São Paulo, sábado, 12 de janeiro de 2002

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PAINEL DO LEITOR

Ministério "microcéfalo"
"Na reportagem "Governo descobre ministério "microcéfalo" (Dinheiro, pág. B3, 10/1), há o reconhecimento de que o Ministério das Minas e Energia não está capacitado para enfrentar novas tarefas ante a realidade do setor energético. Quem acompanha as atividades do MME sabe que, há anos, ele passa por um esvaziamento de quadros, fato que se agravou a partir do governo Collor. Tomara que a crise de energia leve os burocratas a reformularem seus julgamentos. Um ministério da importância do MME não pode ser gerenciado apenas com o olho na redução de pessoal."
Marco Antônio T. Furtado, engenheiro de minas, professor da Universidade Federal de Ouro Preto (Ouro Preto, MG)

Responsabilidade
"A respeito da carta do leitor Emílio Ferreira Neto ("A garantia sou eu", "Painel do Leitor", pág. A3, 7/1), tenho a esclarecer: Ao comparecer à casa do empresário Silvio Santos, o governador Geraldo Alckmin não o fez preocupado com sua imagem político-eleitoral. Agiu cumprindo dever de consciência e para salvar vidas, buscando evitar uma tragédia de proporções maiores. Médico, o governador Alckmin aprendeu que, ao enfrentar uma situação difícil, erra menos aquele que age do que aquele que se omite. O governador lamenta a morte do sequestrador e garante a apuração do fato com transparência, incluindo nas investigações a participação da Comissão Teotônio Vilela, entidade da sociedade civil."
Paulo Rocha, secretário-adjunto de Comunicação do Governo do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

IDH e população negra
"Gostaria de parabenizar a Folha pela forma séria, transparente e competente com que tem elencado as reportagens sobre as desigualdades raciais no país. Para nós, negros e negras do Brasil -que, apesar de ser o segundo país em população negra, ainda insiste na falsa democracia racial-, trazer a público debates e dados como esses é a forma mais eficaz de envolver a sociedade na luta contra o racismo -que é uma luta não só dos negros mas de todo o povo que acredita em igualdade de oportunidades e em direitos humanos."
Benilda Regina Paiva de Brito, coordenadora do N'zinga -Coletivo de Mulheres Negras (Belo Horizonte, MG)

Execuções
"É triste e deprimente a reportagem "China opta por injeção letal em execuções" (Mundo, pág. A11, 8/1). Os detalhes dos métodos usados nessas execuções causam náuseas e perplexidade, pois mostram que as vidas não valem nada e não merecem uma segunda chance. Pelo menos a boa notícia desta semana é que Taiwan aboliu a pena de morte para alguns crimes. Há pessoas que cometem crimes bárbaros, mas não será dessa maneira que resolveremos a violência no mundo -não se cura a violência com mais violência." Alexandra Emanuel Guima (São Paulo, SP)

Anthony Garotinho
"No artigo "Apenas justiça" ("Tendências/Debates", pág. A3, 9/1), o governador Anthony Garotinho é taxativo: "Não é justo que o Estado do Rio de Janeiro pague por uma situação pela qual não é responsável". Está aí um bom argumento para que o povo do Rio de Janeiro imediatamente entre na Justiça contra o governo do Estado para buscar se ressarcir dos prejuízos causados pelos assaltos e pelas mortes, que acontecem diariamente. Afinal, a segurança pública é uma responsabilidade do governo do Estado, e não é justo que paguemos por uma situação pela qual não somos responsáveis."
Jackson Vasconcelos (Rio de Janeiro, RJ)

Turquia
"Com relação ao texto "Turquia condena demolição saudita" (Mundo, pág. A12, 11/12), gostaria apenas de comentar que é um absurdo que um país como a Turquia -que praticou um genocídio contra os armênios em 1915- proteste contra algo que está acostumada a fazer -destruir monumentos históricos. E ainda se pronunciou na Unesco! Nos últimos anos, têm sido denunciados os atos dos turcos que tentam apagar a memória da presença armênia no que hoje é o leste daquele país -destruindo, para isso, monumentos armênios com até mais de mil anos. Talvez alguns países, cuja única importância que possuem seja a geográfica, tenham o direito de violar direitos humanos."
Carlos Karagüelian (São Paulo, SP)

Câmara paulistana
"A população de São Paulo não está errada ao considerar que o desempenho dos vereadores paulistanos em 2001 ficou abaixo do esperado ("Piora avaliação da Câmara paulistana", Cotidiano, pág. C1, 7/1). O Legislativo realmente demonstrou enorme subserviência ao Executivo -enquanto aprovou 93% dos projetos da prefeitura, referendou apenas 15% de suas próprias proposituras. O desempenho é lamentável, principalmente se levarmos em conta que os paulistanos esperavam um Legislativo independente e de personalidade após os oito anos em que Maluf e Pitta aprovaram tudo o que queriam e da forma que bem entendiam."
Claudio Fonseca, vereador pelo PC do B (São Paulo, SP)

Saúde
"O ótimo artigo do secretário da Saúde da cidade de São Paulo ("PSF: a saída brasileira", "Tendências/Debates", pág. A3, 10/1) só reafirma a convicção de estarmos diante de um dos maiores expoentes da saúde no Brasil. Julgo que o Programa Saúde da Família seja o ovo de Colombo, que vem dando certo e não tem contra-indicações -por enquanto. A dívida social é enorme, portanto temos de jogar, rapidamente, todas as fichas naquilo que está dando certo, certo?"
Sérgio P. Grecco (Serra Negra, SP)

Carro velho
"Sou proprietário de um automóvel Astra modelo GLS, modelo 1999 e, para o exercício de 2000, recolhi IPVA no importe de R$ 928. Isso porque a base de cálculo para o imposto foi de R$ 23.200. Para o exercício de 2001, recolhi IPVA no valor de R$ 1.010, porque o valor do veículo foi arbitrado em R$ 25.250. Já para o presente exercício de 2002, recolhi o tributo no valor de R$ 1.069,20, porque o valor do auto foi arbitrado em R$ 26.730. Conclui-se, assim, que, no entender do fisco, a cada ano que passa, o Astra vale mais."
Cyro A.F. Ribeiro de Souza (São Paulo, SP)

Boas-festas

A Folha agradece e retribui os votos de boas-festas recebidos de: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (São Paulo, SP); Fundação Darcy Ribeiro (Rio de Janeiro, RJ); IMS -Instituto Moreira Salles (Rio de Janeiro, RJ); Antonio Jacinto Matias, Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP); Vera Barretto, Grupo Lloyds TSB (São Paulo, SP); Ronan de Freitas Pereira, Vallée (Montes Claros, MG); Arleu Aloisio Anhalt, presidente-executivo do Ibri -Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (São Paulo, SP); Marcos Dvoskin, Editora Globo (São Paulo, SP); Vanderlei Macris, deputado estadual pelo PSDB-SP (São Paulo, SP); Wadih Mutran, vereador pelo PPB em São Paulo (São Paulo, SP); Sempre Propaganda (São Paulo, SP); Gomes de Oliveira Advogados Associados (São Paulo, SP); ANAHP -Associação Nacional de Hospitais Privados (Brasília, DF); Paulo Marra Assessoria de Comunicação (São Paulo, SP); Indústrias Reunidas São Jorge S.A. (São Paulo, SP); Ricardo Rique (Brasília, DF).



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