São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2004

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PAINEL DO LEITOR

Eleição
"Não têm nenhum fundamento as afirmações contidas no texto "PT faz pacto com Maluf para atacar Serra" (Brasil, pág. A7, 10/9). A reportagem erra ao citar o nome do chefe da Casa Civil, José Dirceu, visto que o ministro não tratou de nenhuma das suposições mencionadas."
Telma Feher, assessoria especial da Casa Civil da Presidência da República (Brasília, DF)

Resposta do jornalista Kennedy Alencar - Integrantes da cúpula do PT e do PP relataram em detalhes à Folha, há duas semanas, como acontecera e acontecia a negociação, etapa por etapa. Um interlocutor comum de Dirceu e de Maluf foi o intermediário do acerto.

Inexistente
"Emocionante e emblemática a carta do grande cantor Zé Geraldo no "Painel do Leitor" de 9/9. Nós, do ABC, conhecemos de longa data o trabalho engajado desse cantor, principalmente em eventos patrocinados pela dobradinha CUT-PT em ocasiões como comícios ou na comemoração do Dia do Trabalho. As letras das músicas de Zé Geraldo falam do sofrimento do povo e das mazelas de um país tão rico como o Brasil. Não é de estranhar que o hoje endinheirado PT prefira gastar milhões de reais com artistas famosos em detrimento daqueles que fizeram história a seu lado, como Zé Geraldo. Mas o compositor não deve ficar triste com isso, afinal suas músicas são a trilha sonora de um PT que, infelizmente, não existe mais."
Vagner Correa (São Bernardo do Campo, SP)

Medo e terror
"O grande eleitor das eleições modernas é o medo. Todo mundo quer segurança. Qualquer mudança é aterrorizante. O empresário Mario Amato, em 1989, semeou o medo entre os eleitores ao dizer que o Brasil iria à falência e que faltaria emprego se Lula fosse eleito. O medo elegeu Collor e FHC. Políticos do mundo inteiro, sem nada de útil para oferecer aos eleitores, denunciam uma suposta incerteza política dos adversários para que todos descubram uma suposta segurança nas suas candidaturas. Regina Duarte, a namoradinha do Brasil, tentou aterrorizar os eleitores do Brasil. Lula, que reclamou muito das palavras da amedrontada artista, ficou com medo e tratou de mudar o medo de lugar. Conseguiu e foi eleito. Lendo o artigo de Eliane Cantanhêde de 9/9 ('A namoradinha de São Paulo'), descubro que Marta Suplicy virou Marta Favre e resolveu colocar o medo no colo do PSDB ao dizer que a eleição de José Serra para a Prefeitura de São Paulo irá trazer o caos político para todo o Brasil. Não deixou por menos: transformou o medo municipal em terror nacional."
Wilson Gordon Parker (Nova Friburgo, RJ)

Álcool
"Cumprimento a colunista Rosely Sayão pela clareza e lucidez com que escreve seus artigos para o Equilíbrio. Em "A sedução do álcool na adolescência" (9/9), ela foi extremamente feliz ao alertar pais e educadores sobre o risco de oferecerem bebidas alcoólicas aos filhos. A psicóloga argumenta sobre o sucesso de uma festa sem álcool, e essa é uma questão que temos discutido publicamente, principalmente com as escolas de nossa cidade. Felizmente, temos conseguido resultados positivos em relação à restrição de bebidas alcoólicas em festas promovidas pelas escolas. A omissão da sociedade nesse assunto tem causado danos irreversíveis às famílias brasileiras."
Tania Pinheiro, jornalista, presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Penápolis (Penápolis, SP)

Cinema
"Assisti por duas vezes a pré-estréias do filme "A Paixão Segundo Martins", vencedor de vários festivais internacionais, e li a crítica do senhor Arthur Nestrovski sobre a obra ("A inacreditável alegoria brasileira de João Carlos Martins", Ilustrada, 3/9). A impressão que me fica é que esse crítico vê sem enxergar e ouve sem escutar. Do ponto de vista musical, só como exemplo, creio que poucos pianistas na atualidade possam dar uma versão com a qualidade técnica e interpretativa dos "Prelúdios em Ré Maior e Dó Sustenido Maior" do primeiro volume do cravo bem temperado como os que são mostrados no filme, mas passam despercebidos pelo crítico. Quanto a Pelé, João Carlos Martins cita que nasceram no mesmo ano, mas mostra as diferenças, e não as semelhanças, entre um músico clássico e um gênio do futebol. No que diz respeito à opinião de músicos brasileiros, os cartazes trazem uma frase de Nelson Freire sobre João Carlos Martins que diz que ele toca para aqueles que entendem além do óbvio, o que certamente não é o caso do senhor Nestrovski."
Tatiana V. Araújo (São Paulo, SP)

Jornalismo
"Após ler o artigo "Odorico, o fiscal de Lula" ("Tendências/Debates", 10/9) e como leitor da Folha e de "CartaCapital", digo que a primeira tem razão. Não dá para entender como Mino Carta, que desancava o governo FHC, aplaude o governo Lula -ou será que mudou a política econômica? Será que é pela amizade entre os dois ou pela publicidade na revista? Eu também apoiei Lula em 2002, mas, com sua guinada no poder, passei a ser crítico da sua atuação política e de seu partido. Esperava essa atitude de "CartaCapital", mas infelizmente não foi isso o que ocorreu. A Folha, assim como fazia no governo anterior, continua analisando criticamente a atuação governamental."
Audísio de Alencar Júnior (São Paulo, SP)

 

"Como leitor da Folha e da revista "CartaCapital", venho por meio desta repelir veementemente os termos nos quais o jornalista Fernando de Barros e Silva se referiu ao jornalista Mino Carta. A história de Mino Carta na história do Brasil está bem contada, sendo certo que quem viveu os anos de chumbo sabe de seu envolvimento em prol do restabelecimento da democracia no Brasil, coisa que não se sabe dizer do signatário do artigo publicado. Já cansou esse antigovernismo pueril que ataca alguns articulistas -não só da Folha. A "Carta Capital" faz críticas quando são necessárias, mas também aplaude quando o governo merece, coisa que parece que os infantis da Folha não sabem fazer."
Milton Lamenha de Siqueira (Palmas, TO)

Morador de rua
"Informamos que há um erro na reportagem a respeito dos moradores de rua publicada no caderno Cotidiano sob o título "Vozes da rua" (3/9). O morador Márcio Quirino Leite jamais foi aluno da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), como consta no texto. Determinamos um estudo na Secretaria Acadêmica e uma microfilmagem no nosso banco de dados e estamos dispostos a prestar quaisquer esclarecimentos sobre o assunto. Esta assessoria em nenhum momento foi procurada pela Folha para confirmar a informação do senhor Márcio Leite."
Orfeu Albuquerque, assessor de imprensa da UMC (Mogi das Cruzes, SP)


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