São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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USP
Ao ler "Um em quatro aprovados desiste da USP" (Cotidiano, 10/3), gostaria de apontar uma possível razão para as desistências: o descrédito em que esta universidade vem caindo. Quem lhes escreve é uma uspiana que teve vínculos com essa universidade por mais de 20 anos: sou formada pela USP, com mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Pude infelizmente ver a degradação em que se encontram os cursos que outrora frequentei, causada sobretudo pela falta de qualificação dos professores recém-contratados, que ali entraram por concursos para lá de duvidosos. Tais concursos são verdadeiros palcos de encenação de resultados preestabelecidos, farsas atrás das quais se privilegiam relações pessoais em vez de competência e mérito. As desistências de vagas, tão preciosas antes, são reflexo de uma desordem grave, que está apenas começando a mostrar suas consequências.
MÔNICA CRISTINA CORRÊA (São Paulo, SP)

Segurança
Em primeiro lugar, gostaria de dar os parabéns ao repórter Mario Cesar Carvalho, por ter cumprido seu dever de obter e divulgar informações sobre temas de interesse público ("Estatístico do Estado vende dado sigiloso", Cotidiano, 1/ 3). Se violação houve, terá sido de quem vazou a informação, não de quem a obteve e publicou. Não há, portanto, qualquer tentativa de coibir o trabalho da imprensa. E, se o secretário da Segurança considera que agiu corretamente, não tem motivo para irritar-se tanto com a divulgação do que ocorreu.
Este radialista também busca informações e as divulga. Jamais utilizou para isso seu parentesco com o governador Geraldo Alckmin, com quem seu relacionamento é educado, porém distante. Mas, esclarecendo o texto "Site divulga vídeo e foto de Ferreira Pinto em shopping" (Cotidiano, 10/3), é primo do governador. O site "Vejo São José", que divulgou o vídeo, é de Ricardo Faria.
JOÃO ALCKIMIN (São José dos Campos, SP)

Editorial
Parabéns à Folha pelo editorial "Promessas e escolas" (10/3).
Comporta evocar a promulgação da Constituição, em 1988, pela grande conquista do sistema escolar brasileiro: o atendimento em creche e pré-escola. A Constituição completa 23 anos em 2011.
É inconcebível que São Paulo, a cidade mais rica do país, tenha um deficit de 100 mil vagas em creches. Para que serve o Estatuto da Criança e do Adolescente?
RODOLPHO PEREIRA LIMA (Bauru, SP)

Ensino religioso
Discordo do leitor Marcelo de Lima Araujo ("Painel do Leitor", 10/3), para quem só as religiões são capazes de incutir valores humanos e morais nas crianças.
Princípios como compaixão e tolerância transcendem as fronteiras entre religiosos e não crentes. Fazem parte de uma ética secular. São universais.
NINA DRAKE (São Paulo, SP)

Mortes nas estradas
Trinta e cinco mortes nas rodovias federais que atravessam Minas Gerais, e apenas uma delas não foi por colisão frontal.
Mesmo com todos os esforços, os números continuam crescendo e revelam que o problema não está sendo atacado como devia.
Dizer que a culpa é dos motoristas imprudentes não evita que as tragédias aconteçam. Eles sempre existiram e continuarão existindo. Enquanto existir o modelo de rodovias que permite que dois veículos cruzem em sentidos opostos, em alta velocidade, sem barreiras entre uma pista e outra, o número de mortos continuará crescendo.
Minas tem 7 milhões de veículos, e as mortes aqui são muito maiores do que em São Paulo, que tem 22 milhões de veículos, mas cujas rodovias são duplicadas. Trinta e quatro das 35 mortes nas rodovias federais de Minas que ocorreram no feriado poderiam ter sido evitadas se as pistas fossem separadas. As autoridades preferem continuar enxugando gelo e transferindo a culpa para os motoristas.
Contra os imprudentes, o remédio é rodovias seguras, mais atitudes e menos discurso.
JOSÉ APARECIDO RIBEIRO (Belo Horizonte, MG)

 

Até quando vamos assistir às pessoas morrerem nas estradas?
Não há uma campanha nem um projeto para diminuir acidentes.
Os brasileiros dirigem perigosamente e não gostam de respeitar as leis de trânsito. É preciso educação e punição. Não basta uma economia mais aquecida, é preciso evoluir no desenvolvimento da cidadania ou continuaremos morrendo e matando nas estradas. É tão difícil assim educar, punir, mudar? Por que resistimos tanto em ser cidadãos?
PAULO DE TARSO DISCA MENDONÇA (São Paulo, SP)

Aécio
Mineiro, fiquei consternado com a resposta do senador Aécio Neves ao colunista Fernando de Barros e Silva, no "Painel do Leitor" (10/3). Ao afirmar que outros políticos estavam se locupletando dos mimos de um camarote patrocinado no Carnaval do Rio, o senador pareceu-me convincente: quis incluir seus pares na dança. Este enredo, o samba da igualdade, é sistematicamente usado por políticos para justificar o que, para nós, causa "estranhamento". Lula valeu-se dele para justificar o mensalão petista. Parece que fez escola.
RENATO A. DA SILVA (São João da Boa Vista, SP)

Dilma
O governo Dilma precisa encerrar esse ciclo de medo e autoritarismo que ainda existe entre o comando das Forças Armadas e o governo civil. Trata-se de uma herança cultural maldita. A Comissão da Verdade é acima de tudo uma afirmação, com o aval da população, que elegeu uma presidente para esclarecer o que houve com brasileiros desaparecidos. É um direito histórico não só dos familiares, mas de todos.
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

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