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PAINEL DO LEITOR
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Prisões
"Em relação à reportagem de Cotidiano de domingo, a Polícia Civil
de Minas Gerais esclarece: em Minas, Estado que hoje proporcionalmente mais investe em segurança,
só nos cinco anos do governo Aécio
Neves foram construídas 10 mil novas vagas no sistema, o dobro das
5.000 vagas construídas por todos
os governos anteriores reunidos.
Hoje, pela primeira vez na história
de Minas, existem mais presos no
sistema penitenciário do que sob a
guarda da Polícia Civil (cadeias).
1) Sobre a carceragem do 2º Distrito Policial em Contagem: no último dia 31 de janeiro, 50 presos foram transferidos para a Cadeia Pública de Brumadinho (MG). Quatro
presos, que já haviam sido condenados, foram transferidos para penitenciárias. Na última sexta (8/2), 20
presos foram transferidos para o
Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, e Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Está programada uma dedetização, cujo procedimento já foi licitado. Os presos recebem assistência à saúde com visita duas vezes por semana de médicos. Como a delegacia recebe todos
os flagrantes em Contagem, a lotação permanece acima da média. A
vigilância no local está sendo feita
por agentes penitenciários, e não
mais por policiais civis.
2) Em relação à Cadeia Pública de
Ouro Preto: os presos recebem assistência médica e, dias antes da visita do repórter, uma inspeção médica tinha sido realizada. É improcedente a afirmativa de que mulheres presas mantêm relações sexuais
com outros presos. As detentas estão em celas separadas. Na cidade
há dois tipos de presos: os que estão
na cadeia e que se encontram no
Programa de Liberdade Assistida,
um programa semelhante ao das
Apacs, cujo êxito é reconhecido.
3) Em relação à Cadeia Pública do
Bairro Palmital: há inquérito em
curso na Corregedoria Geral de Polícia para apurar as circunstâncias
em que um preso, portador de epilepsia, e não de doença mental, foi
encontrado morto após sua detenção em flagrante na noite anterior."
HUGO TEIXEIRA, superintendente de imprensa do
governo de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)
Resposta do jornalista João
Carlos Magalhães - Em Contagem, policiais confirmaram a
versão dos presos de que a assistência médica era precária. A
reportagem não encontrou
agentes penitenciários vigiando
o local. Sobre Ouro Preto, a reportagem citou que um policial
contatava um médico em caso
de necessidade. As relações sexuais entre detentos e detentas
foram confirmadas por dois policiais. Quanto ao doente que
morreu na cadeia do bairro Palmital, o secretário da Defesa Social não respondeu a esse questionamento nem em entrevista
nem por escrito. Sobre a data
em que a Folha foi às carceragens, leia a seção "Erramos".
Fotografia
"A foto de um soldado americano
no Afeganistão, na Primeira Página de sábado, me remeteu a outra
foto, também na Primeira Página,
por ocasião da iminente invasão do
Iraque, que mostrava um militar
americano tomando banho de piscina em um porta-aviões ancorado
no golfo Pérsico. Os anos se passaram, e a magnífica foto premiada é
o complemento da anterior. O ser
humano indo de uma ponta a outra:
da arrogância até a miséria."
JOSÉ MARCELO DE MATA BARRETO (Campinas, SP)
Cartões
"Ao contrário do que diz a Folha
de 9/2 (pág. A4), o secretário da Casa Civil do Governo de São Paulo,
Aloysio Nunes Ferreira Filho não
afirmou na última quinta-feira que
os gastos com cartão de débito do
governo estadual se "limitavam" a
despesas com combustível, diárias
e vale-transporte. O que o secretário disse é que a grande maioria dos
saques em dinheiro com esses cartões, que chegaram a R$ 48,3 milhões, foram para pagar despesas
dessa natureza. Além disso, a mesma reportagem tenta transmitir ao
leitor a falsa impressão de que os
gastos citados são supérfluos e indevidos. O governo esclarece que,
do total apontado, R$ 21 milhões
foram utilizados para pequenos
serviços e materiais nas 5.500 escolas estaduais e 91 diretorias de ensino. As compras se referem a materiais de limpeza e higiene, pequenos consertos e aquisição de livros
e jornais, por exemplo. Toda compra é feita após pesquisa de preços,
justificada e comprovada por nota
fiscal. Esse total representa um gasto de pouco mais de R$ 300 mensais por escola. Com relação à compra de fraldas, cabe lembrar que o
sistema penitenciário abriga expressiva quantidade de presas femininas, muitas com filhos recém-nascidos. É do interesse do governo
esclarecer qualquer dúvida relacionada às despesas efetuadas pelo sistema de pagamento eletrônico via
cartões de débito. No entanto é preciso cautela e responsabilidade no
tratamento das informações para
evitar interpretações equivocadas."
FERNANDO GRANATO, assessor de imprensa da
Casa Civil do governo do Estado (São Paulo, SP)
Nota da Redação - Leia na
seção "Erramos".
"Parabéns à Folha por ter seguido adiante na história dos gastos
com cartões em São Paulo, o que
ajuda a mostrar que os políticos são
sim, em boa parte, farinha do mesmo saco. Realmente não parece haver grande diferença entre usar dinheiro público para pagar uma loja
de mesas de sinuca ou o Barão das
Mágicas. A diferença está na transparência: enquanto os dados federais estão na internet, os estaduais
precisam ser requeridos por meio
da Assembléia Legislativa."
ALEXANDRE MALMEGRIN ROCHA (São Paulo, SP)
Blogs
"Na sua coluna de sábado, à página A2, Fernando de Barros e Silva
opina sobre blogs de política e cita
uma frase que usei em contexto distinto, tratando de outro tema. Ele
não distorceu o que eu disse, mas no
contexto usado a citação pode dar
origem a interpretações equivocadas. Considero o blogueiro que ele
classifica como "grasnador a serviço
do serrismo" como um analista político que está a serviço apenas de
suas próprias convicções. Eu o leio,
concordando e discordando. Já o
blogueiro que ele define como "pequeno dândi a serviço de Lula" não
merece leitura pois não tem convicções, adaptando suas opiniões a
seus interesses conjunturais."
DEMÉTRIO MAGNOLI (São Paulo, SP)
Ombudsman
"As análises que o ombudsman
da Folha apresenta são irretocáveis. O sr. Mário Magalhães é um
show de competência e de inteligência. Como sugestão, gostaria
que, se possível, ele abordasse os
exageros irritantes e tendenciosos
da maioria dos colunistas."
ANTONIO LUIZ DA S. AAGAARD (Sorocaba, SP)
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