São Paulo, segunda-feira, 11 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

PAINEL DO LEITOR

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Massacre no Rio
Fiquei emocionada e impressionada ao ler a reportagem "Assassino não atirou a esmo, dizem ex-colegas" (Cotidiano, 9/4), sobre o ex-aluno que invadiu a escola Tasso da Silveira, no Rio. A matéria é um exemplo de bom jornalismo: oferece ao leitor elementos que contribuem para a compreensão dos fatos, fugindo do sensacionalismo barato de certos veículos de comunicação.
Parabéns à repórter Laura Capriglione pela sensibilidade ao expor os relatos dos ex-colegas de Wellington Menezes de Oliveira.
MAGDA SANTOS (São Paulo, SP)

 

Esquizofrenia é uma doença de diagnóstico complexo e não um adjetivo. Apenas pelos dados da história de vida disponíveis nos jornais, não tenho certeza de que Wellington Oliveira tinha esquizofrenia ou outra psicose. Parece-me leviano levantar rapidamente esta hipótese e explicar o tiroteio pela possível doença.
Atos violentos cometidos por pessoas com esquizofrenia podem não ser consequência direta da doença em si, mas sim compartilhar as mesmas etiologias de violência da população em geral. Ou seja, a compreensão do vínculo entre atos de violência e transtorno mental requer a consideração de sua associação com outras variáveis, tais como abuso de substâncias, ambientes estressantes e história de violência.
Doença mental não prediz, de forma independente, um futuro comportamento violento. O que pode acontecer é que os casos de violência cometidos pelos doentes são mais noticiados -o que contribui para a manutenção do estigma dos portadores de doenças mentais e estimula o arcaico preconceito contra eles.
YARA AZEVEDO , psiquiatra (São Paulo, SP)

 

Enquanto os tribunais superiores ordenam o fim das algemas e a ilegalidade de provas legais obtidas a partir de denúncias anônimas, vejo a polícia do Rio apresentar algemados os dois vendedores de uma das armas do atirador de Realengo. E a prisão ocorreu após uma denúncia anônima. Tanta relatividade assim nem Einstein explica!
LILIAM ROSALVES FERREIRA (São Paulo, SP)

 

O que ocorreu no Rio na semana passada é algo para se lamentar. Nos solidarizamos com quem sofreu aquela barbárie. Mas todo dia os noticiários nos mostram crianças mortas pelo não atendimento nos hospitais do SUS e nas chacinas violentas perpetradas por marginais. Mas nestes casos os presidentes não choram, e as redes de TV não usam quase todo o seu tempo em longas coberturas sobre tais mortes.
É o cotidiano. E o pior é que este cotidiano tem solução, e as autoridades têm os instrumentos para resolvê-lo. Evitar o que ocorreu na escola é bem mais difícil. Que tal começar pelo mais fácil?
FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

 

No Brasil as tragédias duram uma semana, depois tudo cai no esquecimento. As autoridades deveriam parar de aparecer na mídia e dizer o que vão fazer em matéria de segurança e educação. Teríamos notícias mais alegres e menos sensacionalismo.
ANTONIO JOSÉ G. MARQUES (Rio de Janeiro, RJ)

Dilma
Da bem formulada análise constante do editorial "Cem dias" (10/4), sobre o início do governo Dilma Rousseff, parece só ter escapado a consideração da incômoda crítica do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, ao governo, que indica graves desentendimentos intestinos sobre a política monetária, o ponto mais sensível da administração.
E não se pode esquecer que a União toma emprestado dinheiro à taxa Selic e o repassa, por meio do BNDES, a 0,5% ao mês, de uma maneira nada transparente.
AMADEU R. GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

 

Gostaria de parabenizar a presidente Dilma Rousseff pelo seu "mando" em favor de uma banda larga melhor e mais barata, mas quero chamar sua atenção para o preço dos combustíveis: não podemos conviver com uma gasolina a quase R$ 3,00 e o etanol praticamente a este preço.
RAMON MEDEIROS (Campinas, SP)

 

Li com muita atenção, e esperançoso, a notícia de que a presidente Dilma alterou o Plano Nacional de Banda Larga, exigindo conexões a partir de 1 Mbps pelo preço de R$ 35,00. Se isso acontecer algum dia vou adorar. Hoje pago muito mais do que isso e recebo 200 Kbps. A taxa de transferência de downloads é vergonhosa. Quando chove, então, perde até para a antiga internet discada. Aproveito para solicitar à presidente que coloque no plano multas pesadíssimas para as operadoras que tentarem vender megabits por telemarketing.
JURCY QUERIDO MOREIRA (Guaratinguetá, SP)

Gullar
Não acredito que a história e o brilhantismo de um escritor lhe confiram crédito para abusar de um espaço valioso na Ilustrada. É o que penso de Ferreira Gullar. Ele não poupa reclamações dos aborrecimentos da vida urbana, desde disparos de alarme e barulho do caminhão de lixo na rua onde mora até a ineficiência da Oi!. Seria melhor deslocar sua coluna para o caderno Cotidiano.
MARCELO HENRIQUE PEREIRA MARQUES (São Paulo, SP)

 

Demorou até que um formador de opinião se manifestasse sobre o "apagão" dos SAC no Brasil. Quem sabe com a interferência dos famosos o Estado faça alguma coisa para obrigar as grandes prestadoras de serviço a corrigir os problemas. O calvário de Ferreira Gullar é o mesmo vivido por nós com praticamente todas as concessionárias de telefonia e de TV por assinatura. Desrespeito maior é o de quem concede o serviço e dá as costas à fiscalização.
PAULO DE TARSO GUIMARÃES (São Paulo, SP)

Gleiser
Agnóstico é o hipócrita que, após ouvir um biólogo demonstrar com riqueza de provas como se dá a reprodução humana e um maluco afirmar vagamente que os bebês são trazidos por cegonhas, declara que as duas hipóteses lhe parecem igualmente plausíveis! É inacreditável que o caderno Ciência (10/4) continue publicando os arroubos místicos do fundamentalista bíblico Marcelo Gleiser. Será que vocês não têm um pingo de senso crítico?
ALAN PIRES FERREIRA (Belo Horizonte, MG)

Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor

Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman



Texto Anterior: Soraya Smaili e Marcia Camargos: A primavera também é das mulheres árabes

Próximo Texto: Erramos
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.