo do lamentável episódio na Uniban mostrou cenas de um verdadeiro "estupro moral". Lamentei profundamente o que vi. E meu lamento aumentou quando soube da expulsão da aluna que foi violentada emocionalmente.
Entre expulsar uma aluna ou meia dúzia dos envolvidos no episódio de selvageria -que bem que poderiam ser uma centena-, a instituição deve ter feito as contas. Então a decisão tornou-se fácil.
Assim, chamar de puta uma colega pode ser considerado como um ato compatível com a dignidade da vida acadêmica, uma coisa ética. Parece que se propaga uma nova ideia: "Estupra, mas paga"."
SIMÃO PEDRO MARINHO (Belo Horizonte, MG)

 

"Parabenizo a Uniban por sua coragem. Em nome do respeito, ainda que tardiamente, um pouco de moral e decência foi reintroduzido no ambiente universitário. O modo de se vestir e de se portar também é a tradução pessoal da medida de consideração (ou desconsideração) para com a "academia" -professores, funcionários, colegas e para consigo mesmo.
Agora só falta punir os que, errada e criminosamente, incitaram a violência, reagindo em turba, contra a tal aluna exibicionista."
PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

Saber
"Parabéns à Folha pela iniciativa de criar a seção "Saber" (Cotidiano, às segundas-feiras). Que este novo espaço ajude a combater as violações ao direito à educação pública de qualidade e que ouça mais os professores e menos os economistas sobre esse tema essencial para a formação intelectual e cidadã dos brasileiros."
FÁBIO GALVÃO (São Paulo, SP)

Battisti
"A propósito da coluna de domingo de Eliane Cantanhêde ("O julgamento'), vexame será se cada um dos ministros do STF deixar de examinar em profundidade toda a verdade do caso Cesare Battisti em seus aspectos jurídicos, políticos, humanitários, no sentido maior de quem tem o dever de realizar a justiça.
Celso Antonio Bandeira de Mello tem o respaldo de alguns dos maiores juristas do Brasil, como Dalmo de Abreu Dallari e José Affonso da Silva, para afirmar que a decisão do ministro Tarso Genro de conceder o refúgio é correta.
É importante que todo jornalista que queira estar bem informado sobre o tema leia "As 13 perguntas ao ministro relator Cezar Pelluso.
Equívocos e imprecisões que podem levar um homem à prisão perpétua", da escritora Fred Vargas, e "Os cenários invisíveis do caso Battisti: por que a extradição de Battisti seria um crime de lesa humanidade", do professor Carlos Alberto Lungarzo, membro da Anistia Internacional dos EUA.
Proponho que a Folha convide ambos para escreverem um sumário dessas contribuições antes do julgamento do dia 12."
EDUARDO MATARAZZO SUPLICY , senador PT-SP (Brasília, DF)

Lula no Enade
"Se dá para acreditar que não houve conteúdo político na questão 19 do Enade, conforme afirma a assessoria do MEC ("Enade pergunta se críticas feitas a Lula foram manipulação", Cotidiano, ontem), de que adianta exercer a leitura crítica para buscar os conteúdos latentes?
Aliás, característicos esta de pessoas que dominam bem o uso da linguagem e disfarçam, em mensagem subliminar, o que não pode ser explícito.
Sugiro uma cartilha para aprendermos a ler conforme o desejo dos apaniguados inocentes deste governo que está acima de tudo e de todos."
MARIA DE NASARÉ FONSECA SERPA (Bragança Paulista, SP)

Segurança
"Em relação ao texto "PAC da Segurança engatinha após dois anos" (Cotidiano, 2/11), o Ministério da Justiça esclarece que o Pronasci foi aprovado por unanimidade no Congresso, em 2008, como uma política de Estado, e não de governo. O programa é de médio e longo prazos, com ações integradas entre União, Estados e municípios.
É incorreta a avaliação de que o Pronasci "não avançou". Os investimentos da União na segurança pública aumentaram consideravelmente nos últimos anos e triplicaram com o Pronasci. Em 2000, os recursos somaram R$ 714 milhões.
Subiram para R$ 2,5 bilhões em 2009.
O Pronasci não se resume à concessão de bolsas de estudo. A Bolsa Formação constitui uma nova formação policial, voltada para a repressão qualificada, inteligência, proximidade com o cidadão, respeito aos direitos humanos e combate à corrupção.
O Território de Paz já apresenta resultados concretos, segundo aponta a FGV. Na comunidade de Santo Amaro, região metropolitana de Recife, os homicídio caíram mais de 70% após o início das ações do Pronasci.
O MJ empenhou R$ 236,8 milhões para a construção de 16 unidades prisionais em 15 Estados. Assim, não é correta a informação de que "nenhum centavo foi liberado para a construção de presídios". As obras não tiveram início por questões de natureza técnica e administrativa dos Estados.
A atuação do Pronasci no Rio de Janeiro vai além do Complexo do Alemão. Inclui, por exemplo, a concepção das unidades de policiamento de proximidade, instituídas pelo governador Sérgio Cabral. Todos os policiais que integram as UPPs fizeram cursos de policiamento comunitário financiados pela União."
LUDMILA LUZ, chefe da assessoria de comunicação social do Ministério da Justiça (Brasília, DF)

Resposta do repórter Alan Gripp - A reportagem analisou o Pronasci, e não todos os recursos aplicados pela União em segurança pública. Foi o próprio ministério que informou que o projeto Território de Paz no Rio está limitado ao Complexo do Alemão. Quanto aos recursos para os presídios, a reportagem deixou claro que eles haviam sido empenhados, mas até agora não foram liberados.

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