São Paulo, sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

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PAINEL DO LEITOR

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Chuvas
"Segundo o prefeito de São Paulo, não houve caos na terça-feira, quando a cidade se inundou e parou. Kassab disse que, duas horas depois, a cidade voltara à sua rotina... Só se foi para os lados dos Jardins, onde mora o prefeito. E sobre as várias mortes? E o prejuízo de R$ 15 milhões, segundo os comerciantes da Ceagesp? Quem pagará os prejuízos? Quem "pagará" pelas mortes vergonhosas?"
RENATA RODRIGUES (São Paulo, SP)

Enem
"O artigo "Cinco acusações contra o Enem" ("Tendências/Debates", ontem), de Luís Augusto Fischer, mostra aspectos preocupantes quando se usa o Enem como processo de seleção do ensino superior.
Admitindo que cada instituição de ensino superior tem uma missão específica, o processo de seleção único, por mais abrangente que seja, jamais conseguiria preencher as especificidades e os objetivos de cada instituição. Dessa forma, o Enem poderia ser utilizado como uma parte do processo de avaliação do ensino médio, mas a seleção dos alunos para o ensino superior deveria ficar a cargo de cada instituição.
Seria uma temeridade, inclusive para a própria credibilidade do vestibular, que universidades tradicionais, como as instituições públicas paulistas, viessem a adotar um exame nacional único."
OSCAR HIPÓLITO , ex-diretor do Instituto de Física de São Carlos- USP (São Paulo, SP)

Repressão e ordem
"Ao ver a foto da repressão aos que se manifestavam contra a corrupção (Primeira Página de ontem), fico pensando na ironia da nossa história: a foto poderia fazer parte do álbum da ditadura.
Se a repressão agisse com a mesma brutalidade e rapidez contra os corruptos de Brasília e de outras partes do país...
Mas os corruptos estão bem protegidos em seus palácios, onde vão tramando a sua inocência. Por enquanto, policiais, cães e cavalos garantem a ordem. Mas que tipo de ordem? E para quem?"
VIRGÍNIA M. GONÇALVES (Londrina, PR)

Senado
"Gostaria de ver a discussão levantada por Aldo Pereira sobre o Senado ("Tendências/Debates", ontem) ser levada adiante e debatida com seriedade pela sociedade.
Além da economia para o país em recursos financeiros, certamente veríamos diminuídas as chances de sermos lesados e expostos aos seguidos escândalos."
NIVALDA APARECIDA CAMPOS (São Carlos, SP)

Gás boliviano
"O editorial "Morales reeleito" (Opinião, 8/12) menciona que "uma das primeiras ações de Morales foi elevar abruptamente a taxação do gás". Seria mais justo e adequado que informasse que ocorreu um reajuste, pois o metro cúbico do gás negociado mundialmente oscilava em torno de US$ 20, enquanto o gás boliviano era exportado a apenas US$ 4 o metro cúbico.
Preservar a riqueza dos bolivianos é um dos compromissos de campanha do então candidato Evo Morales."
RICARDO MELLO (Goiânia, GO)

Adriano
"Na reportagem "Adriano fica na favela e adia a decisão sobre futuro" (Esporte, ontem), é flagrante o preconceito do jornalista contra os menos favorecidos.
Ao explicar que Adriano preferiu comemorar com os amigos de infância, o jornalista toma o cuidado de explicar que o local é violento e dominado por uma facção do narcotráfico, deixando a impressão de que na festa poderia haver a presença de traficantes ou que os amigos do Imperador têm essa proximidade com traficantes.
Como contraponto, tenta mostrar que o jogador tem uma casa na Barra da Tijuca e que a festa do Flamengo seria ali, mas que Adriano preferiu o local violento.
A Barra tem condomínios com problemas de invasão de mananciais, edifícios feitos com areia da praia e possivelmente um ou outro corrupto de Brasília morem por lá, mas o jornalista não apresenta a Barra pelos seus defeitos, como faz com a Vila Cruzeiro.
O que é elogiável na atitude de Adriano é que, mesmo tendo se tornado famoso, rico e poderoso, não esqueceu de onde veio, não esqueceu os amigos que têm e que o apoiaram em todos os momentos, mesmo naqueles em que o resto do mundo lhe virou as costas."
JOHN KENNEDY FERREIRA , sociólogo (São Paulo, SP)

Ponte
"Gostaria de esclarecer alguns fatos relacionados a notícias veiculadas pelo caderno Brasil nos dias 8 e 9 passados.
Tenho dez anos de mandato parlamentar e, durante toda a minha trajetória, tentei atender aos anseios da sociedade -o maior deles foi a construção e a finalização da ponte sobre o rio Paraná que liga Pauliceia (SP) a Brasilândia (MS).
Infelizmente as reportagens sugerem, de forma precipitada e imprudente, um possível beneficiamento financeiro entre a minha parte e a construtora investigada pela Polícia Federal.
Deixo claro que existe, sim, total envolvimento político meu com a obra. Mas é preciso evidenciar a diferença entre o envolvimento político e o benefício financeiro.
Nota divulgada pelo MPF afirma que os repasses foram feitos entre 1995 e 1998, período em que eu nem sequer era parlamentar. Fui eleito em 1998 e tomei posse em 1999. A ponte só começou a ser construída em 2000. Além disso, a auditoria feita pelo TCU não constatou nenhum indício de irregularidade na obra."
EDSON APARECIDO , deputado federal pelo PSDB-SP (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Flávio Ferreira - A Folha se baseou em informações que constam de documentos oficiais do caso. A nova investigação do Ministério Público sobre a ponte Pauliceia não tem relação com repasses feitos entre 1995 e 1998, como referido pelo deputado.

Contrato
"O jornalismo da Folha é estranho. Em 2006, acusaram-me de usar a máquina da prefeitura para obter votos dos motoristas do programa Vai e Volta -apesar de eu ter deixado a prefeitura em 2004.
Agora, mesmo eu não tendo exercido nenhuma função ligada à educação, o jornalismo da Folha vincula meu nome a um contrato feito com a FGV nessa área.
O que tenho a ver com o contrato da FGV, assinado há mais de seis anos? Será que, por ser marido da ex-secretária da Educação, o jornalismo da Folha considera que tenho algum envolvimento nesse episódio para ser três vezes citado no texto "FGV é acusada de desvio de verba em SP" (Cotidiano, 6/ 12)?
Depois do artigo de Cesar Benjamin, tudo se pode esperar dessa fase radical do jornalismo da Folha."
CARLOS ZARATTINI , deputado federal -PT-SP (Brasília, DF)

Resposta do jornalista José Ernesto Credendio - O nome do deputado foi citado em razão de a assessoria do PT em São Paulo ter apontado o seu escritório político como o local onde sua mulher poderia ser contatada.

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