São Paulo, sábado, 11 de junho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Battisti
Não se trata de fazer valer a soberania de um país sobre a de outro, mas, sim, de confrontar um ato ilícito tido como soberano com uma reivindicação legítima de outro país soberano. Pelos cálculos e pela própria obviedade da situação, essa batalha deveria ter sido vencida pela justiça e pela dignidade dos familiares das vítimas de alguém que é considerado um herói pela classe política do Brasil.
GUILHERME SANTANDER (Milão, Itália)

 

Ridícula a posição do governo italiano em relação ao refúgio dado a Cesare Battisti. O fato se passou há mais de 30 anos, ele foi acusado por pessoas que receberam delação premiada e não teve advogado que o defendesse.
RICHARD D. DULLEY (Peruíbe, SP)

Brasil
É Palocci inocentado das acusações de enriquecimento ilícito. É a Constituição brasileira prevendo a soltura de criminosos apenas porque não têm antecedentes criminais, possuem residência fixa e confessam seus crimes. É anistia para quem desmata nossas florestas. É assassino italiano sendo solto e acordos internacionais sendo descumpridos. São os heróis nacionais sendo presos por lutarem por salários mais justos.
Mais ninguém está vendo que há alguma coisa muito errada acontecendo?
LIVIA SANTO (Santos, SP)

 

Depois de o STF mandar soltar Battisti e de um dos assassinos do estudante da USP ter sido liberado após ser ouvido na delegacia, o Brasil poderia mudar seu slogan de "País rico é país sem pobreza" para "Pobre país, rico em bandidos".
DAVID BATISTA DO NASCIMENTO (Itapetininga, SP)

Cachaça
O texto "Cachaceiros" (Comida, 9/6), ao usar o "esquizogalicismo "cachacier'", pretende importar do mundo dos vinhos, distante e diverso em tudo da nossa cachaça, a palavra "sommelier" para designar e substituir o nome "degustador de cachaças". A palavra é uma impropriedade não apenas linguística, mas, sobretudo, sociológica, econômica, histórica, política e cultural. O termo "cachacier" não denomina, não denota, não expressa nem ao menos sugere conotação com o trabalho do "degustador de cachaça". Com ele alguns querem substituir, também, as palavras "cachaçólogo" (estudioso, pesquisador da cachaça) e "pingófilo" (amante da boa pinga), palavra que criei há 20 anos.
MARCELO CÂMARA, cachaçólogo, pingófilo e degustador profissional de cachaças (Rio de Janeiro, RJ)

RESPOSTA DO JORNALISTA VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO, EDITOR DO CADERNO COMIDA - Embora o missivista particularmente não goste, o termo "cachacier" é hoje largamente empregado no meio gastronômico e por especialistas para designar o degustador de aguardente.

Morte na USP
Ao ler o texto "Cúmplice da morte de aluno da USP confessa e é solto" (Cotidiano, ontem), chamou-me a atenção a justificativa para o homicídio: a reação da vítima. Apesar de concordar com a orientação de não reagir a assaltos, creio que sua reiterada recomendação pelos meios de comunicação tem surtido um efeito perverso: a vítima que reage passa a ser vista como culpada pelo desfecho trágico, como se o ato de matar quem não concorda em ser assaltado fosse um direito do meliante no exercício de sua função.
JORGE LUIZ OLIVEIRA TOSTES (Bauru, SP)

Jaleco
Não vou perder tempo discutindo a já conhecida e sabida ineficácia e inutilidade da lei que proíbe os médicos de circular fora dos hospitais com seus aventais e jalecos ("Governo de SP veta jaleco fora do trabalho", Cotidiano, ontem). Inúmeros infectologistas de renome nacional e internacional já o fizeram e, como se pode ver, sem sucesso.
A dúvida que agora me intriga diz respeito às próximas providências, isto é, o que fazer com os médicos que não usam aventais?
O que fazer com os médicos que apenas usam roupas brancas? O que fazer com os demais profissionais de saúde, que usam uniformes para trabalhar? O que fazer com os sapatos de todos, médicos e não médicos?
Há outras providências mais significativas para a redução de infeções em hospitais. Providenciar pias e sabonetes para a lavagem de mãos é eficaz e barato.
GUSTAVO A. JUNQUEIRA AMARANTE, médico (São Paulo, SP)

Falta de luz
Está claro que a nossa pobre São Paulo não tem a menor condição de resistir a variações climáticas e acontecimentos naturais fora do esperado. Percebemos que a falta de planejamento, bem como governantes que só fazem administrar o dia a dia, nos deixa cada vez mais vulneráveis. Um vento mais forte ou uma chuva que dura mais tempo já nos levam ao caos. Que o céu nos proteja -literalmente.
JOÃO LUIZ MUZINATTI (São Paulo, SP)

Deneuve
A atitude da atriz francesa Catherine Deneuve de fumar em espaço público, na abertura de festival de cinema em São Paulo (Ilustrada, ontem), expõe a fragilidade do caráter jeca-tatu do brasileiro. Acha-se chique a madame fumar e estar acima da lei. O provincianismo impediu de alertá-la e fazer com que apagasse o seu cigarro (nacional?)?
Não há verborragia francófila ou esnobismo parisiense que justifique a "esfinge" do cinema francês ter tal comportamento. Ela faria isso na Maison du Cinéma?
WASHINGTON DELLACQUA (São Paulo, SP)

Drogas
Drogas fazem mal, todos sabem, mas precisamos analisar o problema do ponto de vista social. No Brasil, compra-se uma garrafa de pinga no supermercado e alguns cultos religiosos ministram a poderosa droga santo-daime a menores de idade. Enquanto isso, traficantes ganham muito dinheiro e dependentes usam drogas misturadas. Creio que seja a hora de buscarmos novas vias, abandonando dogmas. A sociedade precisa discutir o assunto urgentemente.
EDUARDO GUEDES MELLO (Natal, RN)

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