São Paulo, quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

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PAINEL DO LEITOR

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Pena Branca
"Embora não obrigatório, o ensino de música nas escolas é fundamental para despertar a sensibilidade, aguçar a estética e refinar a audição, entre outros aspectos relevantes ao aprendizado. Que as escolas e os institutos musicais refloresçam a verdadeira música sertaneja, de bom gosto e, infelizmente, baixo consumo.
Viva Pena Branca!"
REBECA GELSE RODRIGUES (São Paulo, SP)

Comissão da verdade
"O general Maynard Marques de Santa Rosa foi punido por expressar sua opinião.
A sumária exoneração do militar mostra o quão "democrático" é o nosso governo."
SÍLVIA LAKATOS, jornalista (São Paulo, SP)

 

"Quanto desserviço os militares querem continuar prestando ao país? Depois de o inominável general que assume vaga no Superior Tribunal Militar dizer que gays não seriam respeitados por uma tropa, vem o linha-dura Santa Rosa dizer que a comissão da verdade proposta no PNDH-3 seria, na verdade, uma "comissão da calúnia", formada por "fanáticos".
Devemos parar de ouvir o que eles dizem?"
MIRELLA VARGAS (São Paulo, SP)

Cultura importada
"Muito infeliz a coluna de Fernando Rodrigues de ontem ("Esterco político", Opinião). Não é preciso um manual marxista. Qualquer bom autor americano ou francês dos que ele deve ter lido mostra como a produção cultural é o que se chama de "soft power" na disputa diplomática e geopolítica por corações e mentes.
Basta ver o que os EUA fizeram de Hollywood na Guerra Fria.
Aparentemente, era disso que falava Marco Aurélio Garcia ao deplorar os enlatados da TV a cabo. Ou será que o cinema não fez o jornalista, quando criança, torcer a favor dos genocidas que dizimaram os índios americanos?
E o colunista derrapou no raciocínio ao contrapor à TV a cabo o "brasileiríssimo" "Big Brother". Ora, o "BBB" é invenção holandesa, um lixo-franquia, tipo de enlatado porcaria contra o qual pessoas de bom senso se rebelam."
SERGIO PEREIRA (Brasília, DF)

 

"Manifesto o meu apoio ao texto de Fernando Rodrigues de ontem.
O senhor Marco Aurélio Garcia, vítima do emocional esquerdismo brasileiro, certamente deve culpar os outros países pelo nosso subdesenvolvimento, e não a nossa incompetência.
Refere-se assim aos EUA como se o país fosse um acidente da história, e não o resultado de muito trabalho, talento e competência.
É a prova de que, no Brasil, a burrice da esquerda tem um passado brilhante e um futuro promissor."
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

Mercadante e SP
"Assisto frequentemente à TV Senado e aos discursos dos senadores. Nunca vi o senador Aloizio Mercadante fazer um discurso defendendo ou reivindicando verba para o Estado de São Paulo.
Agora, de acordo com a imprensa, ele tem visitado as regiões alagadas para tirar proveito da desgraça dos menos favorecidos.
Mas ele não foi eleito pelo Estado de São Paulo? Que ajuda deu para prevenir enchentes? O papel de um senador não é ajudar o seu Estado?"
NILZA PEREIRA RUBO (São Paulo, SP)

Violência
"A análise do aumento da letalidade policial por José dos Reis Santos Filho (Cotidiano, ontem), da Unesp, só reforça o estereótipo dos policiais de que boa parte dos estudiosos do setor é confusa e desinformada da realidade.
Seria melhor que o professor ficasse em conselhos incompreensíveis (como o de que "a formação policial deve enfrentar fortemente, nos indivíduos concretos, aquilo que a sociedade tem de pior') em vez de ensinar que o policial pode fazer uso letal da arma de fogo para impedir crime, efetuar prisão e evitar fugas. Excetuadas as situações de legítima defesa, as demais constituem crimes e aumentariam a já problemática letalidade policial.
Não é só a qualidade da polícia que precisa ser melhorada."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, coronel da reserva da PM, ex-secretário nacional de Segurança Pública (São Paulo, SP)

Teatro cruel
"Trote nas Arcadas, reduto dos estudantes de direito, em 1961.
Um calouro, que teve poliomielite em criança, foi levado à força para o trote nas ruas centrais e tentou escapar. Correu. Gritaram: "Pega ladrão", por "brincadeira". Pego com facilidade pelo defeito na perna, maldosamente, por "brincadeira", os veteranos deixaram que fosse levado preso. Colocado numa cela com marginais, aos 20 anos, foi barbaramente "usado" pelos presos da cela. Para ele, nada daquilo foi uma "brincadeira".
"Teatro da Crueldade", como bem disse ontem Fernando de Barros e Silva (Opinião)."
PEROLA SOARES ZAMBRANA (São Paulo, SP)

Arte
"A curadoria de uma exposição, assim como a crítica de arte, parte de uma intenção.
Na exposição "Coleções sob Guarda Provisória do MAC-USP", a temática escolhida pela curadoria é o próprio fato de o museu ser portador de coleções de arte apreendidas pela Justiça. Esse foi o debate colocado pelo museu ao apresentar ao público uma exposição de tal porte, com 103 obras de arte.
A intenção, que lamentavelmente passou despercebida pelo jornalista Fabio Cypriano (Ilustrada, 6/2), foi mostrar, cruamente e de modo representativo, as escolhas dos colecionadores.
A questão colocada pelo MAC é justamente o fato de o museu receber, por decisão judicial, obras de arte de maneira indiscriminada."
SÉRGIO MIRANDA, setor de imprensa e divulgação do Museu de Arte Contemporânea da USP (São Paulo, SP)

Remédios
"Ofensiva e inaceitável, sob todos os pontos de vista, a afirmação do secretário da Saúde do Estado de São Paulo, doutor Luiz Roberto Barradas Barata, que compara a indústria farmacêutica aos fabricantes de armas e ao narcotráfico ("Remédio é mais barato na região central", Saúde, ontem).
Só quem desconhece, ou omite por má-fé, a inestimável e indispensável contribuição da indústria farmacêutica para o avanço da medicina, a cura de doenças graves e de larga incidência e a melhoria da qualidade de vida da população pode fazer uma declaração desconectada da realidade. O doutor Barradas bem sabe que os preços dos medicamentos são, em sua expressiva maioria, controlados pelo governo e que foi graças à visão do ex-deputado federal Eduardo Jorge, ao incentivo do Ministério da Saúde na gestão do governador José Serra e ao empenho e investimentos da indústria farmacêutica que a população passou a ter acesso a produtos de alta qualidade, a preços acessíveis.
A indústria farmacêutica do Estado de São Paulo espera que o senhor secretário se retrate de tão absurda comparação."
NELSON MUSSOLINI, vice-presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado, e ODNIR FINOTTI, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (São Paulo, SP)

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