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FERNANDO RODRIGUES
Poucas surpresas
BRASíLIA - Pesquisa Datafolha
realizada nos dias 8 e 9 revela que
Dilma Rousseff (PT) está com 50%
contra 27% de José Serra. O cenário
se estabilizou. Apesar do amplo noticiário a respeito do caso da quebra
de sigilos fiscais de tucanos, o eleitorado preferiu não mudar de opinião sobre os candidatos.
Embora tenha ocorrido uma paralisação do crescimento dilmista,
não houve a tal "virada" serrista,
como propagada pelos tucanos.
Eles estão agora separados por 23
pontos. O cenário é de vitória do PT
no primeiro turno.
Mas em eleição só se sabe o resultado depois de apurados os votos. O
que pode ocorrer para alterar os
prognósticos nas principais disputas? No plano nacional, apenas um
evento de grande magnitude -portanto incerto e imprevisível. Por
exemplo, a descoberta de alguém
da cúpula do PT por trás da quebra
de sigilos fiscais de tucanos. A direção petista rechaça essa hipótese.
Em 2006, o caso dos aloprados
surgiu em 15 de setembro. Foi um
dos fatores decisivos para que Lula
tivesse de enfrentar um segundo
turno -o qual venceu.
Sem esse fato político, dificilmente haverá alguma reversão no
quadro atual. Já nos Estados mais
relevantes, há dúvidas, e os resultados são menos previsíveis.
Em São Paulo, os petistas torcem
por um segundo turno entre Alckmin (PSDB) e Mercadante (PT). Será
uma surpresa. Em Minas Gerais, só
há dois candidatos competitivos no
páreo, e tudo se resolve em 3 de outubro -mas ainda não está claro
quem será o vitorioso.
Por fim, há um cheiro de onda
chapa-branca, bem governista, na
composição futura da Câmara e do
Senado. Tudo está relacionado ao
desempenho da candidata de Lula
na corrida pelo Planalto. A se confirmarem as pesquisas, Dilma pode
emergir como uma campeã de votos e arrastar para Brasília uma tropa de congressistas aliados de tamanho inédito na atual fase de regime democrático do país.
fernando.rodrigues@grupofolha.com.br
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