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MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
De outro mundo
SÃO PAULO - Estou indignado: o
governo brasileiro nega-se a fornecer informações sobre o caso do ET
de Varginha! Conforme mostrou
reportagem de Fernando Rodrigues publicada ontem nesta
Folha, a CBU (Comissão Brasileira
de Ufólogos), no exercício de seus
direitos constitucionais, pediu
acesso a documentos em poder de
órgãos do Estado sobre objetos
voadores não-identificados.
Em outubro passado, os ufólogos
receberam 213 páginas confidenciais da Aeronáutica. Mas nada
conseguiram sobre as investigações
em torno da aparição na cidade mineira de seres supostamente oriundos do espaço sideral, um clássico
da ufologia mundial.
Por ora, a CBU teve de se contentar com a insólita Operação Prato.
Em 1977 e 1978, em defesa da segurança nacional, militares e agentes
do SNI varreram os céus e apuraram relatos sobre luzes suspeitas
na região litorânea entre o Pará e o
Maranhão. Não era só Caetano Veloso que buscava "flying-saucers in
the sky". Não era só Raul Seixas,
não eram só os "sugestionados" que
viam coisas.
Eu mesmo, devo confessar, no final dos anos 70, acompanhei amigos e uma multidão de malucos a
uma fazenda no Estado do Rio onde desceria uma nave. Um ufólogo
grego monitorava o contato com
uma complexa aparelhagem montada num Opala preto. A Telerj instalou um orelhão provisório no local. No final, não aconteceu nada,
só diversão.
Mas foi de Jorge Mautner o melhor relato que ouvi sobre contatos
com extraterrestres. Não aconteceu com ele, mas com um conhecido, homem simples do Nordeste.
Caminhava pelo sertão quando
avistou uma nave de outro planeta.
Ficou paralisado. Uma luz irresistível o arrastou para o interior do disco. "Estava muito assustado", contou o homem. "Mas logo vi que só
tinha um ET lá dentro. E era fêmea.
Aí não tive dúvida: dei um chamego
na bichinha e ela ainda me levou de
carona até Mossoró"...
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