Geisy
"Cada universidade, como a Uniban, tem um regimento aprovado pelo MEC. Se a garota da saia curta e mau comportamento foi expulsa da universidade, o MEC não tinha nada que se intrometer -e menos ainda a mídia. Foi um patrulhamento ideológico o que se viu contra a Uniban.
Universidade é casa de saber, e não de atentado ao pudor. A questão está sendo colocada às avessas."
FELIPE AQUINO , ex-diretor-geral da Escola de Engenharia de Lorena-USP (Lorena, SP)

 

Aposentados
"Em sua edição de 9/11, a Folha nos ajuda a compreender as diferentes aposentadorias.
Convenci-me de que o governo Lula odeia os aposentados do INSS, enquanto abre os cofres aos aposentados do governo -sem reclamar do volume de seu deficit, que chega aos R$ 48 bilhões.
Enquanto os seus aposentados recebem, em média, R$ 5.355 por mês, os do INSS recebem minguados R$ 707. Muitos idosos gastam toda a sua aposentadoria com médicos, hospital e farmácia.
O presidente Lula, seus ministros e os parlamentares que o apoiam têm demonstrado incapacidade de avaliar o sofrimento e a angústia dos aposentados do INSS diante das suas necessidades vitais, garantidas pela Constituição.
Que Constituição é essa?"
ADROALDO BOMBARDELLI (Toledo, PR)

Crack e latinhas
"A reportagem "Polícia quer impedir viciados de recolher latas na cracolândia" (Cotidiano, ontem) mostra que, para as polícias Civil e Militar, o complexo problema do consumo de drogas na região da cracolândia está relacionado à venda das latinhas, que são catadas por miseráveis, os quais buscam, no limite da dignidade humana, um resquício de inclusão social.
Conseguiu-se enxergar em tal comércio a raiz de todo o problema.
Meu Deus! Esse tempo todo e o problema era das latinhas. Como ninguém percebeu isso antes?
Conferi para ver se eu estava lendo realmente o Cotidiano e não a Ilustrada. Tive uma pequena esperança de que se tratava de uma sinopse daquele filme "Loucademia de Polícia". Infelizmente, não. Era a nossa polícia caduca."
EMERSON DE SOUZA (São Paulo, SP)

Partidarização
"O colunista Fernando de Barros e Silva ("A mídia "partidarizada" de Dilma", Opinião, ontem) insiste na tese de FHC de suposto controle da imprensa, de autoritarismo popular, de neoperonismo e em demais invencionices para denegrir o governo Lula. Todas invencionices destinadas a agradar ao que o próprio colunista descreveu semanas atrás como a expressão da direita na política brasileira: os setores médios do Sul e Sudeste que têm aversão pela figura de Lula, com uma evidente carga de preconceito nas suas opiniões.
Enquanto na Argentina Lula é visto por todos os setores políticos e sociais como exemplo de democracia, diálogo e equilíbrio, e no mundo inteiro como um líder que levou o Brasil a um lugar de destaque no cenário internacional, aqui é gritante o desconhecimento do que foi e é o peronismo e há o intento grosseiro de querer fazer analogias sem profundidade a partir de meias verdades, Talvez seja ingenuidade da minha parte esperar equilíbrio dos "opinadores" do jornal diante da tentativa da oposição de criar um clima de falta de liberdades públicas para tirar proveito eleitoral.
Afinal, a Folha está atendendo àquilo que a maioria dos seus leitores quer ler."
CARLOS GUELLER , argentino há 20 anos no Brasil (São Paulo, SP)

Saúde
"A reportagem "Defesa quer mais médicos no serviço militar" (Cotidiano, 9/11) dá a entender, incorretamente, que o Ministério da Saúde é contrário ao projeto do Ministério da Defesa que facilita a convocação de médicos, entre outros, para o serviço militar obrigatório mesmo após dispensa anterior.
Consideramos não haver uma solução única para o grave problema da fixação de profissionais em áreas subservidas pela saúde, comum a todos os países do mundo. Nesse sentido, a convocação de médicos pode resolver parte importante do problema.
Há inúmeras localidades em que a população só conta com os serviços das Forças Armadas, que já vêm prestando inestimável serviço ao SUS. Persistirão ainda localidades mais remotas, que não possuem unidades militares. Para tais situações, medidas complementares já encaminhadas pela pasta incluem a garantia de unidades funcionais, apoio aos profissionais através do Telessaúde, criação de uma carreira federal para profissionais de medicina e a possibilidade de egressos de escolas médicas privadas abaterem suas dívidas do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) se optarem por trabalhar em regiões prioritárias definidas pela pasta."
PRISCILA LAMBERT , coordenadora de imprensa do Ministério da Saúde (Brasília, DF)

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