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Funcionalismo
"Em relação à reportagem que foi
manchete da Folha de domingo
passado ("Funcionalismo custa
mais que dívida'), quero informar
que sou funcionário do Ministério
da Saúde e que nossa categoria ficou sete anos sem reajustes no governo de Fernando Henrique e, nos
cinco primeiros anos do governo
Lula, tivemos "reajustes" de 1%,
0,1% e 0,25% (acredite se quiser, é
só pesquisar).
Em maio de 2008, por meio da
medida provisória nº 433, o governo concedeu um reajuste de aproximadamente 100%, dividido em
quatro parcelas, até 2011, valor esse
que se tornará naturalmente defasado com a inflação.
Depois de o governo tirar o nosso
couro nestes 12 anos, agora os mal-informados críticos de plantão criticam esse "bondoso e generoso"
reajuste perante a crise financeira
atual.
Aumentos de verdade tiveram
nestes anos todos os funcionários
das carreiras "típicas do Estado", como fiscais, auditores, policiais federais etc.
Isso sem contar os 30 mil cargos
comissionados criados (sem concurso público) para abrigar a militância e apadrinhados do PT.
Pimenta nos olhos dos outros é
refresco."
CARLOS RENATO D'AVILA , médico (Curitiba, PR)
Secretaria no Rio
"Em relação à reportagem "Ex-ministra de FHC vai ser secretária
da Educação no Rio" (Cotidiano,
8/11), gostaria de esclarecer que a
afirmação apontada como de minha autoria -de que "o Rio tem
uma das piores avaliações do país
no Ideb'- não procede e pode ter
sido resultado de interpretação
equivocada do jornalista que a
escreveu.
Na realidade, no que diz respeito
aos sistemas de desempenho educacional, comentei que o país como
um todo ainda apresenta índices de
desenvolvimento da educação básica muito aquém dos desejados.
Já o município do Rio reúne índices de avaliação no Ideb superiores
aos da maior parte das capitais.
Minha afirmação foi a de que
nem por isso o município deveria se
acomodar com sua situação atual,
já que o Rio, considerado a capital
nacional do conhecimento, com
seus tantos mestres e doutores de
qualidade, tem plenas condições de
ter um Ideb compatível com o de
países desenvolvidos."
CLAUDIA COSTIN , futura secretária municipal da
Educação do Rio de Janeiro (São Paulo, SP)
Resposta do jornalista Italo Nogueira - A declaração contestada
foi prestada em entrevista coletiva e divulgada até pela assessoria de comunicação do prefeito eleito.
Lula x Obama
"Voltando à questão Lula x Obama, que eu saiba, a nossa Constituição e a dos EUA não exigem doutorado para presidentes da República.
Mesmo não sendo doutor, Lula
mostrou-se um grande líder nacional e mundial, de quem muito nos
orgulhamos.
Talvez, se doutor, estivesse peregrinando por vetustas universidade, colecionando capelos."
ELYANNE GUIMARÃES BRASIL
(Belo Horizonte, MG)
Propaganda
"Diariamente somos bombardeados com propagandas que, diferentemente da opinião do senhor Antonio Athayde ("Propaganda é coisa séria", "Tendências/Debates", ontem), não exprimem o grau de liberdade de uma sociedade. Pelo contrário, exprimem o grau de desinformação a que uma sociedade é
submetida.
Se realmente é sinônimo de liberdade de informação exaltar apenas
os benefícios de qualquer produto,
a partir de critérios estabelecidos
pelo vendedor, sem dúvida estamos
sob a ditadura da propaganda.
Liberdade real é ter acesso a todas as informações referentes ao
produto a ser consumido -as boas e
as prejudiciais- e, assim, optar ou
não pelo consumo.
Vender a idéia de que propaganda
é sinônimo de liberdade de escolha
é sim um "excelente comercial".
As pessoas podem até acreditar...,
se não tiverem acesso a todas as informações."
HEIDWALDO ANTONIO SELEGHINI (São Paulo, SP)
Greve na polícia
"Em relação à reportagem "Sociólogo afirma que Polícia Civil "não
entende de crime" (Cotidiano,
9/11), sobre a greve da Polícia Civil
no Estado de São Paulo, a afirmação do sociólogo Claudio Beato demonstra que ele, sim, não entende
nem de Polícia Judiciária nem dos
Poderes da República quando diz
"acho que polícia é polícia e Justiça
é Justiça".
Por isso é necessário que se esclareça que o Ministério Público tem a
sua função inserida entre as do Poder Executivo, conforme ensina o
jurista e constitucionalista Manoel
Gonçalves Ferreira Filho.
Assim, lamentavelmente, o sociólogo entende mesmo -se que é
que entende- de sociologia.
Cabe a este jornal a correção didática, pois ele foi além de "suas
chinelas"."
RUYRILLO PEDRO DE MAGALHÃES , delegado de polícia de classe especial (Campinas, SP)
Ataque na USP
"Lamentável a cobertura sobre o
que esta Folha chamou de "ato de
vandalismo" em um dos laboratórios da USP na semana passada.
A começar por seu título sensacionalista e parcial, a reportagem
"Vândalos atacam sala de pesquisa
biológica na USP" (Ciência, 8/11) é
extremamente tendenciosa. Reduz
o ativismo sério, em prol de animais feitos de cobaias por pesquisadores científicos, a mero vandalismo sem propósito.
Logo no primeiro parágrafo, chama de criminosos os autores do ato
de protesto e tenta desvincular a
ação do nome da instituição identificada pela assinatura dos ativistas,
a ALF.
A reportagem ainda cita que esta
foi a terceira vez no ano em que
grupos contrários a testes em
animais agem "de forma violenta"
no país.
A Folha perdeu a oportunidade
de questionar a verdadeira violência que motivou tal atitude: a violência contra animais em nome do
progresso científico.
O jornal ouviu pesquisadores e
alunos que obviamente condenaram a ação, mas não ouviu nenhum
representante da ALF, que assina o
ato. O jornal adotou uma postura
reacionária e antiética."
BRUNO CAMARA (Santos, SP)
Resposta dos jornalistas Afra
Balazina e Rafael Garcia - Desde sexta-feira passada, dia 7, a
Folha tenta contato com a ALF,
que não tem representação no
Brasil.
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