São Paulo, quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Dislexia
"Profissionais da área da educação e da saúde, pesquisadores e estudiosos da linguagem, sabem que a dislexia é, na grande maioria das vezes, uma patologia inventada por aqueles que desconsideram a complexidade e a dinâmica dos processos de letramento, que envolvem aspectos subjetivos, além de contextos socioeconômicos ("Projeto de lei reabre debate sobre dislexia", Saúde, ontem).
É uma pena que tantos familiares se deixem seduzir pelo discurso da objetividade e passem a acreditar que uma criança de apenas 6 anos de idade possa ser classificada como disléxica.
Com isso, vencem a indústria dos diagnósticos apressados e aqueles que se dizem terapeutas, mas, na verdade, vêem nessa cultura da patologização de questões sociais uma oportunidade de ganhar clientes, lotando suas associações e consultórios particulares."
CLAUDIA PERROTTA , fonoaudióloga (São Paulo, SP)

Medicina
"Parabenizo a Folha pelo editorial "Formação dos médicos" (Opinião, 7/12), quando deu destaque à formação dos médicos. Os últimos parágrafos merecem reflexão quanto a um exame semelhante ao da OAB.
Com o exame de ordem, as escolas ruins estarão muito tranqüilas, pois os seus formandos serão analisados posteriormente. Não estaremos isentando a escola de responsabilidade sobre o que oferece ao mercado?
É justo que um estudante que ingressou em uma escola aprovada pelo MEC e que pagou mensalidades altíssimas seja punido por que não consegue passar em um exame? A responsabilidade é dele, que chegou ao sexto ano do curso e se formou? O exame da OAB coibiu aberturas de escolas de direito? O que estão fazendo os bacharéis que não conseguem seus títulos para exercer a profissão?
Não seria mais justo exames avaliativos durante o curso para os estudantes de medicina e correção no meio do percurso?
Não seria mais coerente exigir infra-estrutura adequada para quem quer oferecer um curso tão complexo quanto o curso médico antes de ser aprovada a sua licença de abertura?"
ANGÉLICA M. BICUDO ZEFERINO , professora-doutora, coordenadora do curso de medicina da FCM-Unicamp (Campinas, SP)

Nota da Redação - Não há incompatibilidade entre o exame para os formandos e as ações fiscalizadoras defendidas pela missivista. Ambas as iniciativas deveriam ser adotadas e incentivadas.

Sociologia
"Mais uma vez a educação é notícia nos jornais. Agora é a diminuição de aulas de história, geografia e educação física para incluir aulas de sociologia e ampliar as de filosofia.
Para saber se isso vai melhorar o ensino ou o conhecimento de nossos alunos, basta que o deputado Ribamar Alves (PSB-MA) pergunte a qualquer aluno da rede pública em qual região está localizada a sua cidade ou o que comemoramos no dia 7 de setembro. Ele verá a triste realidade da educação pública.
Isso sem contar que programas de combate às drogas estão intimamente ligados a práticas esportivas. Pena que as aulas de educação física também serão diminuídas."
PAULO ROBERTO MARTINS THULER , professor de educação física da rede pública (Suzano, SP)

Lula
"Como sempre brilhante a pena do colunista Vinicius Torres Freire ("Lula fala demais", Dinheiro, ontem). Este é o governo do "eu não sabia de nada", o povo "sifu" e outras pérolas que somos obrigados a ouvir e ler. Projeto de governo, como diz o colunista, nada."
OSMAR CARLOS MEDAGLIA (São José dos Campos, SP)

 

"Será mesmo que a "plebe rude" gosta de ser tratada como gente sem valor, depósito de uma verborragia que a desrespeita em vez de dignificá-la? Será que é por aí que um político, por mais popular que seja, se identifica com o povo sofrido, que permanece inculto e esquecido pelo descaso dos dirigentes deste país com a educação? Usar a expressão "sifu" significa respeito à humilde condição de suas vidas?
Acho que, desafortunadamente, em nosso país, estamos vivendo uma total inversão de valores, pois o que as pessoas pobres e incultas, porém detentoras de uma sabedoria imposta pelas agruras da vida, com certeza mais desejam ouvir de seu líder máximo são palavras simples, mas educadas, pois é assim que eles são.
Isso me faz questionar se estas pesquisas de popularidade revelam integralmente o que a "plebe rude" sente de verdade."
ELIANA FRANÇA LEME (São Paulo, SP)

MMX
"Em relação à reportagem "Mineradora MMX demite 2.000 em MS", gostaria de esclarecer que não procede a informação trazida em seu título.
A MMX não realizou nenhuma demissão nas unidades da empresa em Mato Grosso do Sul. A companhia suspendeu temporariamente as atividades naquele Estado em razão do desaquecimento da economia global, mas manteve o emprego de seus colaboradores, conforme comunicado ao mercado no dia 7 de novembro."
CAMILLA BAETA , coordenadora de Relações Institucionais da MMX (Belo Horizonte, MG)

Nota da Redação - Leia a seção "Erramos".

Tempo
"De forma brilhante, João Pereira Coutinho novamente contrapõe o veneno infalível do tempo à nossa negação ocidental perante ele ("Jovens e velhos", Ilustrada, ontem).
As observações do autor sobre o tema talvez rendam uma trilogia em resposta ao conforto e incompreensão da sociedade."
RINALDO AUGUSTO DE MORAIS (Ribeirão Preto, SP)

Criacionismo
"Revoltou-me, pela falta de respeito, a carta do diretor-executivo da Transparência Brasil ("Painel do Leitor", 8/12). Embora seja cristão e evolucionista, o que entendo ser perfeitamente compatível, não aceito que a fé da grande maioria dos brasileiros seja conspurcada e equiparada a superstições nem que o nome de Deus seja rebaixado para "divindade".
Comunicações assim só acarretam intolerâncias e não contribuem para o progresso e o bem comum."
LUIZ FELIPE DA SILVA HADDAD (Niterói, RJ)

Indústria bélica
"Só tenho a lamentar o interesse brasileiro pela indústria (da morte) bélica ("Sem Brasil, 92 países firmam pacto antibomba", Mundo, 4/12). Quando deveríamos cooperar com a paz mundial, regredimos como uns imbecis na ânsia ensandecida da lucratividade."
JULIO CÉSAR CARDOSO (Balneário Camboriú, SC)

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