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Pena Branca
"Embora não obrigatório, o ensino de música nas escolas é fundamental para despertar a sensibilidade, aguçar a estética e refinar a
audição, entre outros aspectos relevantes ao aprendizado.
Que as escolas e os institutos musicais refloresçam a verdadeira música sertaneja, de bom gosto e, infelizmente, baixo consumo.
Viva Pena Branca!"
REBECA GELSE RODRIGUES (São Paulo, SP)
Comissão da verdade
"O general Maynard Marques de
Santa Rosa foi punido por expressar sua opinião.
A sumária exoneração do militar
mostra o quão "democrático" é o
nosso governo."
SÍLVIA LAKATOS, jornalista (São Paulo, SP)
"Quanto desserviço os militares
querem continuar prestando ao
país? Depois de o inominável general que assume vaga no Superior
Tribunal Militar dizer que gays não
seriam respeitados por uma tropa,
vem o linha-dura Santa Rosa dizer
que a comissão da verdade proposta
no PNDH-3 seria, na verdade, uma
"comissão da calúnia", formada por
"fanáticos".
Devemos parar de ouvir o que
eles dizem?"
MIRELLA VARGAS (São Paulo, SP)
Cultura importada
"Muito infeliz a coluna de Fernando Rodrigues de ontem ("Esterco político", Opinião).
Não é preciso um manual marxista. Qualquer bom autor americano ou francês dos que ele deve ter
lido mostra como a produção cultural é o que se chama de "soft power"
na disputa diplomática e geopolítica por corações e mentes.
Basta ver o que os EUA fizeram
de Hollywood na Guerra Fria.
Aparentemente, era disso que falava Marco Aurélio Garcia ao deplorar os enlatados da TV a cabo.
Ou será que o cinema não fez o jornalista, quando criança, torcer a favor dos genocidas que dizimaram
os índios americanos?
E o colunista derrapou no raciocínio ao contrapor à TV a cabo o
"brasileiríssimo" "Big Brother". Ora,
o "BBB" é invenção holandesa, um
lixo-franquia, tipo de enlatado porcaria contra o qual pessoas de bom
senso se rebelam."
SERGIO PEREIRA (Brasília, DF)
"Manifesto o meu apoio ao texto
de Fernando Rodrigues de ontem.
O senhor Marco Aurélio Garcia,
vítima do emocional esquerdismo
brasileiro, certamente deve culpar
os outros países pelo nosso subdesenvolvimento, e não a nossa incompetência.
Refere-se assim aos EUA como se
o país fosse um acidente da história,
e não o resultado de muito trabalho,
talento e competência.
É a prova de que, no Brasil, a burrice da esquerda tem um passado
brilhante e um futuro promissor."
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)
Mercadante e SP
"Assisto frequentemente à TV
Senado e aos discursos dos senadores. Nunca vi o senador Aloizio
Mercadante fazer um discurso defendendo ou reivindicando verba
para o Estado de São Paulo.
Agora, de acordo com a imprensa,
ele tem visitado as regiões alagadas
para tirar proveito da desgraça dos
menos favorecidos.
Mas ele não foi eleito pelo Estado
de São Paulo? Que ajuda deu para
prevenir enchentes? O papel de um
senador não é ajudar o seu Estado?"
NILZA PEREIRA RUBO (São Paulo, SP)
Violência
"A análise do aumento da letalidade policial por José dos Reis Santos Filho (Cotidiano, ontem), da Unesp, só reforça o estereótipo dos policiais de que boa parte dos estudiosos do setor é confusa e desinformada da realidade.
Seria melhor que o professor ficasse em conselhos incompreensíveis (como o de que "a formação policial deve enfrentar fortemente,
nos indivíduos concretos, aquilo
que a sociedade tem de pior') em
vez de ensinar que o policial pode
fazer uso letal da arma de fogo para
impedir crime, efetuar prisão e evitar fugas. Excetuadas as situações
de legítima defesa, as demais constituem crimes e aumentariam a já
problemática letalidade policial.
Não é só a qualidade da polícia
que precisa ser melhorada."
JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, coronel da reserva
da PM, ex-secretário nacional de Segurança Pública (São Paulo, SP)
Teatro cruel
"Trote nas Arcadas, reduto dos
estudantes de direito, em 1961.
Um calouro, que teve poliomielite em criança, foi levado à força para o trote nas ruas centrais e tentou
escapar. Correu. Gritaram: "Pega ladrão", por "brincadeira". Pego com
facilidade pelo defeito na perna,
maldosamente, por "brincadeira",
os veteranos deixaram que fosse levado preso. Colocado numa cela
com marginais, aos 20 anos, foi barbaramente "usado" pelos presos da
cela. Para ele, nada daquilo foi uma
"brincadeira".
"Teatro da Crueldade", como bem
disse ontem Fernando de Barros e
Silva (Opinião)."
PEROLA SOARES ZAMBRANA (São Paulo, SP)
Arte
"A curadoria de uma exposição,
assim como a crítica de arte, parte
de uma intenção.
Na exposição "Coleções sob Guarda Provisória do MAC-USP", a temática escolhida pela curadoria é o
próprio fato de o museu ser portador de coleções de arte apreendidas
pela Justiça. Esse foi o debate colocado pelo museu ao apresentar ao
público uma exposição de tal porte,
com 103 obras de arte.
A intenção, que lamentavelmente passou despercebida pelo jornalista Fabio Cypriano (Ilustrada,
6/2), foi mostrar, cruamente e de
modo representativo, as escolhas
dos colecionadores.
A questão colocada pelo MAC é
justamente o fato de o museu receber, por decisão judicial, obras de
arte de maneira indiscriminada."
SÉRGIO MIRANDA, setor de imprensa e divulgação do Museu de Arte Contemporânea da USP
(São Paulo, SP)
Remédios
"Ofensiva e inaceitável, sob todos
os pontos de vista, a afirmação do
secretário da Saúde do Estado de
São Paulo, doutor Luiz Roberto
Barradas Barata, que compara a indústria farmacêutica aos fabricantes de armas e ao narcotráfico ("Remédio é mais barato na região central", Saúde, ontem).
Só quem desconhece, ou omite
por má-fé, a inestimável e indispensável contribuição da indústria
farmacêutica para o avanço da medicina, a cura de doenças graves e
de larga incidência e a melhoria da
qualidade de vida da população pode fazer uma declaração desconectada da realidade.
O doutor Barradas bem sabe que
os preços dos medicamentos são,
em sua expressiva maioria, controlados pelo governo e que foi graças
à visão do ex-deputado federal
Eduardo Jorge, ao incentivo do Ministério da Saúde na gestão do governador José Serra e ao empenho
e investimentos da indústria farmacêutica que a população passou
a ter acesso a produtos de alta qualidade, a preços acessíveis.
A indústria farmacêutica do Estado de São Paulo espera que o senhor secretário se retrate de tão absurda comparação."
NELSON MUSSOLINI, vice-presidente executivo do
Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado, e ODNIR FINOTTI, presidente da
Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (São Paulo, SP)
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