São Paulo, segunda-feira, 11 de julho de 2011

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PAINEL DO LEITOR

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Mensalão
Sobre o desfecho do caso mensalão, não pude deixar de observar um detalhe pouco explorado. Os vários políticos acusados de envolvimento em corrupção parece que enfim serão condenados às penas de acordo com seus crimes. Mas o que vai acontecer com as outras partes envolvidas no sistema de corrupção? As empresas e empreiteiras que participaram desse esquema? Não são elas tão responsáveis pelo dano quanto os principais acusados? Afinal, elas oferecem propina ou aceitam verbas maiores para depois dividir com os políticos. Parece que a raiz desse mal é mais profunda do que podemos cavar.
INÊS LIMA REZENDE (Santa Barbara D'Oeste, SP)

Bueiros
As explosões nos bueiros do Rio de Janeiro mostram como os nossos governantes tratam a questão da segurança, não só do povo, mas dos trabalhadores. Há quanto tempo a gente escuta a mídia falar das explosões, e só agora o Crea toma providências e começa a verificar os bueiros.
Bom, antes tarde do que nunca. Mas desde o primeiro caso já era para ter verificado: eles teriam evitado muitos acidentes. Foi a mesma coisa com o metrô e as enchentes em São Paulo. As autoridades têm de ter mais respeito pela vida humana. Alguém falhou, causou dano material ou à vida, e tem de ser punido pela falta de profissionalismo.
REGINALDO DE PAULA (Campinas, SP)

 

Enquanto as tampas de bueiro voam pelos céus do Rio de Janeiro, o que fazem o sr. Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, o governador Sérgio Cabral e o sr. Nelson Hubner, presidente da Aneel? Esperam alguma tragédia maior para então vir a público e anunciar a criação de uma comissão de inquérito que resultará em nada?
LUIZ NUSBAUM (São Paulo, SP)

 

Com relação aos noticiários sobre as explosões em bueiros no Rio de Janeiro, é bom considerar que estes episódios já eram previstos. O Sindicato dos Urbanistas fez incansáveis campanhas nas décadas de 80 e 90 sobre essas possibilidades. Técnicos e engenheiros tentaram fazer alertas, mas as reivindicações da categoria foram ignoradas pelas autoridades, que atribuíram aos eletricitários o título de marajás.
Segundo a Folha de 6/7, "a Light diz que situação é estranha", ao passo que o UOL na mesma data citou que o Ministério Público informa que a concessionária "pode ter 4.000 bueiros com risco de explodir no Rio".
PIERRE MAGALHÃES (São Bernardo do Campo, SP)

Código de Ética
Perfeita a avaliação da inocuidade e da redundância do "Código de Ética" editado pelo governador do Rio, Sérgio Cabral. Esse código só seria necessário se tivesse sua validade retroativa à data de posse do primeiro mandato do governador Cabral.
JAIR ROSA DUARTE (Rio de Janeiro, RJ)

Flip
Gostei do artigo de Paulo Werneck ("O consenso de Paraty", 10/7) e acho que ele deve estudar se há consenso também em termos de envolvimento de escritores brasileiros em uma festa paga parcialmente pelo erário.
CIDA SEPULVEDA (Campinas, SP)

Banco Central
O que Banco Central vai fazer ("BC vai monitorar empréstimos de apenas R$ 1.000", pág. A1) é criar um enorme cabide de empregos para burocratas. E nós é que vamos pagar a conta.
Essa história de verificar o nível de endividamento não vale para o consumidor de baixa renda. Se ele não paga tem o nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito. Enquanto não regulariza a dívida, fica impedido de fazer operações de crédito. O calote de meia dúzia nunca quebraria uma loja de departamentos. O que o BC deveria sim é fiscalizar os grandes movimentadores de capital, tais como ministros, senadores, mensaleiros etc.
LAURO CAVERSAN (Curitiba, PR)

Itaim
Parece que realmente a Prefeitura de São Paulo vai trocar a área verde e nobre do Itaim, com equipamentos de interesse público, pela construção de creches nas periferias. Que piada! Até quando vamos conviver com atos indecorosos de "administradores" que só se preocupam em administrar seus bolsos?
Essa área, além da sua exuberante vegetação, tem importante papel na permeabilidade das chuvas intensas que tanto castigam a cidade. Que é também uma região onde o metro quadrado vale ouro todos sabemos, mas será que vamos saber os detalhes dessa barganha? É óbvio que essas creches, se construídas, serão de péssima qualidade.
LEONIDAS RONCONI (São Paulo, SP)

1932
Avaliem-se todos os movimentos de insurreição que fizeram história na história do Brasil, e nenhum supera o Movimento Constitucionalista de 1932, pelo conteúdo nacionalista e sentimento patriótico. Nenhum tem a altitude da Revolução Paulista contra a usurpação do poder discricionário do presidente Getúlio Vargas. São Paulo é o escudo e a espada da segurança nacional.
JAIR GOMES COELHO (Vassouras, RJ)

 

Para a leitora Maria Gloria S. Colleoni ("Painel do Leitor", 10/ 7), ainda entusiasmada com os "heróis paulistas", talvez seja útil passar pelo que passei. Doutrinado na infância, com trabalhos escolares utilizando fotos de 32 colecionados por minha mãe, compartilhava de sua opinião. Só morando fora de São Paulo e estudando muito o assunto percebi que os "heróis" foram inocentes úteis para a elite paulista, que não queria perder os privilégios ameaçados por Getúlio. Esta mesma elite conservou seu ódio a Getúlio e sua demofobia e apoiou o golpe de 1964.
CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

Tapajós
Ainda bem que a Folha enviou uma jornalista ao centro do embate da conturbada divisão do Estado do Pará (Poder, 10/7). Sem conhecer as razões históricas, econômicas e administrativas será difícil compreender a necessidade de um plebiscito para dividir o Estado, que hoje ocupa 14% do território nacional. A reportagem cobre uma lacuna na compreensão do tema, sobretudo nos jornais do Sudeste e Sul. Ganham os leitores com o deslocamento de repórteres especiais e manutenção de correspondentes locais, em aproximação da notícia.
DORALICE ARAÚJO (Curitiba, PR)

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