São Paulo, terça-feira, 11 de agosto de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Educação
"Se, para o economista Martin Carnoy ("Entrevista da 2ª", ontem), professores da base das escolas brasileiras precisam aprender a ensinar, isso significa que qualquer profissional com nível superior no Brasil também não está devidamente capacitado para desempenhar sua profissão, já que foram preparados em escolas brasileiras. A solução então seria enviá-los para Cuba, para o Canadá ou para a Universidade Stanford, onde Carnoy leciona?
O que ele diz sobre haver engenheiros, médicos, físicos e cientistas brasileiros desenvolvendo projetos fabulosos nesses países ou sendo convidados constantemente a fazê-lo?
Estamos carecas de saber que o problema maior da educação brasileira são os nossos governantes, que não estão devidamente preparados e não se interessam em desenvolver projetos para estimular o ensino".
ÁUREA ROBERTO DE LIMA , professora e historiadora (São Paulo, SP)

 

"É maravilhosa a comparação que o professor Martin Carnoy faz entre os sistemas educacionais do Brasil, do Chile e de Cuba.
Ele talvez tenha sido infeliz ao dizer que "os professores brasileiros precisam aprender a ensinar", pois didática o professor brasileiro tem. O que falta é o treinamento constante em busca de novos métodos pedagógicos de ensino e de aprendizagem. E o MEC é que deveria coordenar esse trabalho.
Aqui no Estado de São Paulo, para conceder o benefício salarial, querem avaliar o professor por meio de testes, como se isso resolvesse os problemas educacionais."
ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

Terra
"O artigo de ontem de João Pedro Stedile ("É preciso um novo modelo agrícola para o país') possui algumas inverdades.
O rebanho bovino brasileiro não é destinado basicamente para exportação. Boa parte da produção é consumida internamente. E há valor agregado na carne bovina exportada, pois, além do trabalhador do campo, a indústria frigorífica emprega milhares de pessoas. Os latifúndios improdutivos são um ponto prejudicial ao país tanto quanto as invasões e destruições causadas pelos movimentos ditos sociais. E quantos "trabalhadores sem terra" têm sua origem no campo? Quantos são os agricultores sem terra dispostos a produzir riquezas? Enfim, se há problemas nas grandes fazendas, não se pode dizer o contrário de vários assentamentos."
PAULO ALEXANDRE BARBOSA FILIPIN , fiscal federal agropecuário (Cascavel, PR)

 

"Merecem intenso debate os argumentos de João Pedro Stedile.
Em tempos em que Lula elege os usineiros como heróis, a sociedade precisa refletir se o agribusiness é, de fato, o melhor caminho para o nosso desenvolvimento. Afinal, apesar das receitas geradas, já são conhecidos os impactos sociais e ambientais desse modelo.
O debate interessa diretamente aos cidadãos do campo e da cidade, pois todos sofremos as consequências do atual modelo, com suas tendências predadoras e concentradoras de riquezas, além dos riscos causados a nossa saúde."
LUCIANO FONTES (São Paulo, SP)

Ventos
"Oportuno o editorial sobre energia eólica ("Novos ventos", ontem).
O setor vem crescendo em velocidade espantosa e sentiu muito pouco os impactos da crise financeira. O que falta para o Brasil seguir o mesmo caminho da China é uma política permanente de incentivo às energias renováveis. A Comissão Especial de Energias Renováveis da Câmara lançou um substitutivo ao PL 603 com 19 projetos sobre incentivos às energias renováveis.
O texto propõe a realização de leilões todos os anos para empreendimentos de grande porte e garantia de conexão à rede da energia gerada por usinas de pequeno porte e sistemas isolados. A proposta tem condições de se tornar o marco regulatório para o desenvolvimento das renováveis no Brasil."
RICARDO BAITELO , coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace Brasil (São Paulo, SP)

Kátia Abreu
"Em relação à reportagem "1/3 dos senadores é alvo de inquérito ou ação na Justiça" (Brasil, ontem), informo que a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) não é parte em nenhum processo por crime, seja ambiental, seja de outra natureza.
Se isso fosse correto, o procedimento estaria em curso no STF diante da prerrogativa de foro assegurada pela Constituição. O processo instaurado pelo MPF cuida de responsabilidade civil -e não criminal- em razão de alteração do ambiente primitivo em reserva indígena."
LYDIANE PRIETO , assessoria de imprensa da senadora Kátia Abreu (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Fernando Barros de Mello - A reportagem deixa claro tratar-se de ação civil. O quadro diz que o procedimento do Ministério Público é por "dano ambiental".

Metrô
"Em relação à reportagem "Justiça bloqueia conta atribuída a irmão do presidente do Metrô" (Brasil, 8/8), a Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos esclarecer o que segue:
1. Nos autos do inquérito não há nenhuma menção ao presidente do Metrô, José Jorge Fagali, e todos os fatos citados no texto ocorreram antes da atual administração; 2. José Jorge Fagali, na época, trabalhava na área de contabilidade da companhia. Não tinha nenhuma relação possível com o que está sendo investigado; 3. É importante registrar que essa tem sido a posição do autor da reportagem, cuja cobertura das ações do Metrô se caracteriza por utilizar subentendidos e ilações; 4. Esta secretaria, que segue uma política rigorosa de transparência, repudia essa atitude, que vai contra a boa prática jornalística."
HELOISA REINERT , coordenadora-adjunta de comunicação da secretaria (São paulo, SP)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - A cobertura da Folha sobre as suspeitas de corrupção envolvendo a Alstom e políticos tucanos baseia-se exclusivamente em fatos.

Drogas
"É com tristeza que vejo a Folha tratar tão levianamente o debate sobre drogas. Ao utilizar a palavra "liberação" como sinônimo para "legalização", não apenas falseia a verdadeira posição de Ethan Nadelmann como também regride o debate a níveis preconceituosos ("Americano defende liberação de drogas", Cotidiano, domingo). Legalizar é regular, legislar, controlar.
A identidade dos dois termos só serve para emburrecer o debate."
LUCAS CALDANA GORDON , membro do coletivo Marcha da Maconha (São Paulo, SP)

Resposta da jornalista Andrea Michael - O próprio palestrante recomenda não usar o termo legalização, que, a seu ver, sugere que haveria um descontrole no uso.

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