São Paulo, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

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PAINEL DO LEITOR

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Prisões
"Em relação à reportagem de Cotidiano de domingo, a Polícia Civil de Minas Gerais esclarece: em Minas, Estado que hoje proporcionalmente mais investe em segurança, só nos cinco anos do governo Aécio Neves foram construídas 10 mil novas vagas no sistema, o dobro das 5.000 vagas construídas por todos os governos anteriores reunidos.
Hoje, pela primeira vez na história de Minas, existem mais presos no sistema penitenciário do que sob a guarda da Polícia Civil (cadeias).
1) Sobre a carceragem do 2º Distrito Policial em Contagem: no último dia 31 de janeiro, 50 presos foram transferidos para a Cadeia Pública de Brumadinho (MG). Quatro presos, que já haviam sido condenados, foram transferidos para penitenciárias. Na última sexta (8/2), 20 presos foram transferidos para o Ceresp Gameleira, em Belo Horizonte, e Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Está programada uma dedetização, cujo procedimento já foi licitado. Os presos recebem assistência à saúde com visita duas vezes por semana de médicos. Como a delegacia recebe todos os flagrantes em Contagem, a lotação permanece acima da média. A vigilância no local está sendo feita por agentes penitenciários, e não mais por policiais civis.
2) Em relação à Cadeia Pública de Ouro Preto: os presos recebem assistência médica e, dias antes da visita do repórter, uma inspeção médica tinha sido realizada. É improcedente a afirmativa de que mulheres presas mantêm relações sexuais com outros presos. As detentas estão em celas separadas. Na cidade há dois tipos de presos: os que estão na cadeia e que se encontram no Programa de Liberdade Assistida, um programa semelhante ao das Apacs, cujo êxito é reconhecido.
3) Em relação à Cadeia Pública do Bairro Palmital: há inquérito em curso na Corregedoria Geral de Polícia para apurar as circunstâncias em que um preso, portador de epilepsia, e não de doença mental, foi encontrado morto após sua detenção em flagrante na noite anterior."
HUGO TEIXEIRA, superintendente de imprensa do governo de Minas Gerais (Belo Horizonte, MG)

Resposta do jornalista João Carlos Magalhães - Em Contagem, policiais confirmaram a versão dos presos de que a assistência médica era precária. A reportagem não encontrou agentes penitenciários vigiando o local. Sobre Ouro Preto, a reportagem citou que um policial contatava um médico em caso de necessidade. As relações sexuais entre detentos e detentas foram confirmadas por dois policiais. Quanto ao doente que morreu na cadeia do bairro Palmital, o secretário da Defesa Social não respondeu a esse questionamento nem em entrevista nem por escrito. Sobre a data em que a Folha foi às carceragens, leia a seção "Erramos".

Fotografia
"A foto de um soldado americano no Afeganistão, na Primeira Página de sábado, me remeteu a outra foto, também na Primeira Página, por ocasião da iminente invasão do Iraque, que mostrava um militar americano tomando banho de piscina em um porta-aviões ancorado no golfo Pérsico. Os anos se passaram, e a magnífica foto premiada é o complemento da anterior. O ser humano indo de uma ponta a outra: da arrogância até a miséria."
JOSÉ MARCELO DE MATA BARRETO (Campinas, SP)

Cartões
"Ao contrário do que diz a Folha de 9/2 (pág. A4), o secretário da Casa Civil do Governo de São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira Filho não afirmou na última quinta-feira que os gastos com cartão de débito do governo estadual se "limitavam" a despesas com combustível, diárias e vale-transporte. O que o secretário disse é que a grande maioria dos saques em dinheiro com esses cartões, que chegaram a R$ 48,3 milhões, foram para pagar despesas dessa natureza. Além disso, a mesma reportagem tenta transmitir ao leitor a falsa impressão de que os gastos citados são supérfluos e indevidos. O governo esclarece que, do total apontado, R$ 21 milhões foram utilizados para pequenos serviços e materiais nas 5.500 escolas estaduais e 91 diretorias de ensino. As compras se referem a materiais de limpeza e higiene, pequenos consertos e aquisição de livros e jornais, por exemplo. Toda compra é feita após pesquisa de preços, justificada e comprovada por nota fiscal. Esse total representa um gasto de pouco mais de R$ 300 mensais por escola. Com relação à compra de fraldas, cabe lembrar que o sistema penitenciário abriga expressiva quantidade de presas femininas, muitas com filhos recém-nascidos. É do interesse do governo esclarecer qualquer dúvida relacionada às despesas efetuadas pelo sistema de pagamento eletrônico via cartões de débito. No entanto é preciso cautela e responsabilidade no tratamento das informações para evitar interpretações equivocadas."
FERNANDO GRANATO, assessor de imprensa da Casa Civil do governo do Estado (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia na seção "Erramos".

"Parabéns à Folha por ter seguido adiante na história dos gastos com cartões em São Paulo, o que ajuda a mostrar que os políticos são sim, em boa parte, farinha do mesmo saco. Realmente não parece haver grande diferença entre usar dinheiro público para pagar uma loja de mesas de sinuca ou o Barão das Mágicas. A diferença está na transparência: enquanto os dados federais estão na internet, os estaduais precisam ser requeridos por meio da Assembléia Legislativa."
ALEXANDRE MALMEGRIN ROCHA (São Paulo, SP)

Blogs
"Na sua coluna de sábado, à página A2, Fernando de Barros e Silva opina sobre blogs de política e cita uma frase que usei em contexto distinto, tratando de outro tema. Ele não distorceu o que eu disse, mas no contexto usado a citação pode dar origem a interpretações equivocadas. Considero o blogueiro que ele classifica como "grasnador a serviço do serrismo" como um analista político que está a serviço apenas de suas próprias convicções. Eu o leio, concordando e discordando. Já o blogueiro que ele define como "pequeno dândi a serviço de Lula" não merece leitura pois não tem convicções, adaptando suas opiniões a seus interesses conjunturais."
DEMÉTRIO MAGNOLI (São Paulo, SP)

Ombudsman
"As análises que o ombudsman da Folha apresenta são irretocáveis. O sr. Mário Magalhães é um show de competência e de inteligência. Como sugestão, gostaria que, se possível, ele abordasse os exageros irritantes e tendenciosos da maioria dos colunistas."
ANTONIO LUIZ DA S. AAGAARD (Sorocaba, SP)

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