|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PAINEL DO LEITOR
O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Educação
"Se, para o economista Martin
Carnoy ("Entrevista da 2ª", ontem),
professores da base das escolas brasileiras precisam aprender a ensinar, isso significa que qualquer profissional com nível superior no Brasil também não está devidamente
capacitado para desempenhar sua
profissão, já que foram preparados
em escolas brasileiras. A solução
então seria enviá-los para Cuba, para o Canadá ou para a Universidade
Stanford, onde Carnoy leciona?
O que ele diz sobre haver engenheiros, médicos, físicos e cientistas brasileiros desenvolvendo projetos fabulosos nesses países ou
sendo convidados constantemente
a fazê-lo?
Estamos carecas de saber que o
problema maior da educação brasileira são os nossos governantes, que
não estão devidamente preparados
e não se interessam em desenvolver
projetos para estimular o ensino".
ÁUREA ROBERTO DE LIMA , professora e
historiadora (São Paulo, SP)
"É maravilhosa a comparação
que o professor Martin Carnoy faz
entre os sistemas educacionais do
Brasil, do Chile e de Cuba.
Ele talvez tenha sido infeliz ao dizer que "os professores brasileiros
precisam aprender a ensinar", pois
didática o professor brasileiro tem.
O que falta é o treinamento constante em busca de novos métodos
pedagógicos de ensino e de aprendizagem. E o MEC é que deveria
coordenar esse trabalho.
Aqui no Estado de São Paulo, para conceder o benefício salarial,
querem avaliar o professor por
meio de testes, como se isso resolvesse os problemas educacionais."
ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)
Terra
"O artigo de ontem de João Pedro
Stedile ("É preciso um novo modelo
agrícola para o país') possui algumas inverdades.
O rebanho bovino brasileiro não
é destinado basicamente para exportação. Boa parte da produção é
consumida internamente. E há valor agregado na carne bovina exportada, pois, além do trabalhador do
campo, a indústria frigorífica emprega milhares de pessoas. Os latifúndios improdutivos são um ponto
prejudicial ao país tanto quanto as
invasões e destruições causadas pelos movimentos ditos sociais. E
quantos "trabalhadores sem terra"
têm sua origem no campo? Quantos
são os agricultores sem terra dispostos a produzir riquezas? Enfim,
se há problemas nas grandes fazendas, não se pode dizer o contrário de
vários assentamentos."
PAULO ALEXANDRE BARBOSA FILIPIN , fiscal federal
agropecuário (Cascavel, PR)
"Merecem intenso debate os argumentos de João Pedro Stedile.
Em tempos em que Lula elege os
usineiros como heróis, a sociedade
precisa refletir se o agribusiness é,
de fato, o melhor caminho para o
nosso desenvolvimento. Afinal,
apesar das receitas geradas, já são
conhecidos os impactos sociais e
ambientais desse modelo.
O debate interessa diretamente
aos cidadãos do campo e da cidade,
pois todos sofremos as consequências do atual modelo, com suas tendências predadoras e concentradoras de riquezas, além dos riscos causados a nossa saúde."
LUCIANO FONTES (São Paulo, SP)
Ventos
"Oportuno o editorial sobre energia eólica ("Novos ventos", ontem).
O setor vem crescendo em velocidade espantosa e sentiu muito pouco os impactos da crise financeira.
O que falta para o Brasil seguir o
mesmo caminho da China é uma
política permanente de incentivo às
energias renováveis. A Comissão
Especial de Energias Renováveis da
Câmara lançou um substitutivo ao
PL 603 com 19 projetos sobre incentivos às energias renováveis.
O texto propõe a realização de leilões todos os anos para empreendimentos de grande porte e garantia
de conexão à rede da energia gerada
por usinas de pequeno porte e sistemas isolados. A proposta tem condições de se tornar o marco regulatório para o desenvolvimento das
renováveis no Brasil."
RICARDO BAITELO , coordenador da campanha de
energias renováveis do Greenpeace Brasil
(São Paulo, SP)
Kátia Abreu
"Em relação à reportagem "1/3
dos senadores é alvo de inquérito
ou ação na Justiça" (Brasil, ontem),
informo que a senadora Kátia
Abreu (DEM-TO) não é parte em
nenhum processo por crime, seja
ambiental, seja de outra natureza.
Se isso fosse correto, o procedimento estaria em curso no STF
diante da prerrogativa de foro assegurada pela Constituição. O processo instaurado pelo MPF cuida
de responsabilidade civil -e não
criminal- em razão de alteração do
ambiente primitivo em reserva
indígena."
LYDIANE PRIETO , assessoria de imprensa da senadora Kátia Abreu (Brasília, DF)
Resposta do jornalista Fernando Barros de Mello - A reportagem deixa claro tratar-se de
ação civil. O quadro diz que o
procedimento do Ministério
Público é por "dano ambiental".
Metrô
"Em relação à reportagem "Justiça bloqueia conta atribuída a irmão
do presidente do Metrô" (Brasil,
8/8), a Secretaria de Estado dos
Transportes Metropolitanos esclarecer o que segue:
1. Nos autos do inquérito não há
nenhuma menção ao presidente do
Metrô, José Jorge Fagali, e todos os
fatos citados no texto ocorreram
antes da atual administração; 2. José Jorge Fagali, na época, trabalhava na área de contabilidade da companhia. Não tinha nenhuma relação possível com o que está sendo
investigado; 3. É importante registrar que essa tem sido a posição do
autor da reportagem, cuja cobertura das ações do Metrô se caracteriza por utilizar subentendidos e ilações; 4. Esta secretaria, que segue
uma política rigorosa de transparência, repudia essa atitude, que vai
contra a boa prática jornalística."
HELOISA REINERT , coordenadora-adjunta de comunicação da secretaria (São paulo, SP)
Resposta do jornalista Mario
Cesar Carvalho - A cobertura da
Folha sobre as suspeitas de
corrupção envolvendo a Alstom
e políticos tucanos baseia-se exclusivamente em fatos.
Drogas
"É com tristeza que vejo a Folha
tratar tão levianamente o debate
sobre drogas. Ao utilizar a palavra
"liberação" como sinônimo para "legalização", não apenas falseia a verdadeira posição de Ethan Nadelmann como também regride o debate a níveis preconceituosos
("Americano defende liberação de
drogas", Cotidiano, domingo). Legalizar é regular, legislar, controlar.
A identidade dos dois termos só
serve para emburrecer o debate."
LUCAS CALDANA GORDON , membro do coletivo
Marcha da Maconha (São Paulo, SP)
Resposta da jornalista Andrea
Michael - O próprio palestrante
recomenda não usar o termo legalização, que, a seu ver, sugere
que haveria um descontrole no
uso.
Leia mais cartas na Folha Online
www.folha.com.br/paineldoleitor
Serviço de Atendimento ao Assinante: 0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman
Texto Anterior: Luiz Flávio Borges D'Urso: Advocacia brasileira supera entraves da crise
Próximo Texto: Erramos Índice
|